2011 não foi um ano perfeito, com direito a uma perda muito grande e outros problemas, mas 2012 inicia bem, me sentindo muito bem ao lado de uma pessoa especial, com o blog prestes a completar cinco anos com muitas visitas, algumas bios interessantes e com o futuro muito bem encaminhado. Um Feliz 2012 a todos!
sábado, 31 de dezembro de 2011
The King

Kenneth Leroy Roberts nasceu no dia 31 de dezembro de 1951 na pequena cidade de Modesto na Califórnia e como em toda cidade pequena, as atividades de Kenny eram bem modestas (é impossível não parodiar o nome da cidade natal do americano...) e o americano gostava mesmo era de cavalgar. Porém, um desafio imposto por um amigo mudou para sempre a vida do pequeno Roberts e do motociclismo americano. Quando tinha 12 anos, Roberts foi chamado por um amigo para uma simples corrida de mini-bike. Kenny montou um motor de cortador de grama em sua bicicleta e nos próximos quarenta anos, não saiu mais de trás de um guidão de moto. Escondido dos pais, Roberts treinava em pequenas pistas de terra em sua cidade e em 1965 ele fez sua primeira corrida oficial, ainda em uma pista de terra, em Scrambler. Já apoiado pelos pais, Roberts chama a atenção de Bud Aksland, concessionário da Suzuki nos Estados Unidos e passa a patrociná-lo, cedendo uma de suas motos Suzuki. Um dia após completar 18

A Yamaha chama Kel Carruthers, antigo campeão mundial da 250cc, para auxiliar Roberts e essa parceria também seria duradoura. Subindo de categoria em 1971, Roberts conquista o título de Campeão Amer


Roberts começa 1978 finalmente realizando o sonho de vencer a Daytona 200 e de forma dominante. Kenny participaria do Mundial das 250cc para aprender as pistas européias, mas na primeira etapa, na Venezuela, Kenny vence sua primeira corrida em mundiais pela categoria inferior, tendo problemas mecânicos nas 500cc. Após um segundo lugar na etapa seguinte, Roberts vence na Áustria após uma disputa palmo a palmo com Sheene e Cecotto. Logo o americano consegue duas vitórias na França e na Itália e dois segundos lugares na Holanda e na Bélgica. Roberts e Sheene brigavam pelo título de forma emocionante e na penúltima etapa, na Inglaterra, casa de Sheene, Kenny derrota o inglês e com um terceiro lugar em Nürburgring, Roberts se torna o primeiro americano a se tornar campeão mundial de motovelocidade. Nas 250cc, Roberts fica em quarto lugar, enquanto nas 750cc, Kenny participa de algumas provas, mas é derrotado por Cecotto. Kenny Roberts surpreendia o mundo e junto com Mario Andretti, os Estados Unidos haviam vencido os dois campeonatos mundiais em duas e quatro rodas. Porém, 1979 não começa bem para Roberts, quando sofre um sério acidente na pré-temporada em que teve afundamento de várias vértebras e rompimento do baço, fazendo com que Kenny perdesse a primeira etapa do campeonato na Venezuela. Novam

O sucesso de Kenny Roberts no Mundial de Motovelocidade começa a dar frutos, a começar pelos seus novos rivais. No lugar de Barry Sheene, descontente com a falta de desenvolvimento da Suzuki, entra o jovem americano Randy Mamola. No retorno da Honda ao Mundial, o piloto escolhido para liderar o programa é Freddie Spencer. Ambos vieram do Campeonato Americano de Superbike, categoria mais forte da AMA em termos de asfalto e que nos próximos anos seria uma espécie de celeiro para o Mundial das 500cc. Uma novidade para 1980 seria que Roberts iria se tornar o piloto oficial de fábrica

Kenny Roberts e Freddie Spencer eram diferentes em tudo. Roberts era agressivo e carismático, enquanto Spencer tinha uma pilotagem bem mais técnica e tinha

Ainda em 1984 Kenny Roberts participa das tradicionais Daytona 200 e Imola 200, vencendo ambas. Após finalizar sua carreira como piloto, ele inicia sua segunda carreira vitoriosa: de chefe de equipe. Em 1984 ele abre uma equipe no Mundial das 250cc com Alan Carter e a nova sensação americana no campeonato de superbike, Wayne Rainey, sempre utilizando Yamaha. Em 1986 ele sobe para o Mundial das 500cc com sua equipe, trazendo consigo seu antigo rival Randy Mamola e utilizando como patrocinador a Lucky Stryke, mostrando ao mundo um dos mais famosos e bonitos lay-outs da história do Mundial. Para 1988 Roberts recontrata Rainey e inicia uma parceria vitoriosa, com o americano ficando em terceiro lugar logo em sua primeira temporada nas 500cc. Até o momento, a equipe Lucky Strike Roberts era a segunda equipe da Yamaha, com a Marlboro Agostini com o status de equipe principal. Isso mudaria em 1990, com Roberts atraindo juntamente o patrocínio da Marlboro e Rainey garantindo seu primeiro título. E de lambuja, John Kocinski, protegido de Roberts, conquista o Mundial das 250cc no mesmo ano. Para 1991, Roberts contrata Eddie Lawson e forma um verdadeiro dream team, com os melhores pilotos da época com a melhor moto. Rainey conquistaria o bicampeonato e assim como Roberts, vence o mundial pela terceira vez em 1992. Porém, toda uma dinastia acabaria em setembro de 1993. Durante o Grande Prêmio da Itália, Rainey, que liderava o campeonato e poderia conquistar seu quarto título mundial, sofre um aciden

Parabéns!
Kenny Roberts
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Fast Spencer

Freddie Spencer nasceu no dia 20 de dezembro de 1961 na cidade de Shreport, no estado de Louisiana, nos Estados Unidos. Desde muito jovem o pequeno Spencer começou a correr e aos quatro anos deu suas primeiras aceleradas em motos e no ano seguinte já participava de corridas em mini-motos em pista de terra, te

Pensando em dar experiência ao seu piloto em pistas européias, a Honda não se importou muito em deixar Spencer correr pela histórica rival Yamaha no Grande Prêmio da Bélgica em 1980 das 500cc, onde o americano correu pela primeira vez em solo europeu. Porém, aquele final de ano marcaria a tradicional competição Trans-Atlantic, um torneio envolvendo pilotos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Os maiores rivais no momento do Mundial das 500cc eram Kenny Roberts e Barry Sheene, ambos campeões mundiais, mas o jovem Freddie Spencer impressionou a todos quando venceu o torneio. Sua explosão no motociclismo não demoraria a acontecer e seu rápido amadurecimento seria acrescido com a grande rivalidade com Eddie Lawson no Campeonato Americano de Superbike, que fez com que o certame se popularizasse bastante. Em 1981, Spencer dividiria seu tempo entre o Campeonato Americano e Mundial de motovelocidade, onde seria vice de Lawson no Americano de


Rapidamente Spencer se tornou uma estrela do Mundial de Motovelocidade, mas ganharia um rival à altura. Sabendo da iminente saída de Roberts, a Yamaha preparou seu sucessor ainda em 1983 e este seria alçado a primeiro piloto em 1984. Seu nome era Eddie Lawson e as disputas ocorridas nas pistas americanas no final da década de 70 voltariam a acontecer agora nas pistas de todo mundo. Lawson dá seu cartão de visitas ao vencer sua primeira corrida logo na estréia do campeonato de 1984. Spencer desenvolvia a nova Honda NSR500, mas um acidente na Holanda e outro nos treinos para o Grande Prêmio da Inglaterra acabou estragando a defesa de título de Spencer e mesmo com três vitórias, o americano ficou apenas em quarto lugar no campeonato, com Lawson sendo o campeão. Além de desenvolver a moto nas 500cc, a Honda também desenvolvia uma nova moto nas 250cc, mas não tinha encontrado alguém experiente o suficiente para o serviço. Sem muitas opções, a Honda resolve colocar Spencer participando dos dois campeonatos em 1985, mas antes da temporada começar, Freddie foi a Daytona para o seu tradicional Racing Days. E Spencer entrou para a história pela primeira vez em 1985. Participando de três corridas (Superbike, F1, 250cc), Spencer venceu todas elas, se tornando até hoje o único a conseguir este feito. Voltando a Europa, Freddie Spencer mostrou que estava recuperado dos seus acidentes e que a Honda estava muito bem desenvolvida tanto nas 500cc, como nas 250cc. Na classe menor, ele participou de dez corridas e ganhou sete corridas, com seis poles. Nas 500cc, foram sete vitórias em onze corridas, além de nove poles. Em cinco oportunidades, Freddie venceu as duas corridas no mesmo final de semana. Até os anos 70 era normal se correr em mais de uma categoria no Mundial de Mo

Ainda em 1985 Spencer começou a relatar dores fortes nos pulsos e chegou a se imaginar que isso provinha do esforço de participar de duas corridas num mesmo final de semana, tanto que o americano só participaria das 500cc em 1986. Só que as dores aumentavam e após não terminar a primeira etapa do ano na Espanha por causa de problemas físicos, Spencer ficou duas corridas de fora para tentar se recuperar do que seria uma tendinite crônica. O americano voltou na Áustria, mas os problemas se repetiram e Spencer


Spencer correu profissionalmente até 1996, sem antes conseguir uma vitória brilhante em Laguna Seca pelo Campeonato Americano de Superbike, debaixo de muita chuva e com 23s de vantagem sobre o segundo colocado. A diferença de 16 anos entre a primeira e a última vitória nos Estados Unidos representou o último recorde de Freddie Spencer no motociclismo. Após sua aposentadoria definitiva, Spencer montou uma escola de pilotagem em 1997 em Las Vegas, onde mora até hoje, mas sua escola foi fechada em 2008 por problemas financeiros. Mesmo tendo corrido por Yamaha e Ducati, Freddie Spencer sempre será lembrado como uma lenda da Honda, onde se tornou o primeiro campeão pela marca japonesa em sua volta ao Mundial de Motovelocidade. Sua carreira meteórica sempre será lembrada como um piloto frio, de aparência até mesmo frágil, mas que derrotou lendas vivas como Kenny Roberts e Eddie Lawson, seus grandes rivais na carreira. Nem mesmo seus problemas físicos, que praticamente acabaram com sua carreira, fizeram com que seus feitos fossem diminuídos.
Parabéns!
Freddie Spencer
domingo, 18 de dezembro de 2011
Um novo domínio

O ano teria a novidade da volta da Pirelli depois de exatos vinte anos. A Bridgestone se despediu da F1 produzindo uma borracha boa o suficiente para que os pilo

Desde cedo Sebastian Vettel mostrou que defenderia seu título com ainda mais solidez do que o vitorioso, mas aciden

Sendo assim, o vice campeonato acabou ficando para Jenson Button. Quando foi campeão em 2009, não faltou quem dissesse que o inglês tinha sido o pior campeão do mundo, como se ele tivesse culpa de ter o melhor carro nas primeiras corridas e a Brawn não ter tido oportunidade de desenvolver o carro naquela temporada. A ida para a McLaren, feudo de Hamilton, elevou ainda mais a pilotagem de Button e o inglês, assim como Vettel, c


A Ferrari errou novamente a mão em 2011 e desde 2008 não faz um carro que preste na F1. O time italiano viveu unicamente do talento esmagador de Fernando Alonso, que se sobressaiu em várias oportunidades, andando mais do que o carro para conquistar nove pódios e uma vitória na Inglaterra. A forma como Alonso guiou em 2011 foi até comovente, pois vimos um talento imenso limitado por um carro que não está a sua altura, mas nem por isso o espanhol desanimou, procurando os limites do carro e o utilizando a todo momento em 2011. Mesmo apenas em quarto no mundial, Alonso deu show! Bem ao contrário de Massa. Felipe deve ter mesmo um enorme respeito da equipe Ferrari, pois com uma temporada como a desse ano, Massa estaria no olho da rua em outros anos ferraristas, mas por incrível que pareça o brasileiro ficará mais um ano na Ferrari. Massa teve um ano abaixo da crítica, ficando no máximo em quinto lugar nas corridas, amplamente dominado por Alonso tanto em ritmo de classificação, como em corridas. Por sinal, ao contrário de Button, Massa teve um desempenho descendente ao longo das provas, conseguindo boas largadas, para cair de rendimento e não raro tomar mais de 40s de Alonso. O destino do Brasil na F1 é obscuro e até mesmo a Globo já percebeu isso. Massa terá que melhorar da água para o vinho se quiser ficar na Ferrari ou ir para uma equipe competitiva em 2013. Rubens Barrichello fez o que pôde para ficar na decadente Williams, mas com o time precisando de dinheiro, será difícil o brasileiro permanecer na F1 em 2012 e Interlagos pode ter visto a sua última corrida na F1. Por sinal, a forma como Rubens demonstrou querer ficar na F1 não foi muito digno a sua bonita passagem pela categoria. Se não foi vitorioso, Barrichello entrou para a história da F1 como um piloto querido e que marcou uma época. Um Ricardo Patrese um pouco melhorado. Bruno Senna começou o ano como reserva na Renault, mas o time francês teve sua temporada destruída ainda antes da primeira corrida do ano. Dias após ter feito o melhor tempo em Valencia nos testes de inverno, o polonês participou de um rally e escapou da morte por muito pouco. Com o lado direito do seu corpo afetado, será um milagre ver o ta

Desde que comprou a Brawn, a Mercedes ainda não disse a que veio. O time germânico ficou numa situação peculiar na distribuição de forças da F1 em 2011. Se não atacava a trinca Red Bull-McLaren-Ferrari, com a que

Com a Índia no calendário, Vijay Mallya vê sua equipe correr em casa pela primeira vez e com apoio forte da Mercedes, a Force Índia foi um dos destaques na segunda metade da temporada, superando a Renault e conseguindo um bom sexto lugar no Mu

O outro será Jean-Eric Vergne, que estreará na F1 em 2012 com a Toro Rosso. Se auto definindo com uma escola de pilotos para a Red Bull, o time italiano dispensou o insosso Sebastien Buemi e o aguerrido Jaime Alguersuari, esse u


E isso foi a temporada 2011 da F1. Tivemos ótimas corridas, um Sebastian Vettel dominador e os demais pilotos correndo atrás do alemão da Red Bull. Um cenário bem parecido de dez anos atrás, quando o personagem era Michael Schumacher e a equipe era a Ferrari. Vettel derrotou com imensa facilidade pilotos do calibre de Alonso, Hamilton e Button. Seu nome está entrando para a história e mesmo com o campeonato ficando sem graça, sempre é bom ver alguém fazer história na frente dos nossos olhos.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Troca-troca
Essa semana foi marcada pelos anúncios de novidades em equipes médias. A Toro Rosso demitiu seus dois pilotos do biênio 2010-11, Sebastien Buemi e Jaime Alguersuari, e trouxeram para a equipe os novatos Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Assim como Buemi e Alguersuari, Ricciardo e Vergne fazem parte do programa de jovens pilotos da Red Bull e já sabem o que pode-lhes acontecer se não derem resultado logo. Ricciardo me parece um talento a ser lapidado, enquanto Vergne é uma incógnita. Entre os dispensados, Alguersuari, que fez uma boa temporada, ainda parece ter alguma chance na F1, bem ao contrário de Buemi, que as 22 anos pode estar com a carreira correndo risco de ficar estagnada, assim como aconteceu com Enrique Bernoldi e Christian Klien, ambos ex-Red Bull. Já a Force India anunciou a saída de Adrian Sutil para o lugar de Nico Hulkenberg. É difícil dizer que foi trocar seis por meia dúzia, já que Sutil é experiente e fez uma baita temporada em 2011, mas fica claro que o alemão deverá ser anunciado em breve como companheiro de equipe de Maldonado na Williams. Péssimo para os brasileiros, que poderão ter apenas um cambaleante Felipe Massa em 2012. Preocupante!
domingo, 11 de dezembro de 2011
O Rato

Emerson Fittipaldi nasceu no dia 12 de dezembro de 1946 em São Paulo e as corridas sempre tiveram presente na vida desse paulistano. Seu pai, Wilson Fittipaldi, mais conhecido como Barão, trabalhava numa rádio e era um dos principais divulgadores das corridas em São Paulo e no Brasil, sendo que o próprio Ba


A F1 era um sonho tão inatingível, que ninguém sabia nem por onde começar. Primeiramente, pensou-se em mandar Emerson para a Itália correr de F3, onde chegou a fazer alguns testes, mas a sorte estava ao lado do brasileiro e ele entrou em contato com Jerry Cunningham, um inglês que morava no Brasil, mas que anos antes tinha feito parte de uma nova categoria na Inglaterra, chamada de Formula Ford. Criada em 1967, a F-Ford Inglesa eram pequenos bólidos que serviam para dar experiência a jovens pilotos e já fazia um enorme sucesso na Inglaterra, berço da maioria das equipes de F1. Emerson Fittipaldi vendeu tudo o que tinha, amealhou todo o dinheiro que podia e viajou para a Inglaterra em fevereiro de 1969 com uma idéia na cabeça: ser piloto de F1. Junto com Cunningham, Emerson procurou um carro de F-Ford para pronta entrega e conheceu um jovem chefe de equipe, que havia vencido o campeonato de 1968 de F-Ford, chamado Frank Williams. Porém, Frank não tinha um carro pronto e então Fittipaldi conheceu Dennis Rowland, conhecido preparador de motor inglês e com seus contatos, conseguiu um chassi Merlyn zero quilometro por 20 mil dólares. Durante as negociações ficou decidido que Emerson trabalharia na oficina de Rowland, que em troca prepararia seu carro naquela temporada de F-Ford. Fittipaldi moraria sozinho numa pensão perto de Londres e trabalhava oito horas por dia, enquanto esperava o grande dia de sua estréia na F-Ford, mesmo com o dinheiro contado. Porém, a primeira corrida de Emerson na F-Ford não seria na Inglaterra, mas em Zandvoort, na Holanda, primeira etapa do certame europeu da categoria. De forma surpreendente, Emerson larga em

Todos na Inglaterra passaram a perguntar quem era Emerson Fittipaldi. Um piloto vir do Brasil e ter sucesso na “Ilha das Corridas” em 1969 era como se atualmente aparecer um piloto da Tanzânia e passar a vencer tudo. Emerson passa a ser cortejado até mesmo por equipes de F1 e menos de um ano depois de encontrá-lo, Fittipaldi recebe um convite de Frank Williams para ser o segundo piloto de sua equipe de F1 em 1970. Mesmo abalado por uma proposta tão cedo da F1, Fittipaldi recusa a oferta. Nessa época, Emerson já tinha a companhia de Chico Rosa e do seu irmão mais velho. No Brasil, graças aos contatos do Barão, os feitos de Emerson eram fartamente divulgados, mas ainda faltava o principal objeti

Ainda com o velho Lotus 49, Emerson vai a Hockenheim e consegue seus primeiros pontos na F1 com um quarto lugar. Após uma corrida discreta na Áustria, finalmente Emerson Fittipaldi correria com o Lotus 72 em Monza, mas antes andaria com o carro de Rindt, para amaciá-lo, ou como se diz hoje, fazer o shakedown. Animado com as altas velocidades atingidas pelo circuito italiano, Emerson perde a freada da Parabólica e acerta a traseira da Ferrari de Ignazio Giunti. A Lotus voa para fora da pista e Emerson sofria seu primeiro acidente de F1. Com o carro de Rindt destruído, Fittipaldi teve que ceder seu carro ao austríaco, que acabaria falecendo mais tarde com ele. Emerson chorou a morte de Rindt, que já havia acertado como piloto oficial

Para 1972, a Lotus teria como principal mudança o novo lay-out, saindo o vermelho e dourado da Gold Leaf e entrando o preto e dourado da John Player Special. Emerson não gostou das novas cores, achando muito parecido com um caixão, mas esse modelo de cores entraria na história da F1. A F1 se tornara tão popular no Brasil que em 1972 uma corrida é realizada em Interlagos, com um suces

Não deixava de ser uma surpresa o título de Emerson Fittipaldi logo em sua segunda temporada completa de F1 e por muitos anos o paulistano foi o piloto mais jovem a ser campeão do mundo, com apenas 25 anos de idade, só superado mais de 30 anos depois por Fernando Alonso. Muito se comentava que Emerson tivera sorte por causa do problema de saúde de Stewart, mas Fittipaldi mostraria em Buenos Aires que isso era mais dor de cotovelo dos europeus, derrotado por um país de terceiro mundo. No Grande Prêmio da Argentina, Emerson Fittipaldi faz, para muitos, a melhor corrida de sua vida e uma das maiores demonstrações de garra na história da F1. Fittipaldi disputava a liderança com os dois carros da Tyrrell e após ultrapassar Stewart, vinha tendo dificuldades em deixar François Cevert para trás. Emerson catimbava, reclamava com o diretor da corrida sobre as manobras do francês e para piorar, o melhor local de ultrapassagem estava cheio de óleo, deixado por um motor quebrado. Infelizmente, não há imagem nenhuma da manobra, mas após muito esperar, Emerson colocou duas rodas na grama para deixar Cevert para trás e conseguir uma belíssima vitória. O começo de temporada de 1973 fora arrasador para Emerson, com três vitórias e um terceiro lugar nas quatro primeiras corridas, incluindo aí uma bela vitória em Interlagos. Porém, a Lotus havia trocado a Firestone pela Goodyear e os problemas não tardaram a acontecer, principalmente porque a Tyrrell tinha uma maior experiência com os pneus americanos. Fittipaldi é derrotado por Stewart em Monte Carlo e na França é jogado para fora pelo novato Jody Scheckter. Emerson quase parte para briga com o sul-africano. Em Zandvoort, Fittipaldi sofre um sério acidente e fica preso dentro do seu Lotus, com o tornozelo quebrado. Foi Graham Hill quem liderou o resgate de Emerson, que demorou um tempo das dores do tornozelo, correndo algumas vezes na base de fortes remédios. Quando a F1 chegou à Monza, Stewart precisava apenas de um terceiro lugar para ser tricampeão e Fittipaldi negociava com a Lotus sua renovação de contrato. No domingo da corrida, Chapman falou que Ronnie Peterson lhe cederia o lugar para favorecer Emerson no campeonato. Sabendo disso e com a Lotus claramente superior naquele dia, Fittipaldi ficou escoltando Peterson a corrida inteira, esperando o sinal de Chapman para a inversão de posições. Só que as voltas foram passando e nada do sinal aparecer. E nunca apareceu. Peterson venceu a corrida e com um quarto lugar, Stewart garantia seu terceiro título. Emerson Fittipaldi ficou muito irritado e a imprensa brasileira ficou horrorizada com o não cumprimento da ordem de equipe. Estranho, não? A verdade foi que esse fato decidiu a saída de Emerson da Lotus. Chapman pensava que Emerson não teria coragem de sair da Lotus e por isso barganhou o máximo que pôde, mas a economia significou a saída do seu principal piloto. Fittipaldi se transferiu para a McLaren, com apoio da Marlboro e da Texaco, com Emerson se tornando o piloto mais bem pago da F1 na época. Por sinal, foi com o brasileiro que a McLaren utilizaria um dos lay-outs mais conhecidos da história da F1 nos próximos 22 anos.
Porém, o McLaren M23 não era tão bom quanto o Lotus 72, mesmo o carro já demonstrando algumas defasagens com relação aos rivais. No Brasil, muito se falou sobre a mudança de Emerson, já que a McLaren nunca havia conquistado um título até então. Em sua estréia na equipe, Fittipaldi cometeria um d

Porém, o surgimento de Niki Lauda suplantou um pouco o sucesso de Emerson Fittipaldi. A incrível eficiência de Lauda em sua Ferrari o fez dominar o ano de 1975. Mesmo vencendo na Argentina, Fittipaldi nunca foi páreo para Lauda e sua



Emerson se torna chefe da equipe a partir de 1981, mas a verdade era que o time estava com sérios problemas financeiros e fecharia as portas tristemente em 1982. Com a equipe falida, a família Fittipaldi também passa por problemas financeiros e Emerson se separaria de Maria Helena, sua companheira desde os tempos de F3. Em 1983, o bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi era visto disputando corridas de superkart no estacionamento do Pacaembu, numa cena triste para quem dez anos antes desfilava pela mesma São Paulo num caminhão de bombeiros. Decepcionado com o automobilismo, Emerson recomeçaria sua carreira em 1984 quando foi convidado a fazer parte de uma corrida da IMSA em Miami. Um carro de protótipo potente fez Emerson Fittipaldi reviver toda a emoção de uma corrida e conseguia uma pole pela primeira vez em dez anos. Ainda em Miami, Emerson entrou em contato com Pepe Romero e o brasileiro foi convidado a correr nas 500 Milhas de Indianápolis. Exatamente dez anos antes, Emerson Fittipaldi fez um teste em Indianápolis logo após conquistar o bicampeonato com um carro da McLaren da Indy. Emerson não gostou da experiência a ponto de dizer que nunca correria na pista de Indiana. A velocidade e falta de proteção havia impressionado negativamente o bicampeão do mundo, mas com fome de velocidade com os carros um pouco melhores no quesito segurança, Emerson resolve aceitar o desafio e participa da tradicional corrida com um carro toda rosa. Ainda em 1984 Emerson é convidado pela tradicional equipe Patrick a fazer algumas corridas em circuitos mistos em substituição ao lesionado Chip Ganassi e seu desempenho é tão bom que acaba ficando para 1985. Num campeonato novo e milionário, Emerson teria que reaprender a dirigir num circuito totalmente desconhecido para ele: os ovais. A Indy vivia um bom momento, com os melhores pilotos americanos fazendo parte do seu campeonato, mas faltava conquistar espaço fora dos limites da América e Emerson poderia ser um enorme chamariz para isso. Emerson aprende rápido os macetes dos ovais e sua primeira vitória na Indy é justamente num oval, em Michigan, derrotando na ocasião o experiente Al Unser Sr. Em 1986 Emerson trouxe a Marlboro para a Indy e voltaria a utilizar o famoso lay-out branco e vermelho, onde teve tanto sucesso na McLaren. Ele venceria uma corrida debaixo de muita chuva em Elkhart Lake, liderou outras corridas e comemorou seu quadragésimo aniversário em plena forma. Em 1987 Emerson consegue ótimos resultados em circuito mistos, inclusive duas vitórias seguidas em Cleveland e Toronto, mas tem problemas nos ovais e bate forte durante os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Para 1988, Emerson se decepciona com o chassi March, mas ainda a


Porém, o campeonato não havia terminado ainda e Emerson teria que enfrentar o monstro sagrado Rick Mears. Fittipaldi vence em Detroit, Portland e Cleveland, enquanto Mears triunfava em seu terreno favorito, nos ovais. Na penúltima etapa do ano, em Nazareth, Emerson e Mears disputaram a corrida palmo a palmo, mas o americano erra na última parada e Fittipaldi vence pela primeira vez num oval curto. Mesmo com a vitória de Mears em Laguna Seca, Emerson conquistava seu primeiro e único título da Indy. Para 1990, Emerson sairia de uma parceria vitoriosa na Patrick para iniciar outra na Penske, levando consigo o patrocínio da Marlboro. Emerson se torna um piloto da ponta, mas não conquistaria mais o título. Em 1993, Fittipaldi vence mais uma vez as 500 Milhas de Indianápolis após uma disputa de tirar o fôlego com as também lendas vivas Mario Andretti e Nigel Mansell. Para surpresa geral de todos os presentes, no lugar de tomar o tradicional leite da vitória, Emerson toma uma garrafa de suco de laranja de sua propriedade. Em 1994, Emerson forma uma trinca arrasadora da Penske juntamente com Al Unser Jr. e Paul Tracy, ficando com o vice-campeonato, atrás de Unser Jr. Porém, 1995 seria bem diferente e a Penske passa pelo vexame de não conseguir colocar nenhum dos seus carros em Indianápolis, mas Emerson ainda consegue uma vitória final em Nazareth. A Indy vivia seu auge, com vários pilotos vindos da Europa para fortalecer o campeonato americano e Emerson teve o prazer de pilotar ao lado do sobrinho Christian Fittipaldi durante todo o ano. Após seis anos na Penske, Emerson montaria uma equipe junto com Carl Hogan, utilizando chassi da Penske, e voltaria a ser piloto e chefe de equipe dezesseis anos após sua passagem na F1. P

Praticamente um ano após seu acidente em Michigan, onde por muito pouco não ficou paralítico, Emerson deu um susto enorme aos brasileiros bem no dia em que se comemorava os 25 anos do seu primeiro título. Ao lado do filho mais novo, Luca, Emerson sofreu um acidente em um ultra-leve e passou o dia desaparecido, só sendo encontrado à noite, com outro problema sério na coluna. Depois desse acidente, participou apenas de algumas corridas eventuais, inclusive numa disputa sensacional com Mansell na falecida GP Masters, lembrando uma batalha incrível entre os dois em Cleveland em 1994, onde os dois veteranos bateram rodas várias vezes. Dono de um tino comercial impressionante, Emerson Fittipaldi tem vários negócios em variados ramos, se tornando rico após seu fracasso como chefe de equipe na F1. Cavalheiro dentro e fora das pistas, Emerson tem a façanha de ser respeitado tanto na F1, onde fez as pazes após anos de litígio com a categoria após sua falência, como na Indy, donde se tornou

Parabéns!
Emerson Fittipaldi
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