E ele não deu chance! Sebastian Vettel largou bem, administrou nas primeiras voltas, viu brigas pelo segundo lugar, a Red Bull fez paradas perfeitas e não errou na estratégia. Tudo isso resultou na tranquilissima vitória de Vettel, elevando o alemão da Red Bull a favorito absoluto para conquistar o título deste ano. Porém, como o próprio Vettel profetizou no sábado, a corrida foi muito disputada do segundo lugar para trás, com muitas ultrapassagens (algumas até covardes...) e briga por posições. Enquanto muitos já colocam a pecha de gênio na testa de Sebastian Vettel, ainda falta, em minha opinião, uma vitória vinda de trás, de recuperação, pois o alemão só vence quando larga na pole e sai bem no apagar das cinco luzes vermelhas.
E quando isso acontece, vimos o que vimos hoje. Vettel largou bem, ainda foi ajudado pela boa largada de Rosberg, que atrasou um pouco Mark Webber e desapareceu no horizonte turco. Vettel foi tão perfeito, que pouco foi visto na transmissão de hoje, já que seu domínio foi avassalador. Com receio de perder uma vitória certa por causa da estratégia, como ocorrido na China, a Red Bull fez até uma quarta parada para Vettel apenas por segurança, para não ocorrer nenhum incidente ou queda de desempenho. Vettel venceu pela terceira vez em quatro corridas e com mais um segundo lugar, disparou no campeonato. Já Mark Webber largou mal pela quarta vez consecutiva e foi engolido por Rosberg e ainda teve que se defender de Hamilton. Porém, o australiano não demorou em ultrapassar o piloto da Mercedes, mas acabaria surpreendido por Alonso, que o ultrapassou e passou a maior parte da prova em segundo. Quando a Ferrari colocou os pneus duros, permitiu a Webber partir para cima de Alonso e numa bonita ultrapassagem, deixou o espanhol para trás e completou a dobradinha da Red Bull. Porém, a realidade para Webber é que a sua situação é bem diferente de um ano atrás, quando quase venceu na Turquia até se envolver num acidente até cômico com seu companheiro de equipe. Hoje, Webber vê Vettel numa situação bem confortável dentro da equipe e no campeonato e com o melhor carro, o alemão já começa a pensar no bicampeonato.
Fernando Alonso era todo sorriso no pódio, pois sabia que tinha feito muito mais do que o esperado. Após a Classificação no sábado, todos diziam que a Ferrari era a quarta força do campeonato e espanhol já começava a reclamar. Porém, Alonso mostrou sua magia e se aproveitou da escapada de Hamilton para subir ao quarto posto, e com duas ultrapassagens, se elevou à segunda posição, ficando num sanduíche da Red Bull, andando na mesma balada dos carros azuis. Mesmo perdendo a 2º posição quando colocou os pneus duros e o seu rendimento caiu, Alonso garantiu o primeiro pódio da Ferrari no ano e mostrou que ele ainda faz a diferença. Já Massa perdeu a chance de brigar por algo a mais quando errou ontem e teve que largar em 10º. Mesmo com uma boa largada e ótimas ultrapassagens, Felipe passou a ser prejudicado pela Ferrari nos pit-stops, chegando a perder 9s em uma de suas paradas. A comparação que o Galvão fazia era enganadora, pois o narrador emparelhava os tempos de parada de Massa com a Red Bull, que foi praticamente perfeita nas paradas hoje, e não com Button e Rosberg, que também perderam tempo nos boxes, mesmo que nem tanto quanto o brasileiro. Juntando tudo isso a uma saída de pista, Felipe Massa ficou fora dos pontos e sua posição dentro da equipe, que havia melhorado por ter ficado à frente de Alonso duas vezes seguidas, voltava a estaca zero, pois via Alonso sorrir para sua equipe do alto do pódio.
A McLaren não apareceu bem na Turquia e ficou longe da equipe que parecia ser a única a brigar com a Red Bull. Hamilton, outro que teve uma parada desastrosa, ficou mais de 40s atrás de Vettel, enquanto Button tentou uma tática para parar uma vez menos e acabou se arrependendo no final da prova, sendo ultrapassado como se estivesse parado pelo próprio Hamilton e por Rosberg. O único ponto positivo da McLaren foi a boa batalha entre seus pilotos no início da corrida, após Hamilton ter errado mais uma vez enquanto atacava Webber na primeira volta e ficou atrás de Button. Os dois pilotos ingleses trocaram de posições algumas vezes, numa emocionante batalha, mas que foi decidida a favor de Hamilton mais por causa da estratégia. A Mercedes tinha dado pinta que poderia lutar pelo menos pelo pódio, mas a boa largada de Rosberg foi apenas uma ilusão. O alemão foi ultrapassado facilmente por Webber e Alonso, ficando bem atrás de alguma tentativa de pódio. Porém, a maior decepção vem sendo Schumacher. O ótimo terceiro treino livre do alemão foi apenas um sonho de verão e o heptacampeão fez uma de suas piores corridas de sua volta, sendo ultrapassado várias vezes, ainda que defendendo sua posição com unhas e dentes, como o toque que deu em Petrov logo no início da prova que estragou sua corrida. Longe dos pontos e do companheiro de equipe, Schumacher deveria pensar sobre o que está fazendo verdadeiramente na F1. A Renault fez outra corrida discreta e eficiente, com Heidfeld e Petrov marcando pontos importantes, ficando logo atrás de McLaren e a Mercedes de Rosberg. O interessante é o equilíbrio entre os dois pilotos, com Petrov e Heidfeld chegando a se tocar na metade da prova, mas desta vez o alemão ficou à frente, mesmo Petrov tendo ficado um bom tempo liderando o time francês.
Se o boato de que Mark Webber irá mesmo se aposentar no final do ano se confirmar e a Red Bull querer alguém de sua ‘escolinha’ Toro Rosso, o piloto escolhido deverá ser Sebastien Buemi. O suíço fez uma prova sólida e marcou pontos novamente em 2011, enquanto Alguersuari, que parece falar mais do que correr, ficou nas posições intermediárias. Outro destaque entre os que marcaram pontos foi Kobayashi, pois o japonês largou em último, passou os pilotos das equipes nanicas rapidamente e com seu ritmo forte de corrida, Koba ficou apenas esperando os erros dos pilotos de ponta para subir a zona de pontuação, o que acabou acontecendo com Schumacher e Massa. Já começo a achar que há um certo preconceito com Kobayashi pelo fato de ser japonês, pois se ele fosse europeu, com certeza já haveria uma enorme gama de equipes boas querendo o serviço dele. Pérez só apareceu em momentos distintos da corrida, quando quebrou o bico no começo e quando lutava com Sutil no fim, enquanto levava uma volta de Vettel na última volta. O mexicano é rápido, mas ainda necessita de mais experiência para andar no nível de Kobayahi. A Force Índia teve o único abandono da corrida com Paul di Resta, mas para sorte de Sutil, ele estava à frente do escocês nesse momento, escapando de levar outro couro do novato. A Williams vive uma enorme crise técnica e nem mesmo a boa performance de Barrichello no Q2 foi suficiente para que o brasileiro ficasse próximo dos pontos. Maldonado é apenas café-com-leite e nem sua loucura mostrada na GP2 vem dando as caras para animar um pouco. A Lotus já começa a se aproximar das equipes estabelecidas nos treinos, mas em ritmo de corrida o buraco ainda é mais embaixo, mas está bem à frente das outras duas. Por sinal, vale destacar que a Hispania está mais próxima da Virgin do que poderia supor, principalmente no quesito confiabilidade, vide que Timo Glock nem largou hoje.
Ano passado muita gente reclamou que o campeonato foi espetacular, mas as corridas foram chatas. Em 2011, o inverso pode acontecer. As corridas estão muito boas, mas Vettel tende a dominar o campeonato por completo e hoje, pode até ter uma dor de barriga daqui a duas semanas que ainda ficará na liderança. Com uma reta grande, hoje deu para perceber que a asa traseira faz muita diferença nas ultrapassagens e talvez fosse interessante uma mudança nas regras. Na verdade, apenas um retoque. Ao invés de poder usar a asinha apenas numa reta pré-determinada, mas por toda corrida, seria interessante que o piloto pudesse usar a asa onde quisesse, mas com um número limitado de vezes. Seria uma forma do piloto administrar essa variável e dar uma chance de defesa ao pobre que está sendo atacado em certas oportunidades. Porém, parece que Vettel não irá utilizar isso muitas vezes, pois ele dificilmente terá que fazer ultrapassagens nesse ano se a Red Bull e ele próprio manter esse ritmo.
E quando isso acontece, vimos o que vimos hoje. Vettel largou bem, ainda foi ajudado pela boa largada de Rosberg, que atrasou um pouco Mark Webber e desapareceu no horizonte turco. Vettel foi tão perfeito, que pouco foi visto na transmissão de hoje, já que seu domínio foi avassalador. Com receio de perder uma vitória certa por causa da estratégia, como ocorrido na China, a Red Bull fez até uma quarta parada para Vettel apenas por segurança, para não ocorrer nenhum incidente ou queda de desempenho. Vettel venceu pela terceira vez em quatro corridas e com mais um segundo lugar, disparou no campeonato. Já Mark Webber largou mal pela quarta vez consecutiva e foi engolido por Rosberg e ainda teve que se defender de Hamilton. Porém, o australiano não demorou em ultrapassar o piloto da Mercedes, mas acabaria surpreendido por Alonso, que o ultrapassou e passou a maior parte da prova em segundo. Quando a Ferrari colocou os pneus duros, permitiu a Webber partir para cima de Alonso e numa bonita ultrapassagem, deixou o espanhol para trás e completou a dobradinha da Red Bull. Porém, a realidade para Webber é que a sua situação é bem diferente de um ano atrás, quando quase venceu na Turquia até se envolver num acidente até cômico com seu companheiro de equipe. Hoje, Webber vê Vettel numa situação bem confortável dentro da equipe e no campeonato e com o melhor carro, o alemão já começa a pensar no bicampeonato.
Fernando Alonso era todo sorriso no pódio, pois sabia que tinha feito muito mais do que o esperado. Após a Classificação no sábado, todos diziam que a Ferrari era a quarta força do campeonato e espanhol já começava a reclamar. Porém, Alonso mostrou sua magia e se aproveitou da escapada de Hamilton para subir ao quarto posto, e com duas ultrapassagens, se elevou à segunda posição, ficando num sanduíche da Red Bull, andando na mesma balada dos carros azuis. Mesmo perdendo a 2º posição quando colocou os pneus duros e o seu rendimento caiu, Alonso garantiu o primeiro pódio da Ferrari no ano e mostrou que ele ainda faz a diferença. Já Massa perdeu a chance de brigar por algo a mais quando errou ontem e teve que largar em 10º. Mesmo com uma boa largada e ótimas ultrapassagens, Felipe passou a ser prejudicado pela Ferrari nos pit-stops, chegando a perder 9s em uma de suas paradas. A comparação que o Galvão fazia era enganadora, pois o narrador emparelhava os tempos de parada de Massa com a Red Bull, que foi praticamente perfeita nas paradas hoje, e não com Button e Rosberg, que também perderam tempo nos boxes, mesmo que nem tanto quanto o brasileiro. Juntando tudo isso a uma saída de pista, Felipe Massa ficou fora dos pontos e sua posição dentro da equipe, que havia melhorado por ter ficado à frente de Alonso duas vezes seguidas, voltava a estaca zero, pois via Alonso sorrir para sua equipe do alto do pódio.
A McLaren não apareceu bem na Turquia e ficou longe da equipe que parecia ser a única a brigar com a Red Bull. Hamilton, outro que teve uma parada desastrosa, ficou mais de 40s atrás de Vettel, enquanto Button tentou uma tática para parar uma vez menos e acabou se arrependendo no final da prova, sendo ultrapassado como se estivesse parado pelo próprio Hamilton e por Rosberg. O único ponto positivo da McLaren foi a boa batalha entre seus pilotos no início da corrida, após Hamilton ter errado mais uma vez enquanto atacava Webber na primeira volta e ficou atrás de Button. Os dois pilotos ingleses trocaram de posições algumas vezes, numa emocionante batalha, mas que foi decidida a favor de Hamilton mais por causa da estratégia. A Mercedes tinha dado pinta que poderia lutar pelo menos pelo pódio, mas a boa largada de Rosberg foi apenas uma ilusão. O alemão foi ultrapassado facilmente por Webber e Alonso, ficando bem atrás de alguma tentativa de pódio. Porém, a maior decepção vem sendo Schumacher. O ótimo terceiro treino livre do alemão foi apenas um sonho de verão e o heptacampeão fez uma de suas piores corridas de sua volta, sendo ultrapassado várias vezes, ainda que defendendo sua posição com unhas e dentes, como o toque que deu em Petrov logo no início da prova que estragou sua corrida. Longe dos pontos e do companheiro de equipe, Schumacher deveria pensar sobre o que está fazendo verdadeiramente na F1. A Renault fez outra corrida discreta e eficiente, com Heidfeld e Petrov marcando pontos importantes, ficando logo atrás de McLaren e a Mercedes de Rosberg. O interessante é o equilíbrio entre os dois pilotos, com Petrov e Heidfeld chegando a se tocar na metade da prova, mas desta vez o alemão ficou à frente, mesmo Petrov tendo ficado um bom tempo liderando o time francês.
Se o boato de que Mark Webber irá mesmo se aposentar no final do ano se confirmar e a Red Bull querer alguém de sua ‘escolinha’ Toro Rosso, o piloto escolhido deverá ser Sebastien Buemi. O suíço fez uma prova sólida e marcou pontos novamente em 2011, enquanto Alguersuari, que parece falar mais do que correr, ficou nas posições intermediárias. Outro destaque entre os que marcaram pontos foi Kobayashi, pois o japonês largou em último, passou os pilotos das equipes nanicas rapidamente e com seu ritmo forte de corrida, Koba ficou apenas esperando os erros dos pilotos de ponta para subir a zona de pontuação, o que acabou acontecendo com Schumacher e Massa. Já começo a achar que há um certo preconceito com Kobayashi pelo fato de ser japonês, pois se ele fosse europeu, com certeza já haveria uma enorme gama de equipes boas querendo o serviço dele. Pérez só apareceu em momentos distintos da corrida, quando quebrou o bico no começo e quando lutava com Sutil no fim, enquanto levava uma volta de Vettel na última volta. O mexicano é rápido, mas ainda necessita de mais experiência para andar no nível de Kobayahi. A Force Índia teve o único abandono da corrida com Paul di Resta, mas para sorte de Sutil, ele estava à frente do escocês nesse momento, escapando de levar outro couro do novato. A Williams vive uma enorme crise técnica e nem mesmo a boa performance de Barrichello no Q2 foi suficiente para que o brasileiro ficasse próximo dos pontos. Maldonado é apenas café-com-leite e nem sua loucura mostrada na GP2 vem dando as caras para animar um pouco. A Lotus já começa a se aproximar das equipes estabelecidas nos treinos, mas em ritmo de corrida o buraco ainda é mais embaixo, mas está bem à frente das outras duas. Por sinal, vale destacar que a Hispania está mais próxima da Virgin do que poderia supor, principalmente no quesito confiabilidade, vide que Timo Glock nem largou hoje.
Ano passado muita gente reclamou que o campeonato foi espetacular, mas as corridas foram chatas. Em 2011, o inverso pode acontecer. As corridas estão muito boas, mas Vettel tende a dominar o campeonato por completo e hoje, pode até ter uma dor de barriga daqui a duas semanas que ainda ficará na liderança. Com uma reta grande, hoje deu para perceber que a asa traseira faz muita diferença nas ultrapassagens e talvez fosse interessante uma mudança nas regras. Na verdade, apenas um retoque. Ao invés de poder usar a asinha apenas numa reta pré-determinada, mas por toda corrida, seria interessante que o piloto pudesse usar a asa onde quisesse, mas com um número limitado de vezes. Seria uma forma do piloto administrar essa variável e dar uma chance de defesa ao pobre que está sendo atacado em certas oportunidades. Porém, parece que Vettel não irá utilizar isso muitas vezes, pois ele dificilmente terá que fazer ultrapassagens nesse ano se a Red Bull e ele próprio manter esse ritmo.
Um comentário:
Eu não vou mentir, fiquei estressado com a falta de lógica da prova:
Ganha quem para mais, ultrapassa não quem tem melhor carro, mas quem pode usar a asa no momento correto.
Tinhamos uma pista com uma das melhores curvas do mundo: a 8, mas sobre o que recaiam as expectativas? uma reta com carros de asas abertas... Uma hora vai cansar.
Mas pelo menos tem coisas que regulamentos esdrúxulos e picuinhas artificiais não conseguem empanar: talento e eficiência. E isto Vettel e a Red Bull tem de sobra.
Irritantemente de sobra...
Viva Vettel
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