Para quem olha a carreira na F1 de Phil Hill, o leigo pode pensar de que se tratava de um piloto sortudo, que venceu o título apenas por que tinha o melhor carro daquele ano, o belo Ferrari 156, nariz de tubarão. Porém, se essa mesma pessoa fizer uma pesquisa mais aprofundada, verá que esse americano nascido na Flórida, mas criado na Califórnia, é um dos grandes pilotos da história e um dos melhores pilotos de endurance de todos os tempos.
Sempre ligado a Ferrari, Hill começou sua carreira nos chamados sport-cars para depois de transferir para a F1, sempre correndo com um carro da casa de Maranello. E foi com a Ferrari que Hill conquistou suas três vitórias na F1 e o único título mundial da sua carreira, a primeira de um piloto americano, após uma briga com Wolfgang Von Trips. No entanto, Hill venceu várias corridas importantes do Mundial de Esporte-Protótipos no início dos anos 60, inclusive, por três vezes a mítica 24 Horas de Le Mans. Por ter morado muito tempo na Itália, Phil passou a gostar de ópera e foi um dos primeiros pilotos a se preocupar com a preparação física. Contudo, Phil foi um digno cavalheiro dentro e fora das pistas e não hesitava em dizer que sentia medo de morrer, tendo, inclusive, interrompido sua carreira de piloto antes de se mudar para a Europa definitivamente devido ao momento sombrio em que o automobilismo vivia na época.
Após se aposentar no final da década de 60, sem sofrer uma única fratura em seu corpo devido a um acidente, Phil passou a se dedicar aos automóveis antigos e ajudou o seu filho Derek a correr na F3000, mas ele não tinha o mesmo brilho do pai. Em 2003, Hill descobriu que estava com o mal de Parkinson e ontem nos deixou aos 81 anos de idade. Foi uma enorme perda para o automobilismo mundial e toda a F1 ficou de luto, principalmente a Ferrari.
Vá com Deus, Phil Hill!
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