segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Penske dá as cartas também em Daytona


Durante a semana pré-Daytona 500, pouco se falou da Dodge e suas equipes. As vedetes deste começo de temporada na Nascar eram a Toyota, impulsionada pela parceria com a equipe Joe Gibbs, e a Chevrolet, principalmente com a equipe Hendriks, que agora contava com o "queridinho da América" Dale Earnhardt Jr. Mas ninguém deve subestimar uma marca que tem entre seus clientes um dono de equipe com a competência de Roger Penske. E tudo conspirava contra a equipe do veterano chefe de equipe. Seu principal piloto, Kurt Busch, estaria largando em último e nenhum carro da Dodge estava se destacando nessa semana de corridas em Daytona. Mas numa prova de 500 Milhas tudo pode acontecer e por mais que o clichê seja antigo, na Nascar isso é mais do que verdadeiro.

O início da prova em Daytona foi marcado pelo domínio, esperado, das equipes Joeb Gibbs e Hendricks, porém o destaque ficou pela pouquíssima presença de bandeiras amarelas. Apenas uma vez o pano amarelo foi mostrado nas primeiras cem voltas de duzentas. Quem se destacou na primeira metade foi Kyle Busch, que estreava na equipe Joe Gibbs e liderou o maior número de voltas. Porém, quando a corrida se aproximou do seu final, várias bandeiras amarelas apareceram e a equipe Penske começou a aparecer, com o surgimento de Kurt Busch na frente para auxiliar seu companheiro de equipe Ryan Newman, que sempre ficou no pelotão da frente. Na última bandeira amarela, faltando quatro voltas, o azarão Jeff Burton liderava, mas foi engolido por pelos pilotos da Joe Gibbs (Kyle Busch e Tony Stewart) e da Penske (Kurt Buch e Ryan Newman). Na última volta, o triunfo estava nas mãos de Stewart, que tinha vencido a prova da Nationalwide Series no sábado, e o gordo piloto da Toyota chegou a colocar uma diferença de um carro de distância sobre o pelotão que o perseguia, mas na reta oposta Kurt Busch começou a, literalmente, empurrar Ryan Newman para frente e rumo à vitória.

Newman era uma azarão na corrida desta domingo e comemorou como nunca, e a Penske ainda pode comemorar a dobradinha, pois Kurt ainda pegou a segunda posição. Ryan Newman é uma espécia de René Arnoux da Nascar, pois já tem mais de 40 pole-positions em sua carreira e pouquíssimas vitórias, sendo que a última foi em 2006. Já para a Kurt Busch, a vitória do seu companheiro de equipe em cima de Tony Stewart serviu como uma espécia de vigança em cima do campeão de 2002 e 2005, pois os dois quase foram desclassificados da corrida de hoje por desentendimentos entre ambos no Budweiser Shootout de sábado passado. Inclusive, há quem diga que Stewart teria desferido um soco em Busch depois da prova! A Dodge ainda pôde comemorar a quinta posição de Reed Sorenson, terceiro piloto da equipe Chip Ganassi. Os seus companheiros de equipe decepcionaram redondamente (sem referências à Montoya), mesmo com o colombiano chegando a ficar na segunda posição nas voltas finais. A inexperiência de Montoya o jogou para as últimas posições na classificação final, logo à frente de Dario Franchitti, que foi uma figura invísivel durante a prova.

Porém, a maior decepção ficou por conta da Hendriks. Jeff Gordon teve um problema de suspensão e ficou várias voltas nos boxes, enquanto o bicampeão Jimmie Johnson e Casey Mears sofreram acidentes nas caóticas últimas voltas. A esperança da equipe ficou para Dale Earnhardt Jr., mas uma estratégia errada fez com que Junior ficasse sem pneus nas últimas voltas e ele teve que se contentar com a nona posição. Por sinal, o pai do novo piloto da Hendriks, Dale Earnhardt foi bastante homenageado na festa pela quinquagesima edição da Daytona 500. O mítico Chevrolet Preto de Número 3 foi colocado no gramado de Daytona, mas a festa de hoje ficou ficou para o Dodge Azul de Número 12 de Ryan Newman.

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