sábado, 21 de setembro de 2013

Sufoco desnecessário

No fim do Q3, com seis décimos distante de qualquer um, a Red Bull perguntou a Vettel se ele ainda tinha algo a tirar do seu ótimo tempo. Um ou dois décimos, respondeu Sebastian. De bate pronto, a Red Bull resolveu resguardar um jogo de pneus e Vettel não daria uma segunda volta rápida com o alemão. Porém, para desespero das unhas de Vettel, roídas de forma incessante pelo alemão, que via impotente seus adversários chegar muito perto do seu tempo, Vettel viu sua diferença se esfumaçar, mas Seb ainda garantiu sua quinta pole no ano. Pelo o que vinha andando, continuando a ótima fase desde Spa, Vettel nem precisava passar por esse sufoco.

Os treinos em Cingapura foram todos dominados por Vettel, que se deu ao luxo de passar um sufoco desnecessário, mas para surpresa geral, a primeira fila não teve um segundo carro da Red Bull. Foi Nico Rosberg, depois de um longo e profundo sono, que colocou seu Mercedes em segundo lugar, menos de um décimo atrás de Vettel, enquanto Webber nem em terceiro ficou, posição essa que terminou com Romain Grosjean, que andou muito mais forte do que Raikkonen e completou o top-3. Pelo o que falou a reportagem da Globo, o problema de Kimi não seria motivação, ou a falta dela, ou uma represália da Lotus por causa de sua ida para a Ferrari em 2014. Raikkonen estaria com problemas nas costas e até mesmo se ventilou que ele não participasse da prova amanhã.

A Ferrari continuou seu martírio com seus dois pilotos levando 1s da Red Bull e até o final do ano, a casa de Maranello deverá pensar em construir o novo carro para 2014 e de como irá lidar com a explosiva dupla Kimi-Fernando, apesar dos fortes rumores de que Alonso poderia se transferir para a McLaren, o que seria uma enorme surpresa. Reflexo disso ou não, Alonso tomou tempo de Felipe Massa pela segunda corrida consecutiva. Massa sugeriu que correria para si até o final do ano, até porque precisa mostrar o serviço que não mostrou até agora para conseguir um lugar na F1 em 2014. Um detalhe interessante sobre o que li e vi nessa semana pós-anúncio da saída da Ferrari. Muita gente elogiou a forma como Massa saiu da Ferrari e estou entre eles, mas não concordo que por isso, ser uma pessoa íntegra, Felipe não merecesse sair da Ferrari. A F1 não se mede ética ou integridade, mas resultados. E fazem cinco anos que Massa não dá resultados numa equipe como a Ferrari. Isso é fato. A Ferrari teve paciência de Jó com Felipe. Por gostar dele, esperou muito, mas chegou um momento em que isso já não era mais possível e trouxe um piloto melhor do que o brasileiro, mesmo que isso signifique o fim da harmonia da equipe. Finalizando, nas duas últimas quartas-feiras assisti o Supermotor da Bandsports e delirei com O PIOR comentarista de corridas que existe: Eduardo Homem de Mello. Fico impressionado com as asneiras que ele fala. Ele falou que Massa vinha 'muito mais rápido' do que Alonso nas últimas corridas. Quando cara pálida? Sem contar hoje, Alonso estava vencendo por 8x4 nas classificações! De duas uma, ou ele é cego ou estava bêbado, mas prefiro a terceira vertente da incompetência, temperada com um ufanismo sem cabimento para desmerecer o piloto Fernando Alonso (não estou falando da pessoa Fernando Alonso...) e dizer que a Ferrari traiu Massa, quando isso nunca ocorreu. Muito pelo contrário.

Voltando a prova, amanhã a corrida tende a ser dominada por Vettel, apesar de que numa prova longa como em Cingapura, as variáveis aumentem bastante, ainda mais com a diferença brutal dos pneus supermacios e médios. Porém, se tudo ocorrer dentro dos conformes, Vettel começará a fazer contar de onde conquistará o seu quarto título.

Nenhum comentário: