Ontem à noite Fernando Alonso deixou todos na expectativa quando anunciou pelo twitter que nesses dias haveria um grande anúncio para fazer. O anúncio houve, mas não com Fernando Alonso diretamente envolvido. Já no final desta tarde a Red Bull anunciou que Daniel Ricciardo assumirá o carro de número 2 (ou alguém ainda duvida que Vettel será campeão esse ano?) em 2014 no lugar do compatriota Mark Webber, de malas prontas para o WEC.
A escolha de Ricciardo mostrou o quão grande se tornou a Red Bull, antes considerada uma equipe excêntrica e divertida. Por trás da vinda de Daniel, houve muita política envolvendo os dois manda-chuvas da equipe, Christian Horner e Helmut Marko. Enquanto Horner queria um piloto de ponta ao lado de Vettel a partir do ano vindouro, Marko queria um jovem piloto do seu criadouro de revelações do automobilismo, mas que até agora só tem Vettel como triunfo. As orelhas de Dietrich Mastechitz, dono da Red Bull, devem estar vermelhas até agora de tantas argumentações ouviu dos seus dois homens fortes na F1, mas a velha parceria com Marko acabou valendo.
Daniel Ricciardo desde muito novo é ligado à Red Bull e com ela foi campeão da F3 Inglesa em 2009, subindo à World Series na temporada seguinte. Mais preocupado em ser piloto de testes da Red Bull e aprender o máximo possível no ambiente da F1, o australiano não fez muita questão de levar a sério a categoria de acesso, mesmo mostrando bons resultados na WS. Em 2011 Ricciardo fez suas primeiras corridas na F1 pela finada HRT até chegar a Toro Rosso em 2012, junto com Jean-Eric Vergne, no lugar dos antigos pilotos do celeiro de Marko, Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi. A verdade verdadeira foi que Ricciardo não chamou tanta atenção como Vettel fez nos seus tempos de Toro Rosso e até mesmo marcou menos pontos do que Vergne, mas com uma pilotagem cerebral e consistente, garantiu o lugar principal do Programa de Jovens Pilotos da Red Bull e quando se compatriota Webber anunciou sua aposentadoria no final de 2013, se tornou o principal candidato a substituí-lo, ao lado de estrelas como Raikkonen e Alonso, preferências de Horner, que terá que engolir Ricciardo para os próximos anos.
Com a confirmação de parte dessa novela que se tornou a silly-season versão 2013, histórias paralelas ainda precisam ser resolvidas e a principal delas envolve Kimi Raikkonen. O finlandês não vê muito futuro na Lotus, mas com a porta da Red Bull fechada, sua situação se complica, pois saiu meio corrido tanto da McLaren como da Ferrari, apesar da última estar paquerando com o finlandês vide mais um ano difícil de Massa que, venhamos e convenhamos, não está mais merecendo a paciência que a Ferrari está tendo com ele. Outros anúncios virão nos próximos dias e até o momento, as definições não alteraram os batimentos cardíacos dos amantes da F1. Se os próximos movimentos o farão, o tempo irá dizer.
Um comentário:
Marko também tinha outras razões pra preferir Ricciardo: por considera-lo menos ameaçador a Vettel e por,a principio, aceitar a condição de segundo piloto sem chiar e fazer beicinho disso,como Webber adorava fazer.
Vettel também teve participação decisiva na escolha de Ricciardo,pode apostar.
Postar um comentário