Para quem é tradicionalista, como eu, chega a ser estranho ver o lançamento do novo carro da Lotus. Se alguém da equipe tivesse no sobrenome 'Chapman', talvez ficasse menos estranho, mas por trás do 'retorno' da Lotus está um grupo malaio e o próprio governo da Malásia, que de inglês só tem mesmo as cores da bandeira. Porém, a cor verde com detalhes em amarelo que sempre caracterizou a antiga Lotus de Colin Chapman chega até mesmo a nos remeter aos anos 60.
Mesmo com a nova equipe não tendo nada a ver com a velha, seus pilotos cismaram em se comparar aos pilotos que andaram com a tradicional equipe no passado. Mike Gascoyne é um direto técnico brilhante, mas ao contrário de Ross Brawn e Adryan Newey, tem uma esquisita coceira em aparecer e por isso acabou não tendo o sucesso que prometia. Como fez em seus tempos na Toyota, Gascoyne convenceu os malaios a trazer dois pilotos sem nenhum traço de estrelismo e que sejam obedientes a tutela do inglês. Não por coinscidencia, Jarno Trulli e Heikki Kovalainen já trabalharam com Gascoyne e chegam com a missão distintas na Lotus. Enquanto Trulli tenta encerrar a longa carreira com alguma dignidade, Kovalainen tenta se reerguer após uma passagem nada brilhante na McLaren.
Gascoyne construiu bons carros, mas seus ataques de estrelismo acabaram por atrapalhar o desenvolvimento não apenas do bólido, como da equipe em si. Como novata e com o objetivo de, no mínimo, chegar a sola de sapato da 'antiga' Lotus, a 'nova' Lotus necessitará de uma estratégia de time pequeno. O problema que seus três protagonistas estão acostumados a times grandes...
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