... a pontuação aprovada recentemente pela Comissão da F1 estivesse em vigor desde 1950. Campeonatos poderiam ser mudados, pilotos históricos deixariam de ganhar títulos, enquanto outros não muito famosos subiriam na Classificação ao longo da história. Num rápido resumo da história da F1, vamos ver como ficariam cada um dos 60 campeonatos da história da categoria com a nova pontuação vigente.
1950
Logo no primeiro campeonato, a primeira grande mudança! Ao contrário do que todos imaginam a nova pontuação não validaria tanto assim as vitórias e o título ficaria para um piloto que terminaria o ano simplesmente com NENHUMA vitória! Mais velho dos “três efes” da fortíssima equipe Alfa Romeo, Luigi Fagioli usaria sua vasta experiência para derrotar os ‘novatos’ Giuseppe Farina e Juan Manuel Fangio, seus companheiros de equipe. Porém, uma diferença positiva seria a grande disputa que aconteceria na última corrida do ano, em Monza. Com quatro 2º lugares, Fagioli começaria sua corrida em casa com 80 pontos, contra 75 de Fangio (3 vitórias) e 64 de Farina (2 vitórias). Todos eles tinham chances de título, mas com uma disputa mais direta entre Fagioli e Fangio, que não havia conquistado nenhum ponto fora suas três vitórias. Isso também seria decisivo em Monza, com o argentino abandonando, enquanto, com um 3º lugar, Fagioli conquistaria o título, ficando atrás de Farina, que conquistaria sua terceira vitória na temporada e tomaria o vice-campeonato de Fangio. Giuseppe Farina, conhecido por ter sido o primeiro em tudo na F1 (pole, vitória, melhor volta e título), perderia a primazia do primeiro triunfo na história da F1, enquanto Fagioli, praticamente um desconhecido para os leigos, seria até hoje lembrado como o primeiro Campeão Mundial da F1. Mesmo sem nenhuma vitória...
1951
Uma parte interessante dessa nova pontuação, que será vista em vários campeonatos, é que a vasta pontuação do vencedor traz vários pilotos na disputa pelo título. Em 1951 não seria diferente. Se originalmente Fangio e Ascari eram os únicos com chances de serem coroado campeão na Espanha, última etapa daquele ano, com a nova pontuação José Froilan González também teria chances de título. Fangio usou sua malandragem para superar Ascari, que tinha o melhor carro, e também seria campeão com a nova pontuação com uma margem relativamente segura. Stirling Moss, que fez sua primeira corrida de F1 em 1951 e não marcou pontos no campeonato oficial, entraria na Classificação geral com a nova pontuação com seu 8º lugar na Suíça.
1952
Título fácil para Ascari com a pontuação original e com a nova. Porém, a disputa pelo vice, que tinha sido apertada originalmente entre Giuseppe Farina e Piero Taruffi, ficaria mais tranqüila para Farina com a nova pontuação, pois, mesmo sem nenhuma vitória, o italiano conseguiu quatro 2º lugares no ano, enquanto Taruffi, mesmo com uma vitória, não foi tão efetivo nas demais provas. Destaques para os primeiros pontos brasileiros para Chico Landi com um 8º lugar e a primeira grande tragédia da F1, com a morte do ‘campeão’ Luigi Fagioli em um teste com um carro-esporte. Com tantos pilotos marcando pontos correndo em dupla, teríamos o recorde de pilotos pontuando: 39.
1953
Outra vitória fácil para Ascari, com suas cinco vitórias, mas a mudança do novo sistema de pontos seria com o vice-campeão. Farina conquistaria seu 3º vice-campeonato na carreira numa disputa forte com o recuperado Fangio, já que o italiano teria um 5º lugar a mais com relação ao argentino, o derrotando por 11,5 pontos. No resto, as colocações dos dois grandes pilotos seria exatamente a mesma. Sem o sistema de descartes, Mike Hawthorn, que seria 4º lugar em ambos os sistemas de pontuação, ficaria bem mais próximo de Farina e Fangio.
1954
Um campeonato que não teria grandes alterações com nenhum dos sistemas. Fangio venceria seu 2º campeonato de forma extremamente tranqüila, com González derrotando Hawthorn por pouco.
1955
Assim como aconteceu originalmente, Fangio teria praticamente o dobro de pontos do vice-campeão Sitrling Moss, que ‘conquistaria’ seu primeiro vice...
1956
Esse seria o campeonato mais emocionante na história da F1 até então e teríamos quatro pilotos brigando pelo título na última corrida em Monza e provavelmente a inusitada e famosa troca de carros entre Collins e Fangio não aconteceria. Na pontuação original, Fangio chegou à Monza com a mão no título, com Peter Collins e Jean Behra com chances apenas matemáticas, mas com o andamento daquela corrida acabaria deixando Fangio em maus lençóis, sendo salvo exatamente por Collins, que ofereceu seu carro ao argentino e companheiro de equipe para ser campeão. Com a nova pontuação, Fangio chegaria em Monza em uma situação bastante apertada, com Behra e Collins bastante próximos dele, enquanto Moss ainda teria chances matemáticas de título. Caso Fangio abandonasse de verdade, Collins poderia ter sido campeão de forma até tranqüila, já que Behra abandonaria mais tarde. Será que o inglês daria seu carro tão facilmente a Fangio sabendo disso? Dizem que Collins fez isso porque se achava muito jovem e que poderia ser campeão mais tarde, algo que acabou não acontecendo. Fangio acabaria em 2º com o carro de Collins e seria novamente campeão, com o francês Jean Behra ainda ficando com o vice-campeonato e Moss em 3º. Pelo menos o inglês teria sua série quebrada...
1957
Fangio conquistaria o título facilmente, sem chances para seus adversários. Moss seria novamente vice graças a uma arrancada no final do campeonato, com Musso e Hawthorn logo atrás. Com a nova pontuação, a diferença seria que Musso e Hawthorn terminariam empatados em pontos.
1958
Mais um golpe nas pessoas que defendem que a nova pontuação valoriza as vitórias. Todos se lembram desse campeonato pelo título de Mike Hawthorn com apenas uma vitória, ante os quatro triunfos do vice-campeão Stirling Moss. Pois com a nova pontuação, não apenas Hawthorn seria campeão, como confirmaria seu título com uma corrida de antecipação, evitando a primeira marmelada da Ferrari na história da F1. Na última corrida do ano no Marrocos, Hawthorn estava perdendo o título com o 3º lugar que ocupava e a vitória de Moss, mas Phil Hill, piloto em sua terceira corrida pela Ferrari, estava em 2º e a equipe italiana não titubeou em mandar o americano tirar o pé, dando a posição e o título para Hawthorn. Isso não aconteceria se a nova pontuação estivesse de pé há 51 anos atrás... Um fato curioso desta nova pontuação era que Maria Teresa de Filippis seria a primeira mulher a marcar pontos na história da F1.
1959
Outra mudança que poderia mudar outro fato histórico. Com a nova pontuação, Jack Brabham chegaria em Sebring, última etapa do campeonato, já coroado como Campeão Mundial e por isso, o australiano não seria obrigado a empurrar seu carro até bandeirada quando este ficou sem combustível nos últimos metros da corrida. Para o Brasil, a novidade seria que Fritz D’Orey seria o terceiro piloto brasileiro a contar pontos na F1, se juntando a Hernando da Silva Ramos e Chico Landi.
1960
Jack Brabham continuaria bicampeão com a nova pontuação, mas seria um pouquinho mais complicado. Se originalmente o australiano seria campeão de forma antecipada, com a nova pontuação Brabham chegaria a Riverside precisando de um 3º lugar para garantir seu título independentemente do que iria fazer Bruce McLaren, seu rival até o momento. Brabham foi 4º no GP dos Estados Unidos, mas como McLaren fora apenas 3º, ele conquistaria o título de qualquer forma, mas provavelmente os dois pilotos da Oceania não pilotariam tão descansados na última etapa do ano.
1961
Um campeonato marcado pela tristeza da morte de Wolfgang Von Trips em Monza, quando liderava o campeonato. Com esse novo sistema de pontuação, Phil Hill também se tornaria campeão com sua vitória em Monza e o campeonato seria tão emocionante como realmente foi. Detalhe interessante para os três pontos para Roger Penske com o 8º lugar nos GP dos Estados Unidos, algo que o futuro vitorioso chefe de equipe repetiria no ano seguinte.
1962
Uma mudança inusitada aconteceria se esse campeonato ocorresse com a nova pontuação. Graham Hill tinha sido tão regular ao longo do ano, que ele teve descartado três resultados seus e isso permitiu a Jim Clark chegar a última etapa do ano, na África do Sul, com chances reais de ser campeão, mas acabaria perdendo o título para Hill graças a uma arruela solta. Com a nova pontuação e a abolição dos descartes, Hill seria campeão com duas corridas de antecedência e a falta de regularidade de Clark (pontuou apenas quatro vezes, mesmo com três vitórias) o relegaria ao 3º lugar no campeonato, deixando o vice-campeonato para Bruce McLaren por apenas um ponto.
1963
Massacre de Jim Clark sobre seus adversários nesse ano ficaria ainda mais claro com a nova pontuação, com o escocês superando o vice-campeão por incríveis 95 pontos. O detalhe era que o vice não seria Graham Hill, como originalmente foi, mas o americano Richie Ginther, que muito regular durante o ano e superaria seu companheiro de equipe Hill no campeonato, mesmo o inglês tendo duas vitórias e ele nada.
Logo no primeiro campeonato, a primeira grande mudança! Ao contrário do que todos imaginam a nova pontuação não validaria tanto assim as vitórias e o título ficaria para um piloto que terminaria o ano simplesmente com NENHUMA vitória! Mais velho dos “três efes” da fortíssima equipe Alfa Romeo, Luigi Fagioli usaria sua vasta experiência para derrotar os ‘novatos’ Giuseppe Farina e Juan Manuel Fangio, seus companheiros de equipe. Porém, uma diferença positiva seria a grande disputa que aconteceria na última corrida do ano, em Monza. Com quatro 2º lugares, Fagioli começaria sua corrida em casa com 80 pontos, contra 75 de Fangio (3 vitórias) e 64 de Farina (2 vitórias). Todos eles tinham chances de título, mas com uma disputa mais direta entre Fagioli e Fangio, que não havia conquistado nenhum ponto fora suas três vitórias. Isso também seria decisivo em Monza, com o argentino abandonando, enquanto, com um 3º lugar, Fagioli conquistaria o título, ficando atrás de Farina, que conquistaria sua terceira vitória na temporada e tomaria o vice-campeonato de Fangio. Giuseppe Farina, conhecido por ter sido o primeiro em tudo na F1 (pole, vitória, melhor volta e título), perderia a primazia do primeiro triunfo na história da F1, enquanto Fagioli, praticamente um desconhecido para os leigos, seria até hoje lembrado como o primeiro Campeão Mundial da F1. Mesmo sem nenhuma vitória...
1951
Uma parte interessante dessa nova pontuação, que será vista em vários campeonatos, é que a vasta pontuação do vencedor traz vários pilotos na disputa pelo título. Em 1951 não seria diferente. Se originalmente Fangio e Ascari eram os únicos com chances de serem coroado campeão na Espanha, última etapa daquele ano, com a nova pontuação José Froilan González também teria chances de título. Fangio usou sua malandragem para superar Ascari, que tinha o melhor carro, e também seria campeão com a nova pontuação com uma margem relativamente segura. Stirling Moss, que fez sua primeira corrida de F1 em 1951 e não marcou pontos no campeonato oficial, entraria na Classificação geral com a nova pontuação com seu 8º lugar na Suíça.
1952
Título fácil para Ascari com a pontuação original e com a nova. Porém, a disputa pelo vice, que tinha sido apertada originalmente entre Giuseppe Farina e Piero Taruffi, ficaria mais tranqüila para Farina com a nova pontuação, pois, mesmo sem nenhuma vitória, o italiano conseguiu quatro 2º lugares no ano, enquanto Taruffi, mesmo com uma vitória, não foi tão efetivo nas demais provas. Destaques para os primeiros pontos brasileiros para Chico Landi com um 8º lugar e a primeira grande tragédia da F1, com a morte do ‘campeão’ Luigi Fagioli em um teste com um carro-esporte. Com tantos pilotos marcando pontos correndo em dupla, teríamos o recorde de pilotos pontuando: 39.
1953
Outra vitória fácil para Ascari, com suas cinco vitórias, mas a mudança do novo sistema de pontos seria com o vice-campeão. Farina conquistaria seu 3º vice-campeonato na carreira numa disputa forte com o recuperado Fangio, já que o italiano teria um 5º lugar a mais com relação ao argentino, o derrotando por 11,5 pontos. No resto, as colocações dos dois grandes pilotos seria exatamente a mesma. Sem o sistema de descartes, Mike Hawthorn, que seria 4º lugar em ambos os sistemas de pontuação, ficaria bem mais próximo de Farina e Fangio.
1954
Um campeonato que não teria grandes alterações com nenhum dos sistemas. Fangio venceria seu 2º campeonato de forma extremamente tranqüila, com González derrotando Hawthorn por pouco.
1955
Assim como aconteceu originalmente, Fangio teria praticamente o dobro de pontos do vice-campeão Sitrling Moss, que ‘conquistaria’ seu primeiro vice...
1956
Esse seria o campeonato mais emocionante na história da F1 até então e teríamos quatro pilotos brigando pelo título na última corrida em Monza e provavelmente a inusitada e famosa troca de carros entre Collins e Fangio não aconteceria. Na pontuação original, Fangio chegou à Monza com a mão no título, com Peter Collins e Jean Behra com chances apenas matemáticas, mas com o andamento daquela corrida acabaria deixando Fangio em maus lençóis, sendo salvo exatamente por Collins, que ofereceu seu carro ao argentino e companheiro de equipe para ser campeão. Com a nova pontuação, Fangio chegaria em Monza em uma situação bastante apertada, com Behra e Collins bastante próximos dele, enquanto Moss ainda teria chances matemáticas de título. Caso Fangio abandonasse de verdade, Collins poderia ter sido campeão de forma até tranqüila, já que Behra abandonaria mais tarde. Será que o inglês daria seu carro tão facilmente a Fangio sabendo disso? Dizem que Collins fez isso porque se achava muito jovem e que poderia ser campeão mais tarde, algo que acabou não acontecendo. Fangio acabaria em 2º com o carro de Collins e seria novamente campeão, com o francês Jean Behra ainda ficando com o vice-campeonato e Moss em 3º. Pelo menos o inglês teria sua série quebrada...
1957
Fangio conquistaria o título facilmente, sem chances para seus adversários. Moss seria novamente vice graças a uma arrancada no final do campeonato, com Musso e Hawthorn logo atrás. Com a nova pontuação, a diferença seria que Musso e Hawthorn terminariam empatados em pontos.
1958
Mais um golpe nas pessoas que defendem que a nova pontuação valoriza as vitórias. Todos se lembram desse campeonato pelo título de Mike Hawthorn com apenas uma vitória, ante os quatro triunfos do vice-campeão Stirling Moss. Pois com a nova pontuação, não apenas Hawthorn seria campeão, como confirmaria seu título com uma corrida de antecipação, evitando a primeira marmelada da Ferrari na história da F1. Na última corrida do ano no Marrocos, Hawthorn estava perdendo o título com o 3º lugar que ocupava e a vitória de Moss, mas Phil Hill, piloto em sua terceira corrida pela Ferrari, estava em 2º e a equipe italiana não titubeou em mandar o americano tirar o pé, dando a posição e o título para Hawthorn. Isso não aconteceria se a nova pontuação estivesse de pé há 51 anos atrás... Um fato curioso desta nova pontuação era que Maria Teresa de Filippis seria a primeira mulher a marcar pontos na história da F1.
1959
Outra mudança que poderia mudar outro fato histórico. Com a nova pontuação, Jack Brabham chegaria em Sebring, última etapa do campeonato, já coroado como Campeão Mundial e por isso, o australiano não seria obrigado a empurrar seu carro até bandeirada quando este ficou sem combustível nos últimos metros da corrida. Para o Brasil, a novidade seria que Fritz D’Orey seria o terceiro piloto brasileiro a contar pontos na F1, se juntando a Hernando da Silva Ramos e Chico Landi.
1960
Jack Brabham continuaria bicampeão com a nova pontuação, mas seria um pouquinho mais complicado. Se originalmente o australiano seria campeão de forma antecipada, com a nova pontuação Brabham chegaria a Riverside precisando de um 3º lugar para garantir seu título independentemente do que iria fazer Bruce McLaren, seu rival até o momento. Brabham foi 4º no GP dos Estados Unidos, mas como McLaren fora apenas 3º, ele conquistaria o título de qualquer forma, mas provavelmente os dois pilotos da Oceania não pilotariam tão descansados na última etapa do ano.
1961
Um campeonato marcado pela tristeza da morte de Wolfgang Von Trips em Monza, quando liderava o campeonato. Com esse novo sistema de pontuação, Phil Hill também se tornaria campeão com sua vitória em Monza e o campeonato seria tão emocionante como realmente foi. Detalhe interessante para os três pontos para Roger Penske com o 8º lugar nos GP dos Estados Unidos, algo que o futuro vitorioso chefe de equipe repetiria no ano seguinte.
1962
Uma mudança inusitada aconteceria se esse campeonato ocorresse com a nova pontuação. Graham Hill tinha sido tão regular ao longo do ano, que ele teve descartado três resultados seus e isso permitiu a Jim Clark chegar a última etapa do ano, na África do Sul, com chances reais de ser campeão, mas acabaria perdendo o título para Hill graças a uma arruela solta. Com a nova pontuação e a abolição dos descartes, Hill seria campeão com duas corridas de antecedência e a falta de regularidade de Clark (pontuou apenas quatro vezes, mesmo com três vitórias) o relegaria ao 3º lugar no campeonato, deixando o vice-campeonato para Bruce McLaren por apenas um ponto.
1963
Massacre de Jim Clark sobre seus adversários nesse ano ficaria ainda mais claro com a nova pontuação, com o escocês superando o vice-campeão por incríveis 95 pontos. O detalhe era que o vice não seria Graham Hill, como originalmente foi, mas o americano Richie Ginther, que muito regular durante o ano e superaria seu companheiro de equipe Hill no campeonato, mesmo o inglês tendo duas vitórias e ele nada.
1964
Mudança significativa e histórica com a nova pontuação. Mais uma vez Graham Hill fez um campeonato regular e por causa dos descartes, proporcionou para que mais pilotos chegassem a última corrida do ano com chances de título, o que acabaria sendo fatal para o inglês, que acabaria perdendo o título para John Surtees. Com a nova pontuação, Hill chegaria a corrida final no México com a mão na taça e apenas Surtees tendo chances de ser campeão. O piloto da Ferrari teria uma tarefa quase impossível de tirar 23 pontos de 25 possíveis com relação ao seu rival. E quase consegue. Provavelmente Bandini jogaria seu carro em cima de Hill e tiraria o pé na última volta para Surtees chegar em segundo, mas isso não seria suficiente para que Surtees se tornasse o único piloto da história a ter ganho campeonatos na F1 e no Mundial de Motovelocidade, perdendo o título para Hill por apenas três pontos.
1965
Muitos dizem que 1965 foi o ano perfeito de Jim Clark e seu fácil título na F1, mas a abolição dos descartes faria com que esse Campeonato entrasse na história como o único que terminaria empatado. Graham Hill continuava sua marca de pontuar sempre que possível e mesmo tendo apenas duas vitórias ante as seis de Clark, o inglês da BRM chegaria ao México empatado em pontos (151) com Clark. Jim, que largara na pole, abandonaria no começo da corrida e tudo o que Hill precisava era de um 10º lugar, mas ele abandonaria quando faltavam apenas nove voltas e estava em 4º. Como só haviam nove carros andando, muito provavelmente a BRM colocaria Hill na pista para completar as voltas que lhe dariam o título, mas como a pontuação era diferente, Clark já era campeão e ninguém pensou nisso. Por sinal, Clark conquistaria o título graças a um 10º lugar no GP da Itália!
1966
Não importando a pontuação, Brabham entraria para a história como o único piloto-construtor a ser campeão na F1.
1967
Hulme venceria o campeonato, mas não de forma antecipada, pois Brabham ainda teria chances de ser campeão na última corrida do ano no México. Bastava um 3º lugar a Hulme para ele conquistar o título e foi exatamente o que ele fez no GP do México.
1968
Hill conquistaria seu ‘terceiro’ título num campeonato emocionante, não importando a pontuação, com o inglês tendo que derrotar Stewart e Hulme na última corrida do ano.
1969
Stewart seria facilmente campeão, não importando muito a pontuação, mas as posições intermediárias sofreriam mudanças. Rindt, com uma vitória, cairia de quarto para sétimo, enquanto Beltoise, Hulme e Hill ganhariam uma posição cada.
1970
Não é difícil encontrar quem afirme que foi Emerson Fittipaldi quem ‘deu’ o título póstumo a Rindt, mas na verdade, não importando a pontuação, o brasileiro, que pontuaria logo em sua primeira corrida de F1, apenas garantiu o título do companheiro de equipe morto com sua vitória em Watkins Glen. E seria por pouco, pois Ickx acabaria vencendo a última corrida do ano na Cidade do México e seria bi-vice com apenas dois pontos de desvantagem para Rindt. Chris Amos, com sua sorte absurda que o fazia abandonar nas últimas voltas, consegue alguns pontos a mais com posições abaixo do 6º lugar e com a nova pontuação subiria três posições no campeonato.
1971
Campeonato sem muitas mudanças com a nova pontuação e um massacre de Stewart sobre os demais.
1972
A única diferença no primeiro título brasileiro na F1 foi que Emerson chegaria a Monza, onde conquistou o título originalmente, já com a mão na taça, precisando apenas de um 8º lugar para ser campeão, sendo que seu grande rival no momento era Dennis Hulme. Ou seja, a sofrida vitória em Monza não seria tão necessária assim...
1973
Muitos acusam Colin Chapman de ter entregado o título para Stewart quando não inverteu a dobradinha da Lotus em Monza (santa ironia...), mas com a nova pontuação isso não seria possível, pois Fittipaldi já chegaria ao GP da Itália sem chances de título e Stewart confirmaria seu título na prova seguinte, no Canadá, já que o 2º colocado no campeonato, Cevert, era companheiro de equipe e venerava Stewart como professor e mesmo ainda com chances de título, ninguém contava muito com o francês nas contas de título.
1974
Um dos campeonatos mais emocionantes da história não seria tão empolgante com a nova pontuação. Primeiramente, Scheckter não chegaria a Watkins Glen com chances de título, como realmente aconteceu, e a luta seria focada apenas em Fittipaldi e Regazzoni. Segundo, Emerson, com mais vitórias, teria um pouquinho mais de dificuldade para vencer Regazzoni, pois, se ele chegasse somente uma posição à frente do suíço, ele teria que abrir cinco pontos, algo que só conseguiria com um lugar no pódio. Ou seja, todo cuidado era pouco, mas a má performance de Regazzoni naquela corrida não seria necessário tantos cuidados assim e Fittipaldi seria bicampeão de qualquer maneira.
1975
Niki Lauda conquistaria seu primeiro título em um campeonato sem nenhuma mudança entre os dez primeiros colocados, mesmo com a nova pontuação.
1976
Outra mudança significativa com a nova pontuação. As cinco vitórias e os ótimos resultados antes do seu acidente na Alemanha garantiriam uma posição cômoda para Niki Lauda no campeonato, não importando a incrível reação de Hunt após Nürburgring. Para a última corrida, Lauda teria 20 pontos de vantagem sobre Hunt e o inglês da McLaren precisaria de um milagre. Que quase aconteceria. Mesmo com Lauda abandonando a prova de Fuji por causa das péssimas condições de tempo, Hunt precisaria de um 2º lugar para garantir o título. Hunt liderou a prova inteira, mas um pneu furado proporcionou uma incrível reação do piloto da McLaren e quando ele assumiu o 3º lugar, ele se acomodou e apenas recebeu a bandeirada. Porém, isso não lhe seria suficiente para o título. Será que ele tiraria a desvantagem que tinha para Depailler, o 2º colocado? Ele não teria se acomodado? O fato era que Hunt perderia o título por cinco pontos (208x203).
1977
Lauda conquistaria seu ‘terceiro’ título consecutivo, algo que só Fangio conseguiu nos anos 50 até então. Como o austríaco também conquistaria o campeonato no Canadá com a nova pontuação, provavelmente ele teria abandonado a Ferrari em Montreal. Ou não? As causas da saída de Lauda estão ligadas a perda do título na temporada seguinte, mas a nova pontuação mostraria algo diferente...
1978
Andretti e Peterson dominariam o campeonato com a mesma facilidade com a nova pontuação e as demais posições ficariam inalteradas. Piquet marcaria pontos logo em sua primeira temporada na F1.
1979
Scheckter daria o último título da Ferrari em muitos anos com a mesma facilidade com o novo sistema de pontuação, inclusive com as mesmas posições para os pilotos seguintes. Villeneuve continuaria com seu vice-campeonato único, mas inesquecível.
1980
Uma mudança sutil no campeonato, mas não no campeão. Alan Jones teria um pouquinho mais de dificuldade de conquistar o seu único campeonato, pois o australiano chegaria ao Canadá atrás de Nelson Piquet no campeonato e acabaria por superá-lo com sua vitória, mas não confirmaria o título, mesmo que para Piquet a tarefa em Watkins Glen fosse próximo do impossível. Jones venceria e com mais uma dobradinha de Reutemann, o argentino acabaria por tomar o vice-campeonato de Piquet por um ponto (169x168).
1981
Mudança interessante e para se pensar no campeonato. Se Piquet venceu o campeonato desse ano por um ponto, com a nova pontuação ele perderia esse campeonato para Reutemann por um ponto. A primeira mudança seria que Laffite, ainda com chances de ser campeão em Las Vegas originalmente, precisaria de um milagre de proporções bíblicas para ser campeão com o novo sistema de pontuação, pois ele tinha que torcer para que Reutemann não pontuasse e Piquet fosse, no máximo, 7º. Com a briga focada em Reutemann e Piquet, o brasileiro precisaria fazer um pouco mais para tirar os seis pontos de desvantagem que tinha para o argentino e muito provavelmente não teria feito a corrida tranqüila que fez nas últimas voltas em Las Vegas, quando, ele mesmo admite, deixou Giacomelli e Mansell passar. Se não deixasse, Piquet teria vencido o campeonato com alguma folga, mesmo com fortes dores do pescoço. Se, se, se...
1982
Rosberg sempre foi alvo de críticas por ter sido campeão com apenas uma vitória, mas essa nova pontuação daria o título para o finlandês com uma prova de antecipação, pois ele teria 33 pontos de vantagem sobre Watson após a penúltima etapa em Monza, enquanto Pironi, 16 pontos atrás, já estava fora do campeonato por causa do seu acidente na Alemanha. Destaque para Alboreto subindo várias posições (de 8º para 5º), Watson ficando isolado com o vice-campeonato (originalmente ele ficou empatado com Pironi) e os únicos pontos de Raul Boesel, algo que ele não tinha conseguido originalmente.
1983
Campeonato igualmente emocionante com a nova pontuação e Prost perdendo seu primeiro título de forma apertada para Piquet, que conquistaria seu ‘primeiro’ título. O francês precisaria de um 3º lugar para ser campeão, mas seu abandono ajudaria a Piquet, que apenas administrou no final. Arnoux também teria chances de título em Kyalami, mas como aconteceu originalmente, seriam apenas chances matemáticas e até mais difíceis de acontecer.
1984
Conhecido como o campeonato mais apertado da história da F1, a nova pontuação proporcionaria uma diferença um pouco maior entre o campeão Lauda e o vice Prost. Porém, os 3,5 pontos que o separariam (215x211,5) poderia desaparecer com o famoso GP de Mônaco de 1984, quando houve a famosa interrupção da corrida quando Prost estava sendo alcançado por Senna e os dois estavam sendo alcançados por Bellof.
1985
Primeiro título fácil para Prost, com a nova pontuação proporcionando as mesmas posições para os nove primeiros colocados originais do campeonato com a pontuação antiga.
1986
A famosa disputa entre Mansell, Prost e Piquet seria igualmente emocionante com a nova pontuação, com a diferença ficando para Piquet, que precisaria de um verdadeiro milagre para conseguir o título. Como ocorreu 23 anos atrás, Mansell só precisaria de um 4º lugar para ser campeão e provavelmente o resultado seria o mesmo do que aconteceu. A dúvida com relação aos pneus de Piquet nas últimas voltas da corrida em Adelaide diminuiria em importância, pois a sua vitória não lhe daria o título, com Prost em 2º. O francês levaria o título de qualquer maneira!
1987
Piquet usa as várias quebras de Mansell para ser campeão com ainda mais facilidade, pois a nova pontuação daria o título para Piquet ainda no México, antepenúltima etapa do ano. E seria ainda melhor para o Brasil, pois Senna tomaria o vice-campeonato de Mansell, no que se tornaria na única dobradinha brasileira da história da F1. Porém, isso não proporcionaria o ato desesperado de Mansell em Suzuka...
1988
Quando Senna fez um jogo nos bastidores para mudar a pontuação em 1991, ele sabia o que estava dizendo. Se a pontuação atual estivesse valendo em 1988, o brasileiro não apenas perderia o título para Prost, como o perderia de forma antecipada, ainda na Espanha, antes de Suzuka, que definiu o título para brasileiro originalmente. Senna pode ter conquistado mais vitórias (8x7), mas o francês foi mais regular no início do ano, quando conquistou três vitórias nas quatro primeiras corridas e provavelmente não se incomodaria com os descartes, que acabaram por tirar seu título. Que acabaria sendo conquistado com até facilidade!
1989
Outra mudança sutil no campeonato, que poderia mudar alguns fatos históricos. Prost foi novamente bem mais regular do que Senna e conquistaria seu título, o terceiro em quatro anos, novamente em Jerez, antepenúltima etapa do ano. Isso evitaria, com toda certeza, o polêmico acidente em Suzuka, pois Prost poderia deixar Senna passar sem muitos ressentimentos naquelas últimas voltas...
1990
O ‘primeiro’ título de Senna também seria confirmado em Suzuka, mas será que nas mesmas condições? Senna estaria tão aborrecido com Prost se não houvesse o acidente na chicane de Suzuka no ano anterior? São coisas que nunca saberemos.
1991
Título conquistado sem maiores dramas por Senna, também garantido em Suzuka, com o novo sistema de pontos.
1992
Os 99 pontos de diferença que Mansell teria para Patrese (285x186) dá uma amostra correta de como o inglês dominou naquele ano, mesmo com uma nova pontuação. Destaque para Berger ficando à frente de Senna no campeonato por apenas um ponto.
1993
Prost abandonaria a F1 com seu ‘quinto’ título mundial na carreira e, como foi originalmente, de forma fácil e sem grandes arroubos do francês. Porém, o vice-campeonato ficaria para Damon Hill, que logo em sua primeira temporada completa, derrotaria Senna e Schumacher, que vieram logo a seguir.
1994
Mudança radical nos rumos do campeonato. Se a nova pontuação estivesse valendo há quinze anos, Hill teria comemorado seu primeiro título de forma até mesmo confortável. O inglês da Williams chegaria a Adelaide com uma confortável vantagem de 19 pontos (259x240) e precisando apenas de um 5º lugar para se sagrar campeão. Se Schumacher jogaria seu carro novamente em Hill com essa situação de campeonato, ninguém se sabe, mas também não se sabe se o alemão teria sido suspenso de duas corridas durante a temporada, decisão cada vez mais na cara como mais política do que esportiva agora.
1995
Campeonato vencido facilmente por Schumacher e sua Benetton e nova pontuação mostra que isso aconteceria até mesmo antes de Suzuka, como aconteceu originalmente. Mesmo passando um vexame com a McLaren, Mansell marcaria seus últimos pontos e Pedro Diniz, com a fraquíssima Forti Corse, também marcaria seus primeiros pontos.
1996
Hill continuaria vencendo o campeonato com o novo sistema de pontos, mas a decisão do campeonato teria uma nova cara. Se originalmente Jacques Villeneuve precisava de um milagre para ser campeão, a nova pontuação deixaria o canadense como líder do campeonato por apenas um ponto quando a F1 chegasse a Suzuka para a última prova do ano. Villeneuve teve uma corrida problemática naquele domingo e tudo o que Hill precisava fazer era vencer a prova e como já teria um título, talvez a experiência pudesse depor a favor do inglês, originalmente um piloto cheio de fantasmas quando estava próximo da glória.
1997
Outra mudança que proporcionaria algo de diferente na história. Schumacher foi punido do campeonato deste ano por ter jogado seu carro em cima Jacques Villeneuve na última corrida do ano, em Jerez. Porém, a nova pontuação mostraria algo que mudaria radicalmente aquela emocionante decisão. Com sua vitória no Japão, penúltima etapa do ano, Schumacher teria 24 pontos de vantagem em cima de Villeneuve em 25 possíveis, chegando na Espanha com a mão na taça, pois lhe bastava um 9º lugar para tirar a Ferrari do seu incomodo jejum. Provavelmente Schumacher seguiria de perto a Williams de Villeneuve e não se importaria em ver o canadense o ultrapassando na reta oposta de Jerez, pois o 2º lugar era mais do que suficiente para lhe garantir o seu segundo título. Um fato interessante da nova pontuação é que a situação do campeonato não permitiria, em teoria, que Schumacher fizesse suas duas manobras mais polêmicas na carreira.
1998
Se Hakkinen chegou a última etapa do ano em Suzuka com uma pequena vantagem sobre Schumacher, a nova pontuação proporcionaria uma vantagem ainda menor para o finlandês. Apenas dois pontos separariam os Hakkinen e Schumacher, com vantagem para o piloto da McLaren. Como o alemão teve uma corrida extremamente difícil, que o fez abandonar no final, provavelmente Hakkinen venceria o título de qualquer maneira.
1999
Mudança radical de posições e vitória para um piloto tido como medíocre. Irvine só entrou na disputa pelo título de 1999 pelo acidente que quebrou a perna de Schumacher. Até então, o irlandês era apenas o segundo piloto da Ferrari, mas a nova pontuação mostraria um Irvine com a mão no título após sua vitória na Malásia, chegando à Suzuka com 21 pontos de vantagem sobre Hakkinen, deixando o irlandês necessitando apenas de um 6º lugar para ser campeão. Hakkinen venceu, mas veria Irvine comemorar seu único título com relativa folga.
2000
Schumacher igualaria o número recorde de vitória de Mansell (9) no ano 2000, mas nem isso foi capaz de lhe dar o título de forma antecipada, com o alemão ainda tendo que brigar com Hakkinen na última prova do ano na Malásia, mesmo com o finlandês tendo que tirar 18 pontos de desvantagem. Schumacher venceria aquela corrida, mas de forma muito mais descontraída. Será que teria sido assim?
2001
Schumacher venceria o campeonato com os pés nas costas, derrotando David Coulthard por mais de 100 pontos (315x211), enquanto as posições posteriores permaneceriam as mesmas. Destaque para os primeiros pontos de Alonso, ainda de Minardi. Assim como para Enrique Bernoldi, Tarso Marques e Luciano Burti.
2002
Massacre do duo Ferrari-Schumacher, com o alemão estabelecendo o recorde de diferença entre o campeão e o vice de 161 pontos, com o próprio vice, Barrichello, ficando a longínquos 56 pontos na frente do 3º colocado, que também seria Juan Pablo Montoya.
2003
Assim como ocorreu originalmente, Schumacher conquistaria um campeonato emocionante de forma dramática, por causa da última corrida do ano, em Suzuka. Raikkonen ainda teria chances de ser campeão, mas tendo que tirar 20 pontos de desvantagem, somente um milagre poderia dar o título ao finlandês. E ele quase ocorre, assim como originalmente.
2004
Domínio avassalador de Schumacher e o recorde de 13 vitórias em um ano lhe garantindo o título não importando a pontuação. Com a mudança do sistema de pontos, fazendo com que os oito primeiros pontuassem, a diferença entre as duas pontuações, a atual e a anterior, chega a ser quase nenhuma, com nenhuma grande mudança acontecendo daí em diante.
2005
Título merecido para Alonso, mas as quebras de Raikkonen puseram tudo a perder para o finlandês. Assim como originalmente, Alonso confirmaria seu primeiro título em Interlagos.
2006
Assim como aconteceu originalmente, Schumacher teria que fazer milagre para tirar o título de Alonso, pois o espanhol chegaria em Interlagos precisando apenas em 9º para ser campeão.
2007
Não importa a pontuação. Lewis Hamilton perder esse título será inacreditável!
2008
Assim como aconteceu na versão anterior da pontuação, Hamilton fez o que necessitava para vencer o título por um ponto em cima de Felipe Massa. A forma como tudo aconteceu, todos conhecemos.
2009
Um fato interessante diferenciaria o campeonato deste ano com a nova pontuação. Button chegaria a Interlagos com uma mão e quatro dedos e meio na taça. Literalmente! Com 49,5 pontos de vantagem sobre Vettel e Barrichello, que estariam empatados em pontos, o inglês só precisaria de um 10º nas duas corridas seguintes para ser campeão. Ele fez muito mais do que isso...
Conclusão:
Esse estudo foi apenas especulativo, pois não basta ‘colocar’ ou ‘tirar’ pontos de um piloto para que ele se torne campeão ou não. Como vemos em alguns campeonatos, o comportamento de pilotos e equipes mudariam nos momentos decisivos dos campeonatos e aconteceria algumas mudanças de campeonato. Num novo cenário, Schumacher continuaria com sete títulos mundiais, com Fangio e Prost empatados com cinco títulos e Lauda logo atrás com quatro. Surgiriam alguns novos campeões (Fagioli, Reutemann e Irvine), enquanto outros nunca sentiriam o gosto da vitória de um campeonat (Hunt, Jacques Villeneuve e Farina). Para o Brasil, esse novo sistema causaria a perda de dois títulos, fazendo com que Fittipaldi, Piquet e Senna ficassem com dois títulos cada. Para quem pensava que as vitórias fossem valorizadas, cometeram um enorme engano, pois muitas vezes a regularidade levou vantagem, mas a FIA pode acertar em distribuir mais pontos aos pequenos, provavelmente a objetivo maior da entidade. De uma forma geral, acredito que a nova pontuação será boa para a F1, pois poderemos ter mais pilotos brigando pelo título na reta decisiva do campeonato e equipes pequenas, que poderiam acabar se não marcassem pontos, podendo conquistar seu objetivo.
Mudança significativa e histórica com a nova pontuação. Mais uma vez Graham Hill fez um campeonato regular e por causa dos descartes, proporcionou para que mais pilotos chegassem a última corrida do ano com chances de título, o que acabaria sendo fatal para o inglês, que acabaria perdendo o título para John Surtees. Com a nova pontuação, Hill chegaria a corrida final no México com a mão na taça e apenas Surtees tendo chances de ser campeão. O piloto da Ferrari teria uma tarefa quase impossível de tirar 23 pontos de 25 possíveis com relação ao seu rival. E quase consegue. Provavelmente Bandini jogaria seu carro em cima de Hill e tiraria o pé na última volta para Surtees chegar em segundo, mas isso não seria suficiente para que Surtees se tornasse o único piloto da história a ter ganho campeonatos na F1 e no Mundial de Motovelocidade, perdendo o título para Hill por apenas três pontos.
1965
Muitos dizem que 1965 foi o ano perfeito de Jim Clark e seu fácil título na F1, mas a abolição dos descartes faria com que esse Campeonato entrasse na história como o único que terminaria empatado. Graham Hill continuava sua marca de pontuar sempre que possível e mesmo tendo apenas duas vitórias ante as seis de Clark, o inglês da BRM chegaria ao México empatado em pontos (151) com Clark. Jim, que largara na pole, abandonaria no começo da corrida e tudo o que Hill precisava era de um 10º lugar, mas ele abandonaria quando faltavam apenas nove voltas e estava em 4º. Como só haviam nove carros andando, muito provavelmente a BRM colocaria Hill na pista para completar as voltas que lhe dariam o título, mas como a pontuação era diferente, Clark já era campeão e ninguém pensou nisso. Por sinal, Clark conquistaria o título graças a um 10º lugar no GP da Itália!
1966
Não importando a pontuação, Brabham entraria para a história como o único piloto-construtor a ser campeão na F1.
1967
Hulme venceria o campeonato, mas não de forma antecipada, pois Brabham ainda teria chances de ser campeão na última corrida do ano no México. Bastava um 3º lugar a Hulme para ele conquistar o título e foi exatamente o que ele fez no GP do México.
1968
Hill conquistaria seu ‘terceiro’ título num campeonato emocionante, não importando a pontuação, com o inglês tendo que derrotar Stewart e Hulme na última corrida do ano.
1969
Stewart seria facilmente campeão, não importando muito a pontuação, mas as posições intermediárias sofreriam mudanças. Rindt, com uma vitória, cairia de quarto para sétimo, enquanto Beltoise, Hulme e Hill ganhariam uma posição cada.
1970
Não é difícil encontrar quem afirme que foi Emerson Fittipaldi quem ‘deu’ o título póstumo a Rindt, mas na verdade, não importando a pontuação, o brasileiro, que pontuaria logo em sua primeira corrida de F1, apenas garantiu o título do companheiro de equipe morto com sua vitória em Watkins Glen. E seria por pouco, pois Ickx acabaria vencendo a última corrida do ano na Cidade do México e seria bi-vice com apenas dois pontos de desvantagem para Rindt. Chris Amos, com sua sorte absurda que o fazia abandonar nas últimas voltas, consegue alguns pontos a mais com posições abaixo do 6º lugar e com a nova pontuação subiria três posições no campeonato.
1971
Campeonato sem muitas mudanças com a nova pontuação e um massacre de Stewart sobre os demais.
1972
A única diferença no primeiro título brasileiro na F1 foi que Emerson chegaria a Monza, onde conquistou o título originalmente, já com a mão na taça, precisando apenas de um 8º lugar para ser campeão, sendo que seu grande rival no momento era Dennis Hulme. Ou seja, a sofrida vitória em Monza não seria tão necessária assim...
1973
Muitos acusam Colin Chapman de ter entregado o título para Stewart quando não inverteu a dobradinha da Lotus em Monza (santa ironia...), mas com a nova pontuação isso não seria possível, pois Fittipaldi já chegaria ao GP da Itália sem chances de título e Stewart confirmaria seu título na prova seguinte, no Canadá, já que o 2º colocado no campeonato, Cevert, era companheiro de equipe e venerava Stewart como professor e mesmo ainda com chances de título, ninguém contava muito com o francês nas contas de título.
1974
Um dos campeonatos mais emocionantes da história não seria tão empolgante com a nova pontuação. Primeiramente, Scheckter não chegaria a Watkins Glen com chances de título, como realmente aconteceu, e a luta seria focada apenas em Fittipaldi e Regazzoni. Segundo, Emerson, com mais vitórias, teria um pouquinho mais de dificuldade para vencer Regazzoni, pois, se ele chegasse somente uma posição à frente do suíço, ele teria que abrir cinco pontos, algo que só conseguiria com um lugar no pódio. Ou seja, todo cuidado era pouco, mas a má performance de Regazzoni naquela corrida não seria necessário tantos cuidados assim e Fittipaldi seria bicampeão de qualquer maneira.
1975
Niki Lauda conquistaria seu primeiro título em um campeonato sem nenhuma mudança entre os dez primeiros colocados, mesmo com a nova pontuação.
1976
Outra mudança significativa com a nova pontuação. As cinco vitórias e os ótimos resultados antes do seu acidente na Alemanha garantiriam uma posição cômoda para Niki Lauda no campeonato, não importando a incrível reação de Hunt após Nürburgring. Para a última corrida, Lauda teria 20 pontos de vantagem sobre Hunt e o inglês da McLaren precisaria de um milagre. Que quase aconteceria. Mesmo com Lauda abandonando a prova de Fuji por causa das péssimas condições de tempo, Hunt precisaria de um 2º lugar para garantir o título. Hunt liderou a prova inteira, mas um pneu furado proporcionou uma incrível reação do piloto da McLaren e quando ele assumiu o 3º lugar, ele se acomodou e apenas recebeu a bandeirada. Porém, isso não lhe seria suficiente para o título. Será que ele tiraria a desvantagem que tinha para Depailler, o 2º colocado? Ele não teria se acomodado? O fato era que Hunt perderia o título por cinco pontos (208x203).
1977
Lauda conquistaria seu ‘terceiro’ título consecutivo, algo que só Fangio conseguiu nos anos 50 até então. Como o austríaco também conquistaria o campeonato no Canadá com a nova pontuação, provavelmente ele teria abandonado a Ferrari em Montreal. Ou não? As causas da saída de Lauda estão ligadas a perda do título na temporada seguinte, mas a nova pontuação mostraria algo diferente...
1978
Andretti e Peterson dominariam o campeonato com a mesma facilidade com a nova pontuação e as demais posições ficariam inalteradas. Piquet marcaria pontos logo em sua primeira temporada na F1.
1979
Scheckter daria o último título da Ferrari em muitos anos com a mesma facilidade com o novo sistema de pontuação, inclusive com as mesmas posições para os pilotos seguintes. Villeneuve continuaria com seu vice-campeonato único, mas inesquecível.
1980
Uma mudança sutil no campeonato, mas não no campeão. Alan Jones teria um pouquinho mais de dificuldade de conquistar o seu único campeonato, pois o australiano chegaria ao Canadá atrás de Nelson Piquet no campeonato e acabaria por superá-lo com sua vitória, mas não confirmaria o título, mesmo que para Piquet a tarefa em Watkins Glen fosse próximo do impossível. Jones venceria e com mais uma dobradinha de Reutemann, o argentino acabaria por tomar o vice-campeonato de Piquet por um ponto (169x168).
1981
Mudança interessante e para se pensar no campeonato. Se Piquet venceu o campeonato desse ano por um ponto, com a nova pontuação ele perderia esse campeonato para Reutemann por um ponto. A primeira mudança seria que Laffite, ainda com chances de ser campeão em Las Vegas originalmente, precisaria de um milagre de proporções bíblicas para ser campeão com o novo sistema de pontuação, pois ele tinha que torcer para que Reutemann não pontuasse e Piquet fosse, no máximo, 7º. Com a briga focada em Reutemann e Piquet, o brasileiro precisaria fazer um pouco mais para tirar os seis pontos de desvantagem que tinha para o argentino e muito provavelmente não teria feito a corrida tranqüila que fez nas últimas voltas em Las Vegas, quando, ele mesmo admite, deixou Giacomelli e Mansell passar. Se não deixasse, Piquet teria vencido o campeonato com alguma folga, mesmo com fortes dores do pescoço. Se, se, se...
1982
Rosberg sempre foi alvo de críticas por ter sido campeão com apenas uma vitória, mas essa nova pontuação daria o título para o finlandês com uma prova de antecipação, pois ele teria 33 pontos de vantagem sobre Watson após a penúltima etapa em Monza, enquanto Pironi, 16 pontos atrás, já estava fora do campeonato por causa do seu acidente na Alemanha. Destaque para Alboreto subindo várias posições (de 8º para 5º), Watson ficando isolado com o vice-campeonato (originalmente ele ficou empatado com Pironi) e os únicos pontos de Raul Boesel, algo que ele não tinha conseguido originalmente.
1983
Campeonato igualmente emocionante com a nova pontuação e Prost perdendo seu primeiro título de forma apertada para Piquet, que conquistaria seu ‘primeiro’ título. O francês precisaria de um 3º lugar para ser campeão, mas seu abandono ajudaria a Piquet, que apenas administrou no final. Arnoux também teria chances de título em Kyalami, mas como aconteceu originalmente, seriam apenas chances matemáticas e até mais difíceis de acontecer.
1984
Conhecido como o campeonato mais apertado da história da F1, a nova pontuação proporcionaria uma diferença um pouco maior entre o campeão Lauda e o vice Prost. Porém, os 3,5 pontos que o separariam (215x211,5) poderia desaparecer com o famoso GP de Mônaco de 1984, quando houve a famosa interrupção da corrida quando Prost estava sendo alcançado por Senna e os dois estavam sendo alcançados por Bellof.
1985
Primeiro título fácil para Prost, com a nova pontuação proporcionando as mesmas posições para os nove primeiros colocados originais do campeonato com a pontuação antiga.
1986
A famosa disputa entre Mansell, Prost e Piquet seria igualmente emocionante com a nova pontuação, com a diferença ficando para Piquet, que precisaria de um verdadeiro milagre para conseguir o título. Como ocorreu 23 anos atrás, Mansell só precisaria de um 4º lugar para ser campeão e provavelmente o resultado seria o mesmo do que aconteceu. A dúvida com relação aos pneus de Piquet nas últimas voltas da corrida em Adelaide diminuiria em importância, pois a sua vitória não lhe daria o título, com Prost em 2º. O francês levaria o título de qualquer maneira!
1987
Piquet usa as várias quebras de Mansell para ser campeão com ainda mais facilidade, pois a nova pontuação daria o título para Piquet ainda no México, antepenúltima etapa do ano. E seria ainda melhor para o Brasil, pois Senna tomaria o vice-campeonato de Mansell, no que se tornaria na única dobradinha brasileira da história da F1. Porém, isso não proporcionaria o ato desesperado de Mansell em Suzuka...
1988
Quando Senna fez um jogo nos bastidores para mudar a pontuação em 1991, ele sabia o que estava dizendo. Se a pontuação atual estivesse valendo em 1988, o brasileiro não apenas perderia o título para Prost, como o perderia de forma antecipada, ainda na Espanha, antes de Suzuka, que definiu o título para brasileiro originalmente. Senna pode ter conquistado mais vitórias (8x7), mas o francês foi mais regular no início do ano, quando conquistou três vitórias nas quatro primeiras corridas e provavelmente não se incomodaria com os descartes, que acabaram por tirar seu título. Que acabaria sendo conquistado com até facilidade!
1989
Outra mudança sutil no campeonato, que poderia mudar alguns fatos históricos. Prost foi novamente bem mais regular do que Senna e conquistaria seu título, o terceiro em quatro anos, novamente em Jerez, antepenúltima etapa do ano. Isso evitaria, com toda certeza, o polêmico acidente em Suzuka, pois Prost poderia deixar Senna passar sem muitos ressentimentos naquelas últimas voltas...
1990
O ‘primeiro’ título de Senna também seria confirmado em Suzuka, mas será que nas mesmas condições? Senna estaria tão aborrecido com Prost se não houvesse o acidente na chicane de Suzuka no ano anterior? São coisas que nunca saberemos.
1991
Título conquistado sem maiores dramas por Senna, também garantido em Suzuka, com o novo sistema de pontos.
1992
Os 99 pontos de diferença que Mansell teria para Patrese (285x186) dá uma amostra correta de como o inglês dominou naquele ano, mesmo com uma nova pontuação. Destaque para Berger ficando à frente de Senna no campeonato por apenas um ponto.
1993
Prost abandonaria a F1 com seu ‘quinto’ título mundial na carreira e, como foi originalmente, de forma fácil e sem grandes arroubos do francês. Porém, o vice-campeonato ficaria para Damon Hill, que logo em sua primeira temporada completa, derrotaria Senna e Schumacher, que vieram logo a seguir.
1994
Mudança radical nos rumos do campeonato. Se a nova pontuação estivesse valendo há quinze anos, Hill teria comemorado seu primeiro título de forma até mesmo confortável. O inglês da Williams chegaria a Adelaide com uma confortável vantagem de 19 pontos (259x240) e precisando apenas de um 5º lugar para se sagrar campeão. Se Schumacher jogaria seu carro novamente em Hill com essa situação de campeonato, ninguém se sabe, mas também não se sabe se o alemão teria sido suspenso de duas corridas durante a temporada, decisão cada vez mais na cara como mais política do que esportiva agora.
1995
Campeonato vencido facilmente por Schumacher e sua Benetton e nova pontuação mostra que isso aconteceria até mesmo antes de Suzuka, como aconteceu originalmente. Mesmo passando um vexame com a McLaren, Mansell marcaria seus últimos pontos e Pedro Diniz, com a fraquíssima Forti Corse, também marcaria seus primeiros pontos.
1996
Hill continuaria vencendo o campeonato com o novo sistema de pontos, mas a decisão do campeonato teria uma nova cara. Se originalmente Jacques Villeneuve precisava de um milagre para ser campeão, a nova pontuação deixaria o canadense como líder do campeonato por apenas um ponto quando a F1 chegasse a Suzuka para a última prova do ano. Villeneuve teve uma corrida problemática naquele domingo e tudo o que Hill precisava fazer era vencer a prova e como já teria um título, talvez a experiência pudesse depor a favor do inglês, originalmente um piloto cheio de fantasmas quando estava próximo da glória.
1997
Outra mudança que proporcionaria algo de diferente na história. Schumacher foi punido do campeonato deste ano por ter jogado seu carro em cima Jacques Villeneuve na última corrida do ano, em Jerez. Porém, a nova pontuação mostraria algo que mudaria radicalmente aquela emocionante decisão. Com sua vitória no Japão, penúltima etapa do ano, Schumacher teria 24 pontos de vantagem em cima de Villeneuve em 25 possíveis, chegando na Espanha com a mão na taça, pois lhe bastava um 9º lugar para tirar a Ferrari do seu incomodo jejum. Provavelmente Schumacher seguiria de perto a Williams de Villeneuve e não se importaria em ver o canadense o ultrapassando na reta oposta de Jerez, pois o 2º lugar era mais do que suficiente para lhe garantir o seu segundo título. Um fato interessante da nova pontuação é que a situação do campeonato não permitiria, em teoria, que Schumacher fizesse suas duas manobras mais polêmicas na carreira.
1998
Se Hakkinen chegou a última etapa do ano em Suzuka com uma pequena vantagem sobre Schumacher, a nova pontuação proporcionaria uma vantagem ainda menor para o finlandês. Apenas dois pontos separariam os Hakkinen e Schumacher, com vantagem para o piloto da McLaren. Como o alemão teve uma corrida extremamente difícil, que o fez abandonar no final, provavelmente Hakkinen venceria o título de qualquer maneira.
1999
Mudança radical de posições e vitória para um piloto tido como medíocre. Irvine só entrou na disputa pelo título de 1999 pelo acidente que quebrou a perna de Schumacher. Até então, o irlandês era apenas o segundo piloto da Ferrari, mas a nova pontuação mostraria um Irvine com a mão no título após sua vitória na Malásia, chegando à Suzuka com 21 pontos de vantagem sobre Hakkinen, deixando o irlandês necessitando apenas de um 6º lugar para ser campeão. Hakkinen venceu, mas veria Irvine comemorar seu único título com relativa folga.
2000
Schumacher igualaria o número recorde de vitória de Mansell (9) no ano 2000, mas nem isso foi capaz de lhe dar o título de forma antecipada, com o alemão ainda tendo que brigar com Hakkinen na última prova do ano na Malásia, mesmo com o finlandês tendo que tirar 18 pontos de desvantagem. Schumacher venceria aquela corrida, mas de forma muito mais descontraída. Será que teria sido assim?
2001
Schumacher venceria o campeonato com os pés nas costas, derrotando David Coulthard por mais de 100 pontos (315x211), enquanto as posições posteriores permaneceriam as mesmas. Destaque para os primeiros pontos de Alonso, ainda de Minardi. Assim como para Enrique Bernoldi, Tarso Marques e Luciano Burti.
2002
Massacre do duo Ferrari-Schumacher, com o alemão estabelecendo o recorde de diferença entre o campeão e o vice de 161 pontos, com o próprio vice, Barrichello, ficando a longínquos 56 pontos na frente do 3º colocado, que também seria Juan Pablo Montoya.
2003
Assim como ocorreu originalmente, Schumacher conquistaria um campeonato emocionante de forma dramática, por causa da última corrida do ano, em Suzuka. Raikkonen ainda teria chances de ser campeão, mas tendo que tirar 20 pontos de desvantagem, somente um milagre poderia dar o título ao finlandês. E ele quase ocorre, assim como originalmente.
2004
Domínio avassalador de Schumacher e o recorde de 13 vitórias em um ano lhe garantindo o título não importando a pontuação. Com a mudança do sistema de pontos, fazendo com que os oito primeiros pontuassem, a diferença entre as duas pontuações, a atual e a anterior, chega a ser quase nenhuma, com nenhuma grande mudança acontecendo daí em diante.
2005
Título merecido para Alonso, mas as quebras de Raikkonen puseram tudo a perder para o finlandês. Assim como originalmente, Alonso confirmaria seu primeiro título em Interlagos.
2006
Assim como aconteceu originalmente, Schumacher teria que fazer milagre para tirar o título de Alonso, pois o espanhol chegaria em Interlagos precisando apenas em 9º para ser campeão.
2007
Não importa a pontuação. Lewis Hamilton perder esse título será inacreditável!
2008
Assim como aconteceu na versão anterior da pontuação, Hamilton fez o que necessitava para vencer o título por um ponto em cima de Felipe Massa. A forma como tudo aconteceu, todos conhecemos.
2009
Um fato interessante diferenciaria o campeonato deste ano com a nova pontuação. Button chegaria a Interlagos com uma mão e quatro dedos e meio na taça. Literalmente! Com 49,5 pontos de vantagem sobre Vettel e Barrichello, que estariam empatados em pontos, o inglês só precisaria de um 10º nas duas corridas seguintes para ser campeão. Ele fez muito mais do que isso...
Conclusão:
Esse estudo foi apenas especulativo, pois não basta ‘colocar’ ou ‘tirar’ pontos de um piloto para que ele se torne campeão ou não. Como vemos em alguns campeonatos, o comportamento de pilotos e equipes mudariam nos momentos decisivos dos campeonatos e aconteceria algumas mudanças de campeonato. Num novo cenário, Schumacher continuaria com sete títulos mundiais, com Fangio e Prost empatados com cinco títulos e Lauda logo atrás com quatro. Surgiriam alguns novos campeões (Fagioli, Reutemann e Irvine), enquanto outros nunca sentiriam o gosto da vitória de um campeonat (Hunt, Jacques Villeneuve e Farina). Para o Brasil, esse novo sistema causaria a perda de dois títulos, fazendo com que Fittipaldi, Piquet e Senna ficassem com dois títulos cada. Para quem pensava que as vitórias fossem valorizadas, cometeram um enorme engano, pois muitas vezes a regularidade levou vantagem, mas a FIA pode acertar em distribuir mais pontos aos pequenos, provavelmente a objetivo maior da entidade. De uma forma geral, acredito que a nova pontuação será boa para a F1, pois poderemos ter mais pilotos brigando pelo título na reta decisiva do campeonato e equipes pequenas, que poderiam acabar se não marcassem pontos, podendo conquistar seu objetivo.
Um comentário:
CARO AMIGO, CONFIRA NO DE GENNARO MOTORS MEUS VOTOS DE BOAS FESTAS AOS COLEGAS BLOGUEIROS.
http://degennaromotors.blogspot.com/
UM FORTE ABRAÇO, FERNANDO A. DE GENNARO
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