Hoje deixei de ir ao jogo do Ceará no Castelão para ver Rush. Era uma dúvida que eu tinha desde sexta-feira. O jogo ou Rush? Como um amigo meu desistiu de ir ao jogo após me chamar hoje pela manhã, fui ao shopping ver o filme, que era a minha preferência. O jogo foi 4x0 pro Vozão. Mas se fosse de oito ou dez, não seria tão marcante como Rush.
Admito que não assisti 'Grand Prix', considerado um filme-lenda para fãs do cinema e das corridas, mas acho muito difícil 'Grand Prix' ser melhor do que Rush pelo aspecto emoção. Sei da história da rivalidade entre James Hunt e Niki Lada de cor e salteado, mas fiquei confessamente emocionado em algumas cenas que eu sabia que iria acontecer, como a volta de Lauda em Monza ou a corrida final em Fuji. Aí é que está. É um filme de ação, mas tocante. Sai do cinema com vontade de bater palmas, mas me contive numa sessão relativamente cheia. Sai apenas dizendo, 'Que filme!'.
Para quem acompanha corridas desde sempre reconhece alguns erros. Em certas cenas se dizia estar em Monza, Paul Ricard e Fuji onde claramente se tratava de Brands Hatch. Mas, que raios, para quer se ater nesses detalhes? Era bem melhor acompanhar o ritmo forte do filme, deixando alguns erros, exageros ou omissões de lado.
A comparação com outros filmes como 'Dias de Trovão' e 'Alta Velocidade' é até covardia. O filme do Stallone eu até assisti no mesmo cinema e o enredo poderia ser melhor aproveitado (dois pilotos, um novato e um veterano brigando pelo título e pela mesma mulher, sendo que o jovem é ajudado pelo antigo rival do veterano), mas o filme é tão mal feito que Alta Velocidade virou piada. Bem ao contrário de Rush, que é constantemente elogiado pela crítica especializada. Tanto de cinema, como de corridas. Ron Howard se preocupou muito com os detalhes e dois me chamaram a atenção. O ator que encarna Patrick Depailler na reunião em Nürburgring é incrivelmente parecido com o francês. Se Depailler estivesse vivo concordaria. Outro detalhe que me chamou a atenção foi na entrevista de Hunt na McLaren, com o braço direito de Teddy Mayer chamando Emerson Fittipaldi de 'Fittifuckpaldi' e ele estava indo para a 'Coperfucksucar'...
No fim, Niki Lauda falando de Hunt foi a cereja do bolo. A emoção de vê-lo falando do antigo rival mostrou a essência de um filme que já entrou na minha história como um dos melhores do que já assisti e não cansarei de assisti-lo jamais. Houve erros? Houve. Exageros? Alguns. Mas a emoção de ver a F1 retratada como uma história de cinema, numa história digna de cinema, foi uma das poucas coisas boas deste ano.
2 comentários:
Bom ler um relato sincero. Ainda vou ver o filme.
Gostei muito do filme, mas acho "Grand Prix" muito melhor.
Assista e comprove! rs
abs
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