segunda-feira, 11 de março de 2013

Que pena...

E bote pena nisso! O amor pelo esporte a motor de Wilson 'Barão' Fittipaldi fez com que não apenas o automobilismo brasileiro, como também o automobilismo mundial tivesse sua face mudada a partir da década de 1970. Esse jornalista, visionário e apaixonado pelas corridas ajudou a popularizar o esporte no Brasil, promovendo a  tradicional Mil Milhas Brasileiras, fundando a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), além de ter feito Getúlio Vargas comprar uma Ferrari para Chico Landi e ter trazido pilotos do quilate de Juan Manuel Fangio para o seu amado 'quintal' Interlagos, onde quase perdeu a vida quando resolveu disputar uma corrida de moto narrando para a rádio Jovem Pan e sofreu uma queda que o deixou no hospital por vários dias.

Wilson, ou Barão, por causa de sua voz empostada e seu vasto bigode, sempre levava consigo seus dois filhos para as corridas, incutindo neles o amor pelo automobilismo. Primeiro seria o primogênito Wilson. Depois viria Emerson, o caçula e que teria mais sucesso. Desbravador como o pai, Emerson se mandou para a Europa em 1969 e três anos depois conquistava o título da F1, com uma narração emocionada do Barão. A saga Fittipaldi incluiu um novo título de Emerson e o começo da equipe Copersucar, depois Fittipaldi, comandada por Wilsinho. Isso inspirou dezenas de pilotos brasileiros a seguir os passos dos irmãos Fittipaldi e daí surgiram Nelson Piquet e Ayrton Senna, fazendo com que o Brasil se tornasse um celeiro de talentos no automobilismo. Hoje o Brasil é um dos países mais tradicionais do automobilismo mundial.

Tudo isso graças ao amor de Wilson Fittipaldi pelo automobilismo. Com uma vida longeva, o velho Barão narrou corridas por muitos anos ainda, viu o apogeu e a queda de Emerson na F1, além do mesmo destino da equipe Copersucar. Emerson foi para os Estados Unidos e também obteve sucesso, incentivando o neto Christian, além de bisavô Pietro, seguir com o nome Fittipaldi no automobilismo mundial. Depois de quinze dias internado no Rio de Janeiro, aos 92 anos Wilson Fittipaldi deixou a vida para a eternidade com a certeza de ter plantado nos brasileiro o amor pelo automobilismo e ter transformado o Brasil, via seus amados filhos, numa potência do esporte à motor no mundo.

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