Há cinco anos atrás, a F1 se preparava para a penúltima etapa do ano, em Suzuka, em clima totalmente descontraído, já que o campeão entre os pilotos já era conhecido (Schumacher), além dos Construtores (Ferrari) e o vice (Barrichello). Porém, a temporada de 2004 tinha sido outro massacre ítalo-alemão, assim como havia acontecido em 2002. Mosley, que tinha imposto mil e uma medidas na tentativa de "melhorar o espetáculo" no final de 2002, quebrava a cabeça para fazer o mesmo para impôr guela abaixo das equipes uma série de novos regulamentos para 2005. Algumas idéias foram propostas, naquele final de ano, umas plausíveis, outras nem tanto, mas foi em Suzuka que apareceu, de forma inesperada, a asneira-mor de 2005.
Havia a previsão de um tufão passar por Suzuka no final de semana da corrida e a tempestade que caiu na sexta-feira era apenas um aperitivo do que vinha pela frente. Todos os pilotos, equipes e jornalistas ficaram, assustados, trancados nos seus hóteis. No sábado o clima estava tão ruim como na sexta e foi decidido adiar o treino classificatório para domingo pela manhã, pois a previsão era que o tufão passasse ao largo de Suzuka, com o domingo apresentando um clima menos ruim. E assim aconteceu, com o sistema de voltas lançadas dando a pole, mais uma vez, a Michael Schumacher, que confirmou a tranqüila vitória horas mais tarde. O problema maior viria mais tarde.
Muitas pessoas apreciaram a idéia de um treino no domingo pela manhã, já que o warm-up havia virado história dois anos antes. Porém, o tradicional treino no sábado à tarde também não poderia se acabar. Numa das "grandes idéias" de Mosley e sua turma, foi decidido que o treino classificatório de 2005 seria realizado em duas etapas, uma no sábado à tarde e outro no domingo pela manhã, com os tempos sendo somados. Logo na primeira corrida de 2005, em Melbourne, ficou claro que a idéia, na prática, era algo totalmente fora do contexto e a gritaria foi geral. A imprensa foi a primeira a chiar, pois o treino de sábado, que ainda tinha uma fase pré-classificatória, durou quase duas horas e o pole ainda não seria definido naquele dia, com várias emissoras desistindo de transmitir no sábado. Afinal, o pole só seria conhecido mesmo no domingo... As equipes, vendo a palhaçada onde estavam enfiadas, fez uma pressão enorme na FIA, que refez o sistema de classificação ainda no meio da temporada.
Mosley, que sairá da presidência da FIA no final deste mês, trouxe alguns avanços em determinadas áreas, pois não existe governo 100% bom ou 100% ruim, mas o exemplo de Suzuka em 2004 prova que o inglês não trará muitas saudades aos aficcionados pelo automobilismo.
4 comentários:
Que coincidência... coloquei agora um post sobre a corrida à presidência da FIA, devido a uma noticia que saiou hoje na Autosport britânica, e decidi fazer uma espécie de "contagem de espingardas". Parece que a tão propalada "eleição garantida" de Jean Todt, o protegido de Max mosley, pode não ser tão certa...
O inglês não deixará saudades, mas começo a ficar com medo do próximo.
O tal Vatannen já deu provas que é meio descompensado das idéias.
Essa foi só uma,das várias asneiras do Mosley...
belo post amigo...eu me lembro deste ocorrido!rs
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