A F1 via um domínio muito forte do duo Williams-Hill e em Mônaco, o inglês ainda tinha contas a acertar. Filho do conhecido Mr. Mônaco, Damon Hill ainda procurava sua primeira vitória no principado e com o melhor carro do plantel, o piloto da Williams tinha a sua grande chance em 1996. Porém, a Ferrari crescia a olhos vistos e a boa exibição de Michael Schumacher em Ímola poderia ser um sinal de que o alemão ainda não estava morto no campeonato.
Durante os treinos, havia perspectiva de chuva, mas tanto na quinta como no sábado, as atividades da F1 se realizaram com pista seca, mesmo com o tempo bastante nebuloso. Michael Schumacher aproveitou suas habilidades em Monte Carlo e conseguiu sua primeira pole com a Ferrari, colocando meio segundo em Hill, o piloto que vinha dominando as classificações até então. Ao contrário do imaginado, pois Jacques Villeneuve vinha de um campeonato com várias corridas em circuitos de rua, o canadense nunca se encontrou as apertadas ruas de Monte Carlo e mesmo tendo em mãos uma Williams, Villeneuve foi apenas 10º colocado no grid. Pressionados dentro da equipe Benetton, particularmente por Flavio Briatore, Berger e Alesi finalmente deram sinais de vida e ficaram com toda a segunda fila.
Grid:
1) Schumacher(Ferrari) – 1:20.356
2) Hill(Williams) – 1:20.866
3) Alesi(Benetton) – 1:20.918
4) Berger(Benetton) – 1:21.067
5) Coulthard(McLaren) – 1:21.460
6) Barrichello(Jordan) – 1:21.504
7) Irvine(Ferrari) – 1:21.542
8) Hakkinen(McLaren) – 1:21.688
9) Frentzen(Sauber) – 1:21.929
10) Villeneuve(Williams) – 1:21.963
O dia 19 de maio de 1996 amanheceu novamente nublado no belo cenário no principado de Mônaco, mas com uma pequena diferença para os dias anteriores. A chuva veio forte. Como ninguém tinha corrido com piso molhado, a FIA liberou a pista aos pilotos por 15 minutos, trazendo problemas a Mika Hakkinen e Andrea Montermini, que bateram seus carros. A McLaren ainda tinha um carro reserva para o finlandês, mas a Forti não tinha esse luxo e Montermini estava fora da corrida ainda antes de iniciá-la. Um fato curioso ocorreu com o outro piloto da McLaren. O capacete de David Coulthard estava embaçando muito e o escocês pediu um capacete emprestado a Schumacher, que na época era um dos seus melhores amigos e tinha os mesmos patrocinadores. Para desespero das equipes, a chuva cessou bem no momento do início da volta de apresentação, mas todos estavam com pneus para pista molhada.
Damon Hill fez uma excelente largada e ultrapassou Schumacher ainda na St. Devote, enquanto Verstappen, Fisichella e Pedro Lamy abandonavam ainda na primeira e escorregadia primeira curva. Ultrapassado pelo grande rival, Schumacher tentou partir para cima de Hill, superando os limites de sua Ferrari, que escorregava para todo lado. O resultado foi uma saída de frente na Portier e uma batida no guard-rail. Schumacher também estava fora da corrida na primeira volta, mesmo destino tendo Rubens Barrichello, só que na curva Rascasse. Com a saída de Schumacher, Hill já tinha 4s de vantagem sobre o 2º colocado Alesi, que era seguido por Berger, Irvine, Frentzen e Coulthard. Enquanto os três primeiros corriam sozinhos na frente, Irvine era pressionado fortemente por Frentzen, que não encontrava espaço para efetuar a ultrapassagem, enquanto uma fila de carros era formada atrás da desequilibrada Ferrari de Irvine. Na volta 9, Berger foi aos boxes e um mecânico rapidamente plugou um notebook na Benetton do austríaco, que diagnosticou um problema no câmbio. Em menos de dez voltas, a corrida em Mônaco tinha apenas doze carros na pista.
Impaciente em ter Irvine à sua frente, Frentzen tentou a ultrapassagem na St. Devote, mas o piloto da Ferrari fechou o alemão e Frentzen teve que voltar lentamente aos boxes para colocar um bico novo em seu carro. O piloto da Sauber voltou em último, mas era o mais rápido na pista. A pista secava a olhos vistos e na volta 28, o então intocável Damon Hill colocou pneus slicks e em apenas uma volta, o inglês descontou 7s para Alesi e o ultrapassou. Definitivamente, os pneus slicks eram os mais adequados no momento. Quando todos os pilotos fizeram suas trocas, um fato chamou a atenção de todos. Olivier Panis, que havia largado apenas em 14º, era o piloto mais rápido da pista e estava na 4º posição, pressionando Irvine. O piloto da Ligier teve um problema com o motor Mugen Honda no sábado, mas Panis esteve sempre entre os mais rápidos nos treinos livres e tinha sido o mais rápido no escasso treino de 15 minutos com pista molhada. Irvine tinha se provado um piloto dificílimo de se ultrapassar, mas Panis estava num dia iluminado e num local improvável, o hairpin Lowes, o francês colocou por dentro da Ferrari e assumiu o 3º posto. Irvine ficou tão surpreso em ser ultrapassado naquele local, que deixou sua Ferrari morrer. O irlandês já tinha desatado o cinto de segurança, quando seu carro pegou no tranco, como tinha acontecido com Riccardo Patrese quatorze anos. Irvine teve que ir aos boxes para que os mecânicos recolocassem o cinto e se perdeu muito tempo, perdendo uma volta, servia de consolo ao irlandês que Patrese tinha vencido a corrida de 1982...
Damon Hill liderava de forma imperiosa o Grande Prêmio de Mônaco e tudo levava a crer que ele conseguiria sua 4º vitória na temporada e ainda venceria na pista que fez a fama do seu pai. Então, de forma inesperada, o confiável motor Renault abriu o bico na 40º volta, quando rasgava pelo túnel de Mônaco. A corrida de Hill estava terminada, para desespero do inglês. Alesi agora tinha a corridas nas mãos, mesmo com Panis sendo o piloto mais rápido na pista, mas a vantagem do francês era superior a 30s sobre o compatriota. Alesi faz uma segunda parada de precaução, mas as coisas não estavam certas para o piloto da Benetton. Poucas voltas depois ele retornou aos pits, mas desta forma definitiva, com a suspensão quebrada. De uma forma inacreditável, Olivier Panis assumia a liderança da corrida, mas Coulthard estava menos de 5s atrás. O capacete de Schumacher estava dando sorte. Porém, as confusões ainda não tinham terminado. Villeneuve era um nome nulo na corrida e o canadense só apareceu quando bateu no retardatário Luca Badoer no hairpin Lowes e ambos abandonaram. Já no final da corrida, a chuva voltou a dar as caras, dando uma maior dramaticidade aos pilotos. Com a Ferrari nitidamente desequilibrada, Irvine bateu na Portier, mesmo local de Schumacher quase duas horas antes, mas o irlandês levou mais gente, quando os finlandeses Hakkinen e Salo não conseguiram frear e bateram na Ferrari. Com tudo isso, apenas quatro carros ainda permaneciam correndo no Grande Prêmio de Mônaco. A Ligier não liderava uma corrida desde 1986 e Panis tinha Coulthard próximo, ainda tendo que administrar a pista escorregadia. Porém, o francês se portou como um veterano e para delírio de toda a equipe Ligier, ele venceu o seu primeiro Grande Prêmio. Dando um toque a mais de pastelão nessa corrida maluca, Frentzen recebeu uma informação errada e entrou nos boxes uma volta antes da bandeirada. Sendo assim, apenas os três pilotos que foram ao pódio receberam realmente a bandeirada. Essa vitória foi bem significativa para Panis e para a França, tanto que o piloto desfilou com uma enorme bandeira tricolor pela pista. Era a primeira vitória gaulesa após a Era Prost, mas também seria a última de Panis, da França e da tradicional Ligier, que seria vendida justamente à Alain Prost no final do ano.
Chegada:
1) Panis
2) Coulthard
3) Herbert
4) Frentzen
Durante os treinos, havia perspectiva de chuva, mas tanto na quinta como no sábado, as atividades da F1 se realizaram com pista seca, mesmo com o tempo bastante nebuloso. Michael Schumacher aproveitou suas habilidades em Monte Carlo e conseguiu sua primeira pole com a Ferrari, colocando meio segundo em Hill, o piloto que vinha dominando as classificações até então. Ao contrário do imaginado, pois Jacques Villeneuve vinha de um campeonato com várias corridas em circuitos de rua, o canadense nunca se encontrou as apertadas ruas de Monte Carlo e mesmo tendo em mãos uma Williams, Villeneuve foi apenas 10º colocado no grid. Pressionados dentro da equipe Benetton, particularmente por Flavio Briatore, Berger e Alesi finalmente deram sinais de vida e ficaram com toda a segunda fila.
Grid:
1) Schumacher(Ferrari) – 1:20.356
2) Hill(Williams) – 1:20.866
3) Alesi(Benetton) – 1:20.918
4) Berger(Benetton) – 1:21.067
5) Coulthard(McLaren) – 1:21.460
6) Barrichello(Jordan) – 1:21.504
7) Irvine(Ferrari) – 1:21.542
8) Hakkinen(McLaren) – 1:21.688
9) Frentzen(Sauber) – 1:21.929
10) Villeneuve(Williams) – 1:21.963
O dia 19 de maio de 1996 amanheceu novamente nublado no belo cenário no principado de Mônaco, mas com uma pequena diferença para os dias anteriores. A chuva veio forte. Como ninguém tinha corrido com piso molhado, a FIA liberou a pista aos pilotos por 15 minutos, trazendo problemas a Mika Hakkinen e Andrea Montermini, que bateram seus carros. A McLaren ainda tinha um carro reserva para o finlandês, mas a Forti não tinha esse luxo e Montermini estava fora da corrida ainda antes de iniciá-la. Um fato curioso ocorreu com o outro piloto da McLaren. O capacete de David Coulthard estava embaçando muito e o escocês pediu um capacete emprestado a Schumacher, que na época era um dos seus melhores amigos e tinha os mesmos patrocinadores. Para desespero das equipes, a chuva cessou bem no momento do início da volta de apresentação, mas todos estavam com pneus para pista molhada.
Damon Hill fez uma excelente largada e ultrapassou Schumacher ainda na St. Devote, enquanto Verstappen, Fisichella e Pedro Lamy abandonavam ainda na primeira e escorregadia primeira curva. Ultrapassado pelo grande rival, Schumacher tentou partir para cima de Hill, superando os limites de sua Ferrari, que escorregava para todo lado. O resultado foi uma saída de frente na Portier e uma batida no guard-rail. Schumacher também estava fora da corrida na primeira volta, mesmo destino tendo Rubens Barrichello, só que na curva Rascasse. Com a saída de Schumacher, Hill já tinha 4s de vantagem sobre o 2º colocado Alesi, que era seguido por Berger, Irvine, Frentzen e Coulthard. Enquanto os três primeiros corriam sozinhos na frente, Irvine era pressionado fortemente por Frentzen, que não encontrava espaço para efetuar a ultrapassagem, enquanto uma fila de carros era formada atrás da desequilibrada Ferrari de Irvine. Na volta 9, Berger foi aos boxes e um mecânico rapidamente plugou um notebook na Benetton do austríaco, que diagnosticou um problema no câmbio. Em menos de dez voltas, a corrida em Mônaco tinha apenas doze carros na pista.
Impaciente em ter Irvine à sua frente, Frentzen tentou a ultrapassagem na St. Devote, mas o piloto da Ferrari fechou o alemão e Frentzen teve que voltar lentamente aos boxes para colocar um bico novo em seu carro. O piloto da Sauber voltou em último, mas era o mais rápido na pista. A pista secava a olhos vistos e na volta 28, o então intocável Damon Hill colocou pneus slicks e em apenas uma volta, o inglês descontou 7s para Alesi e o ultrapassou. Definitivamente, os pneus slicks eram os mais adequados no momento. Quando todos os pilotos fizeram suas trocas, um fato chamou a atenção de todos. Olivier Panis, que havia largado apenas em 14º, era o piloto mais rápido da pista e estava na 4º posição, pressionando Irvine. O piloto da Ligier teve um problema com o motor Mugen Honda no sábado, mas Panis esteve sempre entre os mais rápidos nos treinos livres e tinha sido o mais rápido no escasso treino de 15 minutos com pista molhada. Irvine tinha se provado um piloto dificílimo de se ultrapassar, mas Panis estava num dia iluminado e num local improvável, o hairpin Lowes, o francês colocou por dentro da Ferrari e assumiu o 3º posto. Irvine ficou tão surpreso em ser ultrapassado naquele local, que deixou sua Ferrari morrer. O irlandês já tinha desatado o cinto de segurança, quando seu carro pegou no tranco, como tinha acontecido com Riccardo Patrese quatorze anos. Irvine teve que ir aos boxes para que os mecânicos recolocassem o cinto e se perdeu muito tempo, perdendo uma volta, servia de consolo ao irlandês que Patrese tinha vencido a corrida de 1982...
Damon Hill liderava de forma imperiosa o Grande Prêmio de Mônaco e tudo levava a crer que ele conseguiria sua 4º vitória na temporada e ainda venceria na pista que fez a fama do seu pai. Então, de forma inesperada, o confiável motor Renault abriu o bico na 40º volta, quando rasgava pelo túnel de Mônaco. A corrida de Hill estava terminada, para desespero do inglês. Alesi agora tinha a corridas nas mãos, mesmo com Panis sendo o piloto mais rápido na pista, mas a vantagem do francês era superior a 30s sobre o compatriota. Alesi faz uma segunda parada de precaução, mas as coisas não estavam certas para o piloto da Benetton. Poucas voltas depois ele retornou aos pits, mas desta forma definitiva, com a suspensão quebrada. De uma forma inacreditável, Olivier Panis assumia a liderança da corrida, mas Coulthard estava menos de 5s atrás. O capacete de Schumacher estava dando sorte. Porém, as confusões ainda não tinham terminado. Villeneuve era um nome nulo na corrida e o canadense só apareceu quando bateu no retardatário Luca Badoer no hairpin Lowes e ambos abandonaram. Já no final da corrida, a chuva voltou a dar as caras, dando uma maior dramaticidade aos pilotos. Com a Ferrari nitidamente desequilibrada, Irvine bateu na Portier, mesmo local de Schumacher quase duas horas antes, mas o irlandês levou mais gente, quando os finlandeses Hakkinen e Salo não conseguiram frear e bateram na Ferrari. Com tudo isso, apenas quatro carros ainda permaneciam correndo no Grande Prêmio de Mônaco. A Ligier não liderava uma corrida desde 1986 e Panis tinha Coulthard próximo, ainda tendo que administrar a pista escorregadia. Porém, o francês se portou como um veterano e para delírio de toda a equipe Ligier, ele venceu o seu primeiro Grande Prêmio. Dando um toque a mais de pastelão nessa corrida maluca, Frentzen recebeu uma informação errada e entrou nos boxes uma volta antes da bandeirada. Sendo assim, apenas os três pilotos que foram ao pódio receberam realmente a bandeirada. Essa vitória foi bem significativa para Panis e para a França, tanto que o piloto desfilou com uma enorme bandeira tricolor pela pista. Era a primeira vitória gaulesa após a Era Prost, mas também seria a última de Panis, da França e da tradicional Ligier, que seria vendida justamente à Alain Prost no final do ano.
Chegada:
1) Panis
2) Coulthard
3) Herbert
4) Frentzen
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