Inconclusivos. Esse foi o principal adjetivo ao final dos testes da pré-temporada 2013 da F1. Apesar de nunca esses
testes realizados durante o inverno europeu dissessem muita coisa
sobre o restante da temporada, o deste ano foi ainda mais complicado
para dar algum diagnóstico sobre o que ocorrerá a partir deste
domingo. Além dos já tradicionais ‘esconde-esconde’ das equipes e
‘cavalos-paraguaios’ de alguém querendo aparecer, esse ano ainda tem a
incógnita dos sempre novos pneus Pirelli. Os italianos entraram na F1 dispostos
a complicar a vida de engenheiros e pilotos sempre com
novidades e pneus de difícil compreensão a cada nova temporada e 2013
não foi diferente.
Todo mundo reclamou do desgaste dos pneus, mas
outros fatores fizeram com que a avaliação dos pneus fosse ainda mais
complicada, como a frieza (óbvio, já que na Espanha está fazendo frio
devido ao inverno e seria muito mais lógico um teste desses nesse lado
do hemisfério...) do asfalto e a característica de Jerez de La
Frontera, lugar onde os motores roncaram pela primeira em 2013, mas há
dezesseis anos fora do calendário da F1. Nesse caso, o ótimo desempenho da Mercedes na
última bateria de testes em Barcelona após uma semana complicada em Jerez
pode não dizer muita coisa, assim como o desempenho sempre mediano da
tricampeã Red Bull. A Ferrari andou forte em todas as três baterias e
seus pilotos declararam que o início de 2013 é bem superior ao
de 2012. A McLaren, que terminou 2012 muito forte, talvez não inicie
tão forte pelas declarações pessimistas dos seus dois pilotos, mas
nunca é bom subestimar um time da grandeza e tradição da
McLaren.
Mantendo a mesma base que surpreendeu em 2012, a Lotus andou bem
nos teste, mas a confiabilidade deixou um pouco a desejar. A Sauber
mudou o lay-out do carro, mas não seu lugar no pelotão intermediário
sempre querendo beliscar um pódio se os times ditos grandes derem
brecha. A Williams modificou bastante seu carro e foi a última a
mostrar seu novo bólido em 2013, mas andou forte com o carro novo. Já a
Force India não atrasou o debut do seu carro, mas demorou a
indicar seus pilotos. A Toro Rosso se mantém como filial da Red Bull com a
finalidade única e exclusiva de fornecer jovens pilotos para a Red
Bull avaliar e ver se fica ou dispensa. Com a saída da HRT, somente
Caterham e Marussia ficaram como nanicas e parece ter havido uma
diminuição de distância entre elas, com a Caterham estacionando e a
Marussia se aproximando.
Com a mudança radical dos carros em 2014, iniciar
bem em 2013 será fundamental para as equipes. O desenvolvimento não
deverá acontecer da forma alucinante dos outros anos e quem ficar para
trás em 2013, automaticamente pensará em 2014 mais cedo do que o
usual. O regulamento não mudou muito, apenas os pneus. Se
haverá um ano espetacular como 2012? Melbourne nos responderá!
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