sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Até a próxima!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Bira

Num momento de grande globalização atual, vimos a chegada de pilotos de países sem tradição no automobilismo. Malásia, Polônia, Rússia... Porém, antes mesmo que a F1 existisse, um piloto da Tailândia de sangue real fez sucesso nas corridas européias do pré-guerra e ainda teve tempo de fazer algumas corridas de F1. Prince Bira foi um homem versátil e culto, mas foi graças ao seu talento e riqueza ele pôde vencer corridas e chamar atenção de todos pelas suas origens. Completando 25 anos de sua morte, vamos ver um pouco da carreira desse tailandês de sangue azul.
Birabongse Bhanutej Bhanurangsi Savangwongse nasceu no dia 15 de julho de 1914 em Bangcoc, capital do então reino de Sião e era neto do rei Mongkut, que abriu o país a influência do Ocidente no final do século 19, sendo ele o personagem do filme “O Rei e Eu”. Louco por carros, o pequeno príncipe desde muito novo pedia para ficar sentado no colo do motorista e ainda criança lhe foi permitido dirigir os carros reais no estacionamento do palácio. Continuando o projeto do seu avô de uma ocidentalização do país, Bira, como ficaria conhecido nas corridas, foi a Inglaterra em 1927 para estudar no conceituado Colégio Eton e aos 18 anos, altura em que ganhou seu primeiro carro, um MG Magna, entrou na Universidade de Cambridge. O anfitrião de Bira na Inglaterra era seu primo, o também príncipe Chula Chakrabongse, que também lhe apresentou ao automobilismo. Em 1935, Bira correu com um Imp Riley em Brooklands na equipe do seu primo, a White Mouse Racing (Rato Branco). Após esta corrida, Bira tomou duas atitudes. Seria piloto e também decidiu qual seriam as cores oficias do seu país no automobilismo: azul celeste com rodas amarelas. O interessante foi o porquê de Bira ter escolhido essas cores. No final de semana anterior, Bira conhecera uma bela garota que usava um vestido azul celeste com detalhes em amarelo. Uma bela forma de tentar impressionar uma garota...
Para ficar mais próximo das corridas na Europa Continental, na época mais desenvolvida do que na Inglaterra, Bira se mudou para Genebra em julho de 1935. Como aniversário de 21 anos, Bira ganhou de presente do seu primo um ERA de Grande Prêmio que foi nomeado de Romulus e o príncipe finalizou sua corrida de estréia em segundo. Bira teve a sorte de poder contar com o dinheiro que lhe era farto, mas o tailandês também mostrava talento, mesmo que seu estilo de pilotagem era mais suave e de ‘levar a criança para casa’. Ainda durante 1935 Bira conseguiria bons resultados, inclusive um 5º lugar na famosa corrida em Donington Park. Porém, os melhores carros da época eram os italianos e a equipe White Mouse adquiriu uma Maserati 8CM em 1936 e foi com esse carro que Bira consegue sua vitória mais importante, o Grande Prêmio de Mônaco. Enquanto usava a Alfa em corridas internacionais, Bira utilizava seu ERA em provas inglesas e conseguia algumas vitórias, se tornando um dos grandes nomes do automobilismo inglês. Conta a lenda que, junto com os carros, a equipe de Bira também levava uma espécie de harém, com várias mulheres bonitas, para deleite do jovem príncipe, mas no final de 1936 se casaria pela primeira vez.
Depois de uma temporada de sonho, a ganância nazista acabaria com o parco momento de glória de Prince Bira e a equipe White Mouse. Os alemães entraram com tudo no automobilismo em 1937 e os times da Mercedes e da Auto Unions passaram a dominar o automobilismo europeu, sobre julgando os carros italianos e ingleses. Porém, Bira continuava com sucesso nas corridas inglesas, conseguindo vitórias com sua equipe particular, que tinha em seu plantel os melhores profissionais da área da Inglaterra. Enquanto fazia carreira na Europa, as coisas estavam bem diferentes em seu país. Seu tio, Rei Prajadhipok, havia abdicado do trono e o país passava a se chamar Tailândia e seria invadida na década de 30 por tropas japonesas. Por isso, Bira ficou impossibilitado de visitar seu país natal, mas no início de 1939 ele marcou uma corrida de Grande Premio em Bangcoc em dezembro, mas a Segunda Guerra acabaria impedindo o sonho do príncipe. Apesar da inferioridade técnica, Bira ainda foi capaz de conseguir vitórias em corridas menores pela Europa, mas a deflagração da Guerra no segundo semestre de 1939 interrompeu a carreira do jovem piloto tailandês. Com apenas 25 anos, Bira era considerado muito jovem para as corridas de Grande Prêmio e por isso os seus melhores anos foram roubados pela Guerra. Ainda com 31 anos, Bira participou das primeiras corridas pós-Guerra, ainda utilizando seu velho Maserati 8CM. Em 1947 o tailandês comprou a ‘nova’ Maserati 4CL e com ela venceu o Grande Prêmio das Fronteiras, na Bélgica. Com esse resultado, ele foi contratado pela equipe Gordini e venceu o Grande Prêmio da França, em Rouen.
Porém, Bira ainda corrida pela velha equipe White Mouse na Inglaterra e com os velhos ERAs e Maseratis, conseguia várias vitórias na ilha, mas o automobilismo tinha ficado caro demais até mesmo para pilotos com dinheiro sobrando e Bira passou a correr em equipe satélites de Maserati. Na estréia da F1 no início da década de 50, Bira correu sempre em Maseratis de equipes particulares e sem grandes resultados. Em janeiro de 1955 Prince Bira conseguiu uma vitória no Grande Prêmio da Nova Zelândia e resolveu encerrar sua carreira no automobilismo. Mas ainda assim ele não deixou os esportes. Paralelamente ao automobilismo, Bira também velejava e ainda disputou quatro olimpíadas pela Tailândia, mas sem medalhas. Prince Bira era um piloto a modo antiga, o que chamamos de gentleman driver. Bira usava óculos e sempre estava de bom humor, fazendo que se tornasse muito popular entre os demais pilotos. Com a situação do seu país mais tranqüila, Bira voltou a Tailândia, mas passava muito tempo na Europa, cuidando dos seus negócios. Infelizmente, no dia 23 de dezembro de 1985, Prince Bira estava no metrô de Londres e sentiu-se mal. Era um infarto mortal e um dos pilotos mais exóticos da história do automobilismo estava morto.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Lorenzo

Lorenzo Bandini nasceu no dia 21 de dezembro de 1935 em Barce, Cirenaica, na Líbia, antiga colônia italiana. O clã Bandini teve que se bandear para a Líbia por motivos políticos, pois o patriarca da família, que também se chamava Lorenzo, não era muito fã do fascismo e foi para a Líbia, retornando à Itália quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, quando tinha apenas 10 anos, Lorenzo viu seu pai ser assassinado nos últimos dias da guerra e a família Bandini passou por sérias dificuldades, até mesmo pela depressão pós-guerra que se abateu na Itália. Quando completou 15 anos, Lorenzo Bandini se empregou c

Como dote pelo casamento com a filha, Freddi entregou a Bandini uma de suas oficinas em Milão e com o dinheiro angariado, Lorenzo passou a investir nas corridas. Em 1959 ele comprou um carro da Formula Junior, a F3 da época, e disputou três temporadas na categoria de base, conseguindo destaque quando ele conquistou um quarto lugar no Campeonato de F-Junior em 1960. Seu maior adversário na época era o compatriota Giancarlo Baghetti e Bandini ficou desolado quando a Ferrari, que pr

Lorenzo Bandini se tornou um ótimo piloto de turismo, conseguindo grandes resultados para a Ferrari. Em 1963 ele conseguiria seu melhor resultado na carreira quando venceu as 24 Horas de Le Mans ao lado de Ludovico Scarfiotti, além de uma vitória na Targa Florio em 1965 e outra conquista nas 24 Horas de Daytona em 1967, esta, ao lado de Chris Amon. Esses resultados fizeram Bandini cair no gosto de Enzo Ferrari, que sempre que possível mantinha uma grande distância com relação aos seus pilotos. Lorenzo, ao lado de sua esposa, constantemente almoçava com o Commendatore, algo bastante raro aos profissionais ferraristas. Na F1, Bandini era uma espécie de piloto de testes, mas participando de corridas eventuais e sua primeira incursão na categoria pela Ferrari foi categórica, conseguindo seu primeiro pódio com um 3º lugar no Grande Prêmio de Mônaco de 1962. Após fazer apenas três provas em 62, Bandini conseguiu a permissão da Ferrari de fazer a temporada seguinte novamente com a equipe Centro-Sud, mas na metade da temporada o segundo piloto da Ferrari, Willy Mairesse, sofreu um sério acidente no Grande Prêmio da Bélgica e Bandini foi chamado para ser o segundo piloto de John Surtees. Bandini seria um piloto leal a Ferrari, como seria provado no ano seguinte. Sabendo do talento de Surtees, Bandini se conformaria em ser segundo piloto do ingl

Mesmo após o ataque kamizaze de Bandini, a Ferrari ainda não tinha o título nas mãos. Com a vitória que estava conquistando até o momento, Jim Clark estava conseguindo o bicampeonato e a Ferrari não se preocupou em mandar Surtees passar Bandini, pois Clark tinha uma enorme vantagem na liderança. Parecia irreversível. Porém, faltando duas voltas para o final da corrida, a Lotus de Clark apareceu com um vazamento de óleo, a mesma causa da sua cruel perda do título de 1962. E ela se repetiu dois anos depois. Dan Gurney assumia a ponta e venceria a corrida, mas com Bandini em 2º e Surtees em 3º, o título estava caindo no colo de Hill. Sem muita frescura, Bandini praticamente estacionou sua Ferrari na volta final e deixou Surtees passar e conquistar seu único

Lorenzo ficaria marcado por causa desse fato como um piloto sem grandes pretensões. O italiano parecia fadado a ser segundo piloto da Ferrari e sempre que podia, conseguia boas posições nas corridas, mas sem ameaçar Surtees. Isso prova que Ordens de Equipe são tão antigas quanto a F1. Em 1965, Bandini consegue apenas um pódio em Mônaco, pista no qual o italiano sempre andava bem e no ano seguinte, Lorenzo começa o ano de forma arrasadora, conseguindo dois pódios e sua primeira pole, mas o ambiente na Ferrari não era dos melhores em 1966. O novo chefe de equipe Rômulo Tavoni não se entende com Surtees e a equipe, que tanto forçou a troca dos motores de 1,5l para 3l justamente por ter um motor preparado para isso, não usufruiu essa vantagem e a

A temporada começaria em Mônaco, pista favorita de Bandini. A corrida em Monte Carlo era também conhecida como a “Corrida das Mil Curvas”, pois a prova tinha incríveis 100 voltas ao longo da pista estreita e complicada de 10 curvas. Não raro, a prova durava três horas. Era um desafio imenso para máquinas e pilotos, que em sua maioria naquela época, não sabia o que significava a palavra preparação física. Bandini vinha em 2º lugar durante a corrida, tentando se aproximar do líder Dennis Hulme, mas seu ritmo era oscilante nas voltas finais. O cansaço físico era evidente e na 82º volta isso ficou claro de forma trágica para Lorenzo Bandini. No antigo esse do porto, Bandini, extenuado em sua tentativa de vencer a prova, errou a estreita passagem pela apertada curva e bateu sua roda traseira no guard-rail, fazendo-o rodar e bater forte no outro lado da pista. Após um impacto com um poste de luz, a Ferrari de Bandini capotou e o maior dos medos da F1 daquela era se fez presente: fogo. O incêndio tomou conta da Ferrar

sábado, 18 de dezembro de 2010
Parado
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Que pena!


sábado, 11 de dezembro de 2010
Bernie por Bernie

terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A coragem de Webber

domingo, 5 de dezembro de 2010
Corrida maluca

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Era Dourada. Balanço 2010

Em ano de Copa do Mundo, fiz várias comparações entre F1 e futebol. Não faltam exemplos de times fortes caírem frente a equipes com mais camisa. Na F1 não é diferente. De 1998 para cá, Ferrari e McLaren perderam apenas três títulos, sendo que dois para o duo Briatore/Alonso e outro para o conto de fadas chamado Brawn ano passado, sendo que tanto os vermelhos quanto os prateados não estiveram bem. Com Ferrari e McLaren fortes, com Alonso vestido de vermelho,

Mas retornando a primeira corrida do ano, não parecia que o campeonato seria tão bom como foi. O fim do reabastecimento fazia das estratégias um fator menos importante, com a corrida sendo decidida ande sempre deveria ser: na pista. Foi melancólico! A estréia do campeonato no Bahrein foi um longo bocejo, com pilotos mais rápidos presos atrás de carros levemente mais lentos, sem poder ultrapassar. Alonso venceu na sua estréia pela Ferrari porque o dominador Sebastian Vettel perdeu potencia no motor Renault e teve que diminuir o ritmo no final. Foram feitas odes contra o fim do reabastecimento. Debates em todo o mundo foram feitos para trazer ‘de volta a emoção para a F1.’ Só bastou a prova seguinte para se mudar de idéia. O Grande Prêmio da Austrália foi um dos melhores dos últimos anos, com várias ultrapassagens e emoção, graças a chuva que deixou úmida a pista de Melbourne no início, mas a maioria da prova foi realizada com tempo seco. Quem venceu, contra todos os prognósticos, foi Jenson Button. Todos imaginavam o que Button pensou quando trocou a Brawn, equipe onde estava desde 2003 quando ainda se chamava BAR, pela McLaren, feudo de Hamilton. Mesmo campeão mundial, Button parecia fadado a ser segundo piloto do time, mesmo sendo o atual campeão, enfrentando a pressão que fez Fernando Alonso abandonar a McLaren em apenas um ano. Porém

Vettel havia tido problemas nas duas primeiras corridas quando liderava, mas na Malásia o alemão venceu com categoria, com Mark Webber completando a dobradinha. Até então, o australiano de 34 anos parecia que seria apenas um mero coadjuvante do talentoso alemão, ainda com o problema na perna e de ser, de fato, mais lento que Vettel nas Classificações. Contudo, quando a F1 chegou à Europa, Webber se transformou e conseguiu duas vitórias dominadoras em Barcelona e Monte Carlo. Como deixar agora Webber apenas como segundo piloto? Vettel sentiu o baque e na Turquia, se viu uma das corridas mais tensas e disputadas dos últimos tempos. A Red Bull liderava a corrida com seus dois pilotos, sendo que Webber à frente de Vettel, com as duas McLarens logo atrás. Apesar de mais rápida, a Red Bull não conseguia se livrar da dupla da McLaren. Uma ordem dos boxes foi passada

Hamilton estava incomodado com as duas vitórias de Button até o momento e com a liderança do companheiro de equipe, mas a verdade era que o inglês era muito mais rápido do que Button e Hamilton sabia disso. Por isso ele não se conformava com a situação. Apesar da tensa vitória na Turquia, aquilo significou um marco para Lewis, que se tornou novamente um líder dentro da McLaren e proporcionou vários momentos de emoção durante a temporada, com sua pilotagem espetacular. Porém, essa sua sanha em arriscar lhe causou dois erros bobos no final do campeonato e o deixou praticamente sem chances na última corrida do ano.
A F1 fez um feliz retorno a Montreal e além de nova vitória de Hamilton, viu os pneus Bridgestone se esfacelarem no asfalto canadense, provocando uma corrida atípica. Assim como foi atípica a atuação de Michael Schumacher. No início da temporada, não faltou quem apostasse no alemão. Com a equipe que acabara de se sagrar campeã mundial, agora com a injeção financeira da Mercedes e a volta da parceria com Ross Brawn, tudo levava a crer que Schumacher voltaria às pistas para dar uma surra nos

Chegamos a Inglaterra e uma asa dianteira semeia a discórdia na Red Bull. Duas peças novas são entregues aos pilotos, mas quando Vettel tem sua asa quebrada num treino livre a equipe tira a novidade do carro de Webber e entrega de mão beijada para o alemão. Webber não se conforma e mesmo largando atrás de Vettel, faz sua melhor corrida do ano e desafia o time, via rádio, após a vitória: Excelente para um segundo piloto, não? O clima da Red Bull era insustentável. A verdade genuína é que o time austríaco nunca imaginou um Webber tão forte em 2010. O australiano surpreendeu a todos com uma consistência impressionante e sua última vitória no ano,


Com tantas provas novas em lugares sem tradição nenhuma, ir a Spa é como a F1 voltar ao seu palco mais importante. O circuito belga tem uma magia que nenhuma tem e suas provas são convites a emoções fortes. E esse ano não foi exceção, com uma corrida cheia de alternativas, com condições climáticas mutantes a cada minuto. Atrás de Hamilton e Webber, chegou Robert Kubica. O polonês corria o sério risco de ser o azarado do ano, quando viu a BMW sair da F1 em 2009 e a Renault quase fazer isso quando já estava assinado com os franceses. O time foi salvo por uma empresa suíça chamada Genii, mas o desempenho não foi bom na pré-temporada. O enorme talento de Kubica parecia que seria desperdiçado, mas eis que o polaco se sobressai e consegue resultados muito superiores ao carro que tem em mãos. Vários pódios e pontuações o colocaram na 6º posição no Mundial de Pilotos, à frente de Massa e Rosberg num certo momento do ano, em equipes bem melhores do que a sua. Em qualquer relação de melhores pilotos do ano, Kubica entrará no mínimo entre os cinco primeiros e sua ida a uma equipe de ponta é questão de tempo. Jovem, tem tudo pa

Após toda a polêmica na Alemanha, Alonso chegou a declarar que tinha 50% de chances de ser campeão e todos riram dele. Em 5º lugar no campeonato e com um carro longe de ser o melhor, ninguém deu muita bola para o espanhol, mas após seu início auspicioso de campeonato, Alonso voltava a colocar sua Ferrari na briga pela vitória com um ritmo de corrida assustador, levando todos a falar, com razão, que ele é o piloto mais completo da atualidade. Suas vitórias em Monza e em Cingapura, onde sempre pareceu ter um carro inferior, reforçavam essa sensação. Apesar dos problemas, o espanhol entrou no rol dos grandes da história da F1 nesta temporada. Em outra pista tradicional, a F1 se tornou fã de um piloto que havia chegado apenas em 7º lugar em Suzuka. Kamui Kobayashi apareceu como um foguete no final de 2009, mas com o fim da Toyota, todos temeram ver o japonês apenas em duas corridas. A Sauber, utilizando os restos do que um dia foi BMW, o contratou e Kobayashi começou a fazer algo que não estávamos tão acostumados: ultrapassar. Em Suzuka, Kobayashi fez várias ultrapassagens e se tornou ídolo de um dia para o outro, ao mostrar uma agressividade típica dos japoneses, mas uma eficiência dos grandes pilotos. Juntando tudo isso, o futuro de Koba poderá ser grande, assim como da Sauber, que teve dois pilotos decadentes ao lado de Kobayashi (Pedro de la Rosa e Nick Heidfeld) e um carro inteiramente branco, mas em 2011 terá os pesos de Carlos Slim e sua companhia Telmex, trazendo consigo Sérgio Pérez, vice-campeão da GP2 neste ano. A categoria de base também verá seu atual campeão na F1 na próxima temporada. Pastor Maldonado, com o apoio do dinheiro ditatorial de Hugo Chávez, estreará n

Após Interlagos, a F1 chegava a sua última etapa do ano numa situação inédita na sua história. Pela primeira vez, quatro pilotos tinham chances matemáticas de ser campeão em Abu Dhabi, local muito bonito, mas de um circuito horroroso. Hamilton era praticamente carta fora do baralho, mas Alonso liderava o campeonato, com poucos pontos de vantagem sobre Webber, enquanto Vettel ainda tinha chances em terceiro, mas o alemão vinha em melhor fase àquela altura. A Red Bull falou muito mal da Ferrari no caso Hockenheim, mas poderia depender de uma ordem de equipe para Mark Webber ser campeão, pois Alonso só precisava chegar em 2º para se tornar tri. A Vettel só interessava a vitória. O mundo prendeu a respiração nos treinos, com Vettel levando a pole, enquanto Alonso era 3º e Webber era 5º. No momento, parecia que era Webber que poderia ajudar Vettel, não o

O alemão fez algumas asneiras durante o ano, como na Turquia e na Bélgica, com Button, mas sua velocidade é assombrosa. Nos treinos livres, era fato ver Vettel marcar um tempo rápido ainda em sua primeira volta voadora, enquanto Webber demorava uma dez voltas para conseguir um tempo parecido. Mesmo com 23 anos, Vettel foi tranqüilo nos momentos cruciais do campeonato, quando conseguiu três vitórias nas quatro últimas corridas, sendo que não completou a quadra por problemas no motor Renault da Red Bull. O alemão mereceu o título, mas qualquer um (Alonso, Webber, Hamilton, Button...) também mereceria. Sem percebermos, vivemos uma Era Dourada na F1. Daqui a alguns anos, suspiraremos quando nos lembrarmos dos tempos de Vettel, Alonso, Hamilton...
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
A sorte de Tom Sneva

segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Um dos vértices de uma geração perdida






domingo, 28 de novembro de 2010
Fase negra
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Traição e mistério

segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Entre os grandes

sábado, 20 de novembro de 2010
Despedidas e reinícios

quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Eu vi!
