sábado, 6 de setembro de 2008

Equilíbrio



Vou ser sincero. Não assisti nada desde Grande Prêmio da Bélgica. Afinal, o dever me chama. Porém, analisando friamente os números de ontem e hoje, dá para perceber um surpreendente equilíbrio entre Ferrari e McLaren, apesar deu achar que Hamilton estar ligeiramente mais leve. Após a Ferrari dominar na sexta, a McLaren deu o bote na hora mais importante e colocou a equipe vermelha no bolso, apesar de que em ritmo de corrida, a Ferrari esteja, teoricamente, melhor. Não nos esqueçamos que o inverso tinha acontecido em Valência e Massa venceu como quis.

Numa pista em que o piloto faz a diferença e a coragem pode dar alguns centésimo aos pilotos, Hamilton mostrou que é mesmo o melhor da atual geração da F1 e apenas um piloto ultra-motivado e com o melhor carro do momento como Massa pode enfrentá-lo. Por isso que os dois irão largar na primeira fila amanhã e dificilmente a vitória sairá das mãos de um deles. Se Kovalainen, o terceiro colocado de hoje, já era considerado um coadjuvante de luxo desde o início do ano, ver Raikkonen, perdoem pela expressão, levando fumo todo o final de semana é surpreendente. Kimi tem seus últimos cartuchos para usar e somente uma vitória sobre os seus rivais pode lhe dar oxigênio na disputa pelo título.

Na "segunda divisão", o pressionado Nick Heidfeld foi o mais rápido, superando o surpreendente Fernando Alonso na briga pela terceira fila, ou a primeira da segunda divisão. Cada dia mais contestado dentro da BMW, Heidfeld superou com folgas seu companheiro de equipe Kubica, que ainda se viu atrás de Mark Webber, que até então vinha num final de semana sofrível. O melhor da equipe das latinhas de enérgeticos foi a Toro Rosso, novamente com seus dois pilotos no Q3, mas desta vez com Bourdais à frente de Vettel. O francês está cada dia mais pressionado e se não andar bem nas últimas corridas, terá seu cargo ameaçado para 2009. Palavras do chefão Gerhard Berger!

Mostrando o quanto a F1 muda rapidamente, a Toyota saiu de equipe que estava desafiando a BMW para o meio do pelotão, com Trulli e Glock ficando na Q2, com Nelsinho Piquet os separando. Coulthard continua seu turnê de aposentadoria, enquanto um cada vez mais desapontado Nico Rosberg vê sua carreira se despedaçando com a Williams. Por sinal, a tradicional equipe está na linha tênue entre as equipes médias e as pequenas, que é composta por Force India e a Honda. A equipe nipônica se vê num buraco difícil de sair e hoje em dia supera, por muito pouco, a equipe indiana. Coitados do Button e de Barrichello...

Contudo, tudo isso aconteceu com pista seca. Num clima mutável como o de Spa, tudo pode acontecer e a chuva se fazer presente, tornando essa corrida ainda mais disputada. Até esse momento, em corridas confusas ou com chuva, Hamilton leva vantagem, se aproveitando da pouca criatividade estratégica da Ferrari e a pouca feição de Massa por água. Mas tudo pode acontecer!

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