Este ano as 500 Milhas de Indianápolis não foi tão emocionante como em outros anos. Não houve mudanças mirabolantes de estratégia ou grandes recuperações, mas Scott Dixon não teve nada com isso e conseguiu uma vitória para lá de tranqüila e imensamente merecida. A Ganassi foi a equipe mais rápida em todo o mês de maio e esse domínio continuou na corrida, com Dixon e Dan Wheldon correndo em dobradinha até o inglês perder rendimento na metade final da prova.
De forma surpreendente, o piloto que mais ameaçou o neo-zelândes não foi algum dos pilotos do trio-de-ferro da categoria, mas Vítor Meira, da Panther. O brasiliense mostrou toda a sua familiaridade com o traçado em Indianápolis, aonde já tinha conseguido outros bons resultados e ontem foi segundo e ainda foi o protagonista da ultrapassagem mais espetacular do dia, ao deixar Dixon e Ed Carpenter para trás numa relargada. E por fora! Se os resultados não vinham aparecendo para Vítor, esse bom resultado pode trazer um ânimo novo para o brasileiro.
Entre os demais brasileiros, Tony Kanaan bateu quando liderava e ainda culpou Marco Andretti, que nada mais é do que o filho do seu patrão. Vendo a imagem, não vi nada demais na manobra de Andrettizinho, mas apenas Kanaan indo para a parte de cima da pista e escorregando na sujeira. Da forma que vinha andando, Tony era o único a poder enfrentar Dixon de forma mais consistente, mas o acidente do baiano pôs tudo a perder e facilitou ainda mais a vitória do piloto da Ganassi. Por sinal, Marco conseguiu seu melhor resultado em Indianápolis. Hélio Castroneves foi discreto, mas eficiente o suficiente para chegar na quarta posição, após ter perdido várias posições quando acertou detritos de um carro acidentado. Bruno Junqueira provocou a primeira bandeira amarela de uma forma bastante esquisita. Seu retrovisor se soltou e o mineiro foi obrigado a trocar a lateral do carro e sua equipe é tão imcompetente, que a operação custou a Junqueira doze voltas. Seu companheiro de equipe Mário Moraes chegou a liderar um volta por causa da estratégia, mas foi engolido pelo pelotão. Ao menos, chegou até o fim. Com um carro ruim e admitido pelo próprio, Enrique Bernoldi só tentou chegar e conseguiu seu intuito. Jaime Câmara sofreu o acidente mais forte do dia, o seu segundo no mês, mas nada aconteceu ao goiano.
A corrida só não foi mais desanimada por um evento ocorrido fora das pistas. Danica Patrick saía do seu pit e foi atingido por um destrambelhado Ryan Briscoe. Sinceramente não vi tanta culpa assim do australiano, mas a baixinha invocada não pensou assim e caminhou com passos firmes em direção ao carro de Briscoe. O público foi a delírio enquanto a piloto ia para cima de Briscoe com claras intenções de briga. Que só não aconteceu por causa de um segurança com o dobro do tamanho dela, que se meteu na frente de Danica e evitou o pior. Ou o melhor! Já pensou num, como se diz aqui no Ceará, tamborete de quenga partindo para cima do galalau australiano? Seria o máximo!
Um comentário:
sempre que posso eu assito corrida,gostei muito dessa reportagem que postou.
parabens pelo blog
comente no meu
um abraço
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