domingo, 3 de junho de 2012

Correndo na várzea

Imaginem a seguinte cena: num jogo de futebol, a grama começa a se soltar em pleno Clássico entre Real Madri e Barcelona e o jogo tem que ser interrompido. Ou então que o saibro sagrado de Roland Garros tenha um buraco e a partida seja parada. Quem sabe a tabela se quebre no meio da final olímpica do basquete masculino. Não faltam exemplos sobre o que aconteceu agora a pouco em Detroit.

A Indy já tinha demonstrado certo amadorismo quando antecipou a largada da corrida em Milwakee ano passado e mesmo com chuva, permitiu uma relargada já no final da prova. Mesmo Detroit tendo bastante tradição em automobilismo, já faziam quatro anos sem corrida em Belle Isle e o resultado foi que o asfalto interrompeu de forma vergonhosa a prova bem na metade, quando Jamie Hinchcliffe e Takuma Sato pegaram pedaços de asfalto debaixo dos seus carros. A pista estava tão mal emendada, que os comissários resolveram tirar tudo, mostrando grandes buracos em toda a pista. Foi uma cena dantesca.

A vitória de Scott Dixon foi para lá de merecida, mas o neozelandês e boa parte dos pilotos que correm na Indy não precisam correr em pistas como Detroit. Critico muito o Luciano do Valle, mas seu comentário foi perfeito. "Se fosse aqui em São Paulo..."

Um comentário:

Ron Groo disse...

O Lulu Bolacha falou merda... Fizeram uma reta em um piso liso, os carros sambavam no sambódromo (ops) e ninguém falou em tirar a prova daqui.
Lixaram a pista e o pó que levantava era pior que chuva forte, tirava a visibilidade da curva logo a frente que é uma chicane...
Mania viu...