domingo, 15 de agosto de 2010

Não tem quem segure!


Hoje em dia, a MotoGP vive uma crise parecida com que assolou a F1 no ano de 2002, quando haviam poucos carros e corridas monótonas. Com um grid de 17 motos, a FIM e a Dorna, respectivamente as promotoras técnicas e comerciais do Mundial de Moto, tentam achar meios de melhorar seu campeonato, mas quem não tem nada a ver com isso é Jorge Lorenzo. Como Michael Schumacher em 2002, o jovem espanhol da Yamaha nada a braçadas rumo ao seu primeiro título mundial da MotoGP e neste domingo conseguiu sua sétima vitória em dez provas desta temporada. O detalhe é que nas três corridas onde não ganhou, Lorenzo chegou em segundo...

A prova de hoje foi pouco disputada, com a fatura sendo decidida ainda na primeira volta. O pole Daniel Pedrosa conseguiu outra de suas largadas-relâmpagos, mas na primeira freada forte, foi ultrapassado por Lorenzo e Ben Spies, o surpreendente segundo colocado no grid. Se deixou Spies rapidamente para trás, Pedrosa nada pôde fazer para se aproximar de Lorenzo, que dominou a corrida de ponta a ponta e com 77 pontos de vantagem sobre Pedrosa no Mundial, pode ficar conquistar o título com até três corridas de antecipação. Pedrosa também não foi ameaçado em sua posição, mesmo com Casey Stoner ultrapassando ainda no início da prova Spies, contudo, o australiano, de malas prontas para a Honda, não se esforçou muito para se aproximar de Pedrosa e de se distanciar de Spies.

Quando Doviziozo caiu, viu-se um grande buraco para o segundo pelotão, que continha Valentino Rossi. O italiano ficou preso numa briga com os americanos Nicky Hayden e Colin Edwards, mas quando se livrou destes, já estava demasiadamente longe de Spies, seu provável substituto na equipe Yamaha. Rossi prometeu para hoje o anúncio do que irá fazer em 2011, mas tudo levar a crer que irá mesmo para a Ducati, no lugar de Stoner, fazendo a alegria dos italianos com um duo piloto-moto inesquecível. E ainda vermelha!

Na Moto2, Toni Elias usa sua experiência para se consolidar como principal candidato ao título deste ano. O espanhol vê seus adversários oscilando, enquanto se mantém entre os primeiros. Em Brno, foi ainda melhor e venceu com boa vantagem sobre Yuki Takahashi, que não briga pelo título, enquanto Luthi, antigo vice-líder, foi apenas 10º. Nicolas Terol acabou com a incrível sequencia de Marc Marques e venceu hoje, mas o título dificilmente sai entre esses dois, mais Pol Espargaró. Com isso, a Espanha tem a oportunidade inédita de conquistar os três títulos mundiais, mostrando que o momento é totalmente espanhol!

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