Ele chegou a Spa falando alto, dizendo que tinha 50% de chances de ser campeão, praticamente ignorando seus outros rivais, que diviriam entre eles os outros 50%. O carro da Ferrari parecia superior aos demais, principalmente nas longas retas de Spa-Francorchamps e ele venceria, com certeza, aumentando suas chances de título, onde pularia de quinto para as primeiras posições. Fernando Alonso chegou à Bélgica com um ar de superioridade que chegava as raias da arrogância e quem se porta como tal, a queda costuma ser feia. Primeiramente, a Ferrari só andou bem nas condições mutáveis de sexta-feira, onde o talento de Alonso, e isso é inegável, se sobressaiu, mas no sábado, a equipe vermelha ficou claramente atrás de McLaren e Red Bull, com o agravante do espanhol ter ficado atrás de outros carros, inclusive Felipe Massa, seu companheiro de equipe. Porém, mesmo largando em décimo, Alonso ainda dizia que tinha chances de vitória. Contudo, tudo foi por água abaixo, literalmente, quando uma leve chuva se abateu na última chicane na primeira volta e vários carros saíram da pista. Por um total acaso, Alonso foi atingido por Barrichello, que abandonou na sua 300º corrida. Fernando permaneceu na corrida, apostou (errado) nos pneus intermediários, caiu para o final do pelotão e quando abandonou após rodar sozinho, já no final da prova, muito provavelmente o espanhol já não pensava na vitória, que parecia tão certa, na sua boca. Agora muito mais distante do sonho do tricampeonato, talvez Fernando Alonso caía na real e coloque as sandálias da humildade.
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