Nesta segunda-feira a Honda anunciou oficialmente a contratação do ex-engenheiro da Ferrari Ross Brawn, que passou todo o ano de 2007 em férias. Após um ano terrível, a equipe nipônica espera que a contratação de Brawn dê o impulso necessário que faça a equipe com um dos maiores orçamentos da F1 atual finalmente se estabelece entre as grandes da F1. Ou pelo menos não repita a vexaminosa temporada desse ano, quando só ficou à frente da Spyker e de sua subsidiária Super Aguri.
Não por coinscidência, a Ferrari anunciou horas depois que Jean Todt estaria abandonando a Gestione Sportiva da Ferrari, se dedicando agora a fábrica de carros em Maranello. Para o seu lugar entra Stefano Domenicalli. Resolvi esperar um pouco para escrever este post e dar uma olhada nas teorias dos maiores especialistas do assunto, como Flávio Gomes, Ico, Ivan Capelli e meu amigo Speeder. Não resta dúvidas que a ida de Brawn para a Honda dará um upgrade na equipe, mas o que virá depois?
Primeiro, a sua não volta à Ferrari dá indícios de que realmente Luca di Montezemolo queria acabar de vez com a Era Schumacher e com isso, trazer gente totalmente nova e da casa para trabalhar com a F1. Após a saída do alemão no final de 2006, Brawn saiu da equipe na esperança de um dia assumir a vaga de Todt em 2008. As negociações teriam falhado e Brawn se mandou para a Honda, com um enorme desafio de dar um jeito na equipe. É muito difícil imaginar que Todt não sabia a tempos que acabaria assumindo a fábrica de carros em Maranello e sua vaga estava vaga desde então. Por isso, Brawn simplesmente foi preterido por Domenicalli a mando de Montezemolo e o italiano, que entrou nesse ano da Gestione Sportiva, teve uma espécie de estágio esse ano para assumir em 2008. Todt era o último elo da Era Schumacher e agora ele cuidará do dia a dia da fábrica ferrarista em Maranello.
De toda essa movimentação, os brasileiros ficaram em uma posição bastante delicada dentro de suas próprias equipes. Brawn favorecia Schumacher em detrimento à Barrichello nos tempos da Ferrari e mesmo sem o alemão, a Honda tem Jenson Button, cujo Brawn é fã confesso. Por isso, o último ano de Barrichello na Ferrari não será dos mais agradáveis. Isso se ele ficar na Honda. Com Alonso solto no mercado, todas as equipes com dinheiro estão interessadas no espanhol e a chegada de uma pessoa do gabarito de Ross Brawn na equipe Honda, seria um belo atrativo para pescar o espanhol para a equipe japonesa, fazendo da equipe Honda um time com ótimos pilotos para o ano que vem, já que Button, mesmo sendo inglês, não terá a mesma idolatria de Hamilton e nem se importaria muito em ser o segundo piloto do espanhol, já que nunca em sua carreira Button ambicionou muita coisa nessa vida. Isso mostra que o boato de que Barrichello seria rebaixado para a Super Aguri tem algum fundamento.
Já na Ferrari, a saída de Todt do comando das corridas será bastante prejudicial à Massa, uma clara aposta de Todt desde 2001. Com o francês fora da Gestione Sportiva, Massa terá que correr praticamente sozinho e sem ter um testa-de-ferro para segurar as besteiras que o brasileiro ainda faz em pista.
Com a pré-temporada 2008 começando hoje nos treinos de Jerez com todas as onze equipes envolvidas, muita coisa irá passar debaixo da ponte até que março de 2008 esteja próximo o suficiente para podermos saber o que cada um poderá fazer de bom no ano que vem.
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