domingo, 8 de junho de 2014

O especialista

Ed Carpenter sempre foi um piloto sofrível nos circuitos mistos, mas em compensação é um dos melhores em circuitos ovais e as duas poles consecutivas nas 500 Milhas de Indianápolis é a maior prova disso. Sabedor que não tem estofo para ser campeão, mesmo na época em que a IRL só corria em ovais, e dono da própria equipe, Carpenter tomou uma decisão interessante. Quando a Indy tiver que fazer curvas para os dois lados, o inglês Mike Conway assume o carro branco e verde de número 20, enquanto Carpenter só corre em seu habitat natural.  

No Texas, Carpenter mostrou sua força nos circuitos ovais e venceu de forma enfática nesse sábado à noite. Andando no pelotão da frente no começo da prova, mas sem assumir a ponta da prova, Carpenter esperou que a metade final da corrida se aproximasse para brigar do piloto dominador de então, Will Power. O australiano da Penske luta para exorcizar a sua fama de só correr bem em circuitos mistos e se dar mal em ovais. Power ficou com a pole e dominou a primeira parte da corrida, que ao contrário dos outros anos, não permite mais àquelas cenas aterrorizantes de vários carros andando lado a lado a mais 350 km/h. Numa corrida com poucas bandeiras amarelas e só um acidente, entre Bourdais e Justin Wilson, Power colocava boa vantagem sobre os demais, mas via a aproximação de Carpenter, que tomou a sua primeira posição. Com o intuito de mostrar que sua aversão aos ovais não existe mais, Power barbarizou na entrada dos pits e acabou perdendo o ponto de freada correto, enquanto Carpenter, o especialista, fazia sua parada de forma normal. Porém, Power teve sua corrida estragada com uma punição por excesso de velocidade nos pits e ficou quase uma volta atrás de Carpenter que, sem adversários, dominava a corrida com mais de 10s de vantagem sobre o segundo colocado.

Pela primeira vez no ano, duas estrelas da Indy fizeram corridas decentes em 2014: Tony Kanaan e Juan Pablo Montoya. Os dois largaram nas primeiras filas e ficaram no primeiro pelotão o tempo inteiro e com uma bandeira amarela provocada pelo estouro do motor de Takuma Sato quando faltavam sete voltas para o fim, tinham a chance de dar o bote em Carpenter na relargada. Contudo, quem deu o pulo do gato foi Power. Sexto colocado, Will era o último piloto na mesma volta dos líderes e aproveitou a bandeira amarela final para colocar pneus novos, enquanto os líderes tinham pneus com mais de trinta voltas de uso. A bandeira verde se deu com duas voltas para o final e Power se aproveitou disso para ultrapassar quem via pela frente e assumir o segundo posto com uma bela ultrapassagem sobre Montoya na entrada da curva 3. Ficou a sensação que que houvesse mais uma volta, Power seria capaz de alcançar Carpenter, mas o dia pertenceu ao americano, que venceu mais uma vez em sua especialidade, tornando uma marca para o piloto, que deverá voltar ao pit-wall nas próximas corridas em circuito misto.

No campeonato, Power pode ter perdido a vitória no Texas, mas disparou no campeonato, já que Helio Castroneves, maior vencedor no Texas da Indy, esteve irreconhecível e terminou apenas em décimo, sem estar na briga pela vitória em momento algum. Ryan Hunter-Reay ainda permanece de ressaca pela vitória nas 500 Milhas e abandonou com o motor quebrado. Diga-se de passagem, houve três quebras de motores no Texas essa noite. Todas com motor Honda. Enquanto isso, Power segue na sua luta de finalmente conquistar o sonhado campeonato e o fato de ter andado bem num oval demonstra que o australiano pode estar no caminho certo.

sábado, 7 de junho de 2014

F-Mercedes

Num circuito de longos momentos de aceleração máxima e nenhuma curva longa e rápida, o favoritismo da Mercedes aumenta exponencialmente. Durante todo o final de semana, a dupla prateada colocou sempre meio segundo sobre os mais próximos rivais em Montreal, que no caso variou entre Ferrari e Williams. A briga pela pole ficaria novamente restrita à Lewis Hamilton e Nico Rosberg, com o inglês levando vantagem na maior parte do tempo, mas no Q3, Nico tirou uma boa volta da cartola para tirar o doce da boca de Lewis, que cometeu um pequeníssimo erro na sua última volta, e ficar com a segunda pole seguida. E falando em tirar uma volta da cartola, méritos à Sebastian Vettel, que levou seu Red Bull com o raquítico motor Renault ao terceiro lugar.

Sem a presença da chuva, que poderia atrapalhar o passeio mercediano, Hamilton vinha esfomeado para dar o troco em Rosberg depois da polêmica em Monte Carlo. Apesar do inglês ter dito que o amor havia voltado, Lewis estava seco em cravar Nico e marcar presença na equipe. Não faltou oportunidades em que Hamilton botava meio segundo ou mais sobre Rosberg em todos os treinos. Contudo, no Q3, Rosberg se aproximou do ritmo de Hamilton com os pneus supermacios e não apenas se aproximou, como depois superou seu companheiro de equipe e ficou com a segunda pole seguida, com Hamilton tendo que se conformar com a segunda posição, mas o inglês não parecia estar com a cara de rapariga ruim que mostrou após a classificação em Mônaco. Hamilton sabe que Montreal propicia ultrapassagens e seu desempenho com os pneus macios, o prime no Canadá, aparenta ser melhor do que o de Rosberg.

Fora a F-Mercedes, Vettel surpreendeu ao colocar seu Red Bull em terceiro, já que o motor Renault chegava a ser 19 km/h mais lento do que o motor Mercedes no final da longa reta oposta. Foi um baita coelho tirado da cartola do alemão, que superou Ricciardo por milésimos, acabando com essa incômoda e inédita série de derrotas para o companheiro de equipe, mas será difícil para Vettel segurar as Williams, que pareciam ser a segunda força do plantel (ou a primeira, já que a Mercedes parece estar em outra categoria...), mas foi surpreendida pela força de Vettel. Mais uma vez, é impressionante como Felipe Massa se assemelha a Rubens Barrichello no quesito 'vacilar na hora H'. Sempre mais rápido em comparação a Bottas, Massa liderou a Williams o tempo todo, mas foi ultrapassado pelo companheiro de equipe no momento mais decisivo do final de semana até aqui. A quinta posição deve ter deixado Massa bem insatisfeito, mas não mais do que Alonso, que vê sua Ferrari tomar 1s das dominantes Mercedes.

O final de semana canadense caminha para outro domínio da Mercedes, com a tendência de que em Montreal seja ainda mais exacerbado pelas características do circuito Gilles Villeneuve. Além de conhecer quem será o vencedor do 'melhor do resto', o barato será saber se amizade dentro da F-Mercedes voltou ou não.

Bem-vindos de volta

Essa eu vi no blog parceiro 'Continental-Circus'.

Acho que faltou um pouco de flexibilidade da ASO em marcar as 24 Horas de Le Mans no primeiro final de semana da Copa do Mundo, apesar de que não ser a primeira vez que isso acontece, mas não restam dúvidas que o evento em Le Mans ficará em segundo (ou terceiro...) plano na atenção do mundo. Porém, essa edição será das mais interessantes pela quantidade e qualidade das marcas envolvidas. Com a proximidade não apenas física, mas também de negócios, a Audi fez um belo vídeo em homenagem a volta da Porsche à Sarthe.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Abandono

No nosso sentimento vira-lata, onde apenas as coisas que acontecem no Brasil não prestam, muita gente reclama do cruel destino do circuito de Jacarepaguá e clamam: Só aqui um circuito tradicional como esse é abandonado a própria sorte! 

Porém, nos Estados Unidos, uma das pistas mais tradicionais de sua longa história automobilística completa dez anos de completo abandono. O Nazareth Speedway já é histórico por si só pelo fato dessa pista ter sido base dos irmão Mario e Aldo Andretti terem iniciado nas corridas quando migraram da Itália para os Estados Unidos. Porém, a pista de uma milha fez parte por muitos anos da Indy, sempre com arquibancadas lotadas. Nazareth era de propriedade de Roger Penske desde 1986 e o 'Capitão' viu na sua pista a vitória de número 200 de sua equipe com Gil de Ferran em 2000. Homens de negócio que é, Penske não usou de muitos sentimentalismos ao vender a pista poucos anos depois e sem muitos atrativos, Nazareth foi fechado em 2004.

Desde então, o tradicional circuito oval teve suas arquibancadas desmontadas e o mato tomou de conta, inclusive do asfalto e ao redor dos muros que viram tanto emoção. Claro que os motivos dos tristes fins de Nazareth e Jacarepaguá são bem distintos, mas é uma pena que duas pistas que viram tantas corridas emocionantes estejam agora mortas.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Centenário

Não minto que meu humor varia muito durante a semana. Quando ganha, posso ter passado por todos os problemas do mundo, mas a alegria estar lá. Se perde ou não consegue o resultado desejado, posso ter saído com a Miss Universo ou ter ganho na loteria, mas estaria faltando alguma coisa. Esse é meu relacionamento com o Ceará Sporting Club. De alegrias e tristezas. Razão e contradição. Meu coração pode não ter sido arrebatado ainda, mas acho que isso é amor.

Desde sempre acompanho o Ceará, mas de 2001 para cá estou mais próximo do clube, vou ao estádio e tento saber de tudo um pouco. Por ironia do destino, essa foi uma das piores épocas do Ceará. O rival estava na crista da onda, subiu duas vezes para a 1º Divisão do Campeonato Brasileiro, venceu vários títulos cearenses, enquanto o Ceará patinava na 2º Divisão, flertando com a temida 'terceirona' e vivia de atrasos salariais e má administração. Mas a grandiosidade da torcida do Ceará era maior do que qualquer problema extra-campo. Fazíamos a diferença. As vitórias eram mais sofridas e mais saborosas. Como esquecer o título cearense de 2006? Fui a quase todos os jogos daquela campanha, nosso time era inferior aos 'Galáticos do Nordeste', levamos dez gols em dois jogos do nosso rival na fase de classificação, mas na finalíssima, não levamos nenhum gol e fizemos dois. 1x0 e 1x0. E título conquistado na raça!

Minha vida passou a ser lembranças de jogos. Momentos da minha vida era refletidos em momentos do Ceará. E de 2008 para cá, passei por altos e baixos como todas as pessoas, mas o Ceará conseguiu entrar nos eixos, subiu de forma inesquecível para a 1º Divisão do Campeonato Brasileiro em 2009, foi às semifinais da Copa do Brasil num jogo épico contra o Flamengo e hoje domina o Campeonato Cearense com seu quatro tetracampeonato. 

Quando comprei meu primeiro carro, a primeira coisa que pensei foi na facilidade de ir ao Castelão, apesar de gostar mais de ver os jogos no meu PVzim. Meu lugar é na arquibancada, lá onde conheci várias pessoas como eu, onde fiz amigos que levarei para sempre comigo e sempre nosso ponto de encontro é na arquibancada, onde fazemos resenhas e nos fazemos de entendidos de futebol. Particularmente não gosto de assistir jogo pela TV, fico tenso demais. Clássico? Normalmente não tenho condições psicológicas para tal. 

Nesse dois de junho de 2014 essa paixão completa cem anos. Cem anos de alegrias e glórias, mas também de decepções e fracassos. Vi crises, mas agora vejo o Ceará estruturado e num ótimo momento. Vários torcedores não viveram esse momento de festa, mas sou um privilegiado por estar vendo o centenário do clube que amo. Ainda vou ver muitas alegrias e tristeza, mas o que tiver que ser... CEARÁ!

domingo, 1 de junho de 2014

Lição aprendida

Mesmo chegando em quinto lugar na corrida de ontem, era lugar comum afirmar que Helio Castroneves era o piloto mais rápido em Detroit desde os primeiros treinos e somente uma estratégia diferente fez com que Will Power vencesse na primeira corrida no sábado, para garantir a alegria do promotor da rodada dupla em Belle Island, Roger Penske. A noite de ontem deve ter servido de muito aprendizado da equipe Penske de Helio Castroneves para que erros não fossem cometidos novamente e desta vez o brasileiro da Penske venceu a segunda prova em Detroit com todos os méritos.

Nos treinos pela manhã, Helio Castroneves foi superado com o cronômetro zerado por Takuma Sato e como a classificação foi definida por grupos, Helio teria que largar em terceiro, mas logo na bandeira verde Castroneves mostrou que vinha com tudo para a prova ao ultrapassar James Hinchcliffe ainda antes da primeira curva, numa bobeada do canadense. Calejado pela má performance dos pneus macios, Helio tratou de se livrar logo da borracha pintada de vermelho ainda na décima volta, quando ele já havia perdido posições devido à perda de rendimento do pneu da Firestone. Porém, a Penske trabalhou de forma usual e a Foyt também, resultando em Castroneves sair à frente de Sato. E com folga! A partir de então se seguiu uma grande sequencia em bandeira verde e quando Helio pegou pista livre, pôde usar toda a velocidade que mostrou no final de semana e definiu a prova ali, da mesma forma que Will Power fez no sábado. Quando a corrida se aproximava das voltas finais e a corrida estava assentada, Helio tinha 10s de vantagem sobre Power e controlando a diferença quando duas bandeiras amarelas surgiram no horizonte de Detroit, mas nada pôde impedir a primeira vitória de Helio em 2014.

Destaque também para Will Power, que se envolveu num toque na primeira volta e foi punido, caindo para último. Usando da estratégia, o australiano foi galgando posições e no final chegou num ótimo segundo, fazendo um final de semana quase perfeito para o piloto da Penske, que assumiu a ponta do campeonato, com Helio em segundo, para alegria de Roger Penske. Triunfante na semana passada, o então líder do campeonato Ryan Hunter-Reay teve um final de semana tenebroso e após abandonar na última volta ontem, Ryan largou em último hoje por causa de um acidente nos treinos e mesmo tentando estratégias diferente, nada deu certo para Hunter-Reay e ele acabou abandonando já no final da prova, caindo para terceiro no campeonato. O fato da Indy ter feito um calendário apertado criou essa aberração para o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Todos sabem que o vencedor em Indianápolis se torna automaticamente uma celebridade americana e antigamente haviam duas ou três semanas de diferença para a corrida seguinte em Indianápolis, onde pela tradição era em Milwakee. Sem muito tempo para descansar, Hunter-Reay mal pôde comemorar o maior triunfo de sua carreira e revelou muito cansaço nesse final de semana que já é cansativo por natureza por se tratar de uma rodada dupla, podendo ter afetado o campeonato do americano, que mesmo assim parecia não estar muito aborrecido pelo final de semana ruim. Bastava Ryan Hunter-Reay pegar o extrato de sua conta bancária...

Numa última luta pelo terceiro lugar, Charlie Kimball ficou com a posição, após uma disputa encarniçada com Hinchcliffe na última volta, com Dixon, que pressionou Power nas últimas voltas, em quinto. Novamente Tony Kanaan não conseguiu andar na frente e foi o último dentre os pilotos da Ganassi, enquanto a Andretti, sem sua referência (Hunter-Reay) na melhor das condições psicológicas (quem não ficaria?), se perdeu nas ruas de Detroit.

Quem sorriu foi Roger Penske, pois na corrida em que promove, venceu as duas corridas e seus dois pilotos principais (Montoya continua desapontador...) lideram o campeonato. O problema para Roger é que tanto Power, como Castroneves são conhecidos por, digamos, não gerir muito bem lideranças de campeonatos...

Emoções diferentes, resultado igual

Ao contrário do péssimo narrador que o Sportv escala no Mundial de Motovelocidade, eu não me aborrecia com o domínio de Marc Márquez na MotoGP. O que vem fazendo o espanhol da Repsol Honda é histórico e ver a história acontecendo na frente dos nossos olhos não acontece todo dia, nem todo ano. Claro que Márquez fazia das corridas um feudo todo seu e a emoção das provas diminuía, mas hoje em Mugello foi um pouco diferente.

Marc Márquez praticamente só teve problema em uma única pista na sua temporada de estreia no ano passado: Mugello. Mesmo mantendo o 100% em poles em 2014, Márquez admitia que sentia um certo receio com a veloz pista italiana, onde sofreu dois acidentes em 2013. Além do mais, Lorenzo queria enterrar de uma vez por todas a sua má fase e largaria na primeira fila, tendo entre ele e Márquez a surpreendente Ducati de Andrea Iannone. Ao contrário de Márquez, Lorenzo vinha de três vitórias seguidas em Mugello e adorava a pista, mas não mais do que Valentino Rossi. Comemorando 300 GPs na carreira, Rossi queria fazer dessa corrida uma festa, mesmo largando apenas em décimo, após um problema na classificação. E assim, se armava uma corrida histórica em Mugello.

Foi marcante o desespero de Lorenzo para ficar na ponta no começo da prova. Na largada, quase jogou Daniel Pedrosa no muro dos boxes e fez uma ultrapassagem audaciosa sobre Iannone para ficar em primeiro. Márquez continuava sua sina de não largar tão bem e estava em terceiro, tendo um pouco de trabalho para ultrapassar o italiano da Ducati, mas quando o fez, Lorenzo não estava tão longe. Mais atrás, Rossi fazia uma largada de sonho e rapidamente estava em quarto, ultrapassando Iannone logo em seguida para se estabelecer em terceiro e ver de camarote a intensa e, algumas vezes, selvagem disputa pela ponta entre Lorenzo e Márquez. Com duas motos diferente e dois estilos de pilotagem diferentes, Lorenzo e Márquez protagonizaram uma disputa histórica, onde a diferença entre eles nunca era superior a um décimo de segundo por volta. Márquez mantinha sua pilotagem agressiva e quase colada ao chão, enquanto Lorenzo fazia de tudo para se manter na frente. Nas últimas seis voltas, a disputa esquentou de vez com Lorenzo e Márquez trocando de posição de forma agressiva. Era uma batalha de titãs!

Márquez usava bem a potência da Honda na longa reta dos boxes e mesmo ficando por fora algumas vezes para a freada da primeira curva, conseguia se manter na ponta, mas Lorenzo tirava no braço a diferença no miolo ou até antes, na freada da curva um, e conseguia roubar a ponta do piloto da Honda. Na abertura da última volta, Márquez repetiu a estratégia e assumiu a ponta na força do motor Honda e não deu chance a Lorenzo na curva um. Andando no limite, Lorenzo cometeu pequeninos erros, mas a última volta foi de extrema tensão, esperando por um ataque de Lorenzo que não veio e Márquez conseguiu sua sexta vitória consecutiva, mantendo o 100% de aproveitamento e exorcizando os fantasmas de Mugello. Lorenzo chegou no parque fechado com os braços abertos, mostrando que não tinha muito mais a fazer para derrotar Márquez, que foi para os braços de sua equipe. Contudo, a festa maior foi para Rossi, que voltava ao pódio em Mugello pela primeira vez desde 2009. Com 35 anos, quatorze a mais do que Márquez, Rossi mostrou que ainda pode ser competitivo frente a essa nova geração e a festa feita pela torcida italiana emocionou a todos.

Com um terço da temporada completa, a pergunta não mais 'se', mas 'quando' Marc Márquez conquistará seu segundo título mundial. E outra pergunta está sendo formulada: Será capaz Márquez vencer todas as dezoito provas do mundial? Lorenzo e Rossi provaram que apesar da força de Márquez, isso não será tão fácil assim!