sábado, 25 de outubro de 2008

O diálogo da discórdia


Faz muitos anos que acompanho F1. Para ser mais exato, desde que me conheço como gente. Mesmo quando era criança (pois nunca fui pequeno...), sempre lia sobre tudo que tinha corrida e, principalmente, F1. Claro que o primeiro jornalista que me vem a mente é Reginaldo Leme, o eterno comentarista da TV Globo. Mas havia outros, que foram aparecendo nesses anos todos, principalmente na era da internet. Porém, havia Lemyr Martins. Sempre ligado a Quatro Rodas, suas reportagens cheias de poesia me fazia mergulhar dentro do paddock, apesar da falta de detalhes das corridas. Com o passar do tempo e a leitura de outros jornalistas, vi que Lemyr não era essa assumidade toda.

Erros em dados históricos e uma preferência escancarada por Senna me fez distanciar um pouco de Lemyr. O catarinense fazia questão de dizer, por debaixo de suas belas palavras, que não gostava nenhum um pouco de Schumacher. Me lembro de uma reportagem no final de 2003, quando Schummy conquistou o seu sexto título, onde Lemyr nos fazia acreditar que o alemão só conquistou o caneco daquele ano na pura sorte. Os exemplos para essa "sorte" eram ridículos e até não condiziam com a verdade. Mas quem sou eu para falar mal de Lemyr? Nem jornalista eu sou! Mas uma presepada inacreditável pode arranhar a carreira de Lemyr Martins. Comprei o primeiro livro dele, Os Arquivos da F1, e achei inúmeros erros, mas em sua nova obra, Lemyr coloca um diálogo entre Rubens Barrichello e a Ferrari no final do famoso GP da Áustria de 2002. Morri de rir quando li, mas quem não achará muita graça serão as partes envolvidas. Barrichello em particular. Mesmo em final de carreira (queira ou não), Barrichello deve estar cansado de ser tão zoado e esse diálogo pode ser a gota d'água.

Processos poderão rolar, pois Lemyr faz questão que esse diálogo existiu, apesar do conteúdo ridículo da teórica transmissão via rádio entre a Ferrari e Rubinho em Maio de 2002 e de já ter sido comprovado que toda essa baboseira não passa de uma brincadeira de um site inglês. Por essas e outras, que deixei de comprar a Quatro Rodas. A parte que mais me interessava, a seção sobre a F1, tem uma pessoa que não admite os próprios erros que, por sinal, são vários e só aumentam com o tempo.

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