segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Garantido

Apesar de achar que o bom momento de Felipe Massa tenha passado quando foi acertado pela mola de Rubens Barrichello em 2009, torci muito para que o brasileiro conseguisse um lugar na F1 e assegurasse, por algum tempo, o interesse da Globo na F1 e não corrermos o risco da categoria acabar como a Nascar, que de principal atração do antigo Speed, hoje está nas profundezas da madrugada de domingo do Fox Sport.

Felipe Massa anunciou hoje algo que todos sabiam: seu contrato com a Williams a partir de 2014. Américo Teixeira deu essa notícia alguns dias atrás e o jornalista brasileiro merece todo o crédito. Se quando anunciou que ia sair da Ferrari muitos torceram para que o destino de Massa fosse a Lotus, a Williams foi meio que a opção que restou. Dono de uma passado glorioso, hoje a Williams está em nono lugar no Mundial de Construtores com apenas um ponto somado. Mesmo quando começou pequena na década de 70, a Williams nunca teve uma temporada tão ruim. Sem patrocinadores fortes e vendo parte da equipe técnica sendo absorvida pelas grandes, a Williams vive muito mais do nome que carrega do que pelos resultados atuais.

Mesmo assim, não faltará gente que crave que esta era mesmo a melhor opção para a continuidade da carreira de Felipe Massa na F1. Mesmo não querendo ser um pay-driver, a Williams está interessadíssima nos contratos que Massa poderá trazer para a equipe através de patrocínios brasileiros. Pat Symons, o homem do Crashgate de 2008, é competente e participou ativamente dos títulos de 1994, 95 (com Schumacher), 2005 e 2006 (com Alonso) e hoje comanda a parte técnica da Williams. Apesar da crise nas pistas, muito se fala que a estrutura da Williams é gigantesca.

Agora resta ver como Massa reagirá fora da asa da Ferrari, onde correu nos últimos doze anos. Sua performance há tempos não é boa e a desculpa era sempre Alonso, de forma ética (nas pistas) ou não (nos bastidores), o espanhol sempre foi bem superior do que Massa. Sem a sombra do espanhol, Felipe terá a difícil missão de levar nas costas uma equipe tradicional e com um passado recente pouco glorioso. E a carreira de Massa também não deixa de estar numa situação parecida. 

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