sábado, 2 de agosto de 2008

Lewis continua quente


Na escaldante Hungaroring, Lewis Hamilton mostra que suas vitórias nas duas últimas provas não foram frutos das confusões que marcaram as etapas na Inglaterra e na Alemanha e de forma dominante, conquistou mais uma pole em 2008. Com uma McLaren cada vez melhor, Hamilton ratificou seu favoritismo na travada pista de Hungaroring e para mostrar que o carro prateado realmente está melhor do que os demais, Heikki Kovalainen acabou de pintar de cromo a primeira fila húngara.
Já na sexta-feira o domínio de Hamilton ficou aparente. Durante as duas primeiras partes da Classificação, ficou claro que Lewis estava andando com 60 ou 70% do seu potencial, apenas se resguardando para a hora que importava. Para que ser o mais rápido na Q2, quando o que importa é o Q3? Por isso que o inglês não se preocupou muito em ser superado por Massa e acabar em terceiro. Na Q3, ele botou botou a faca entre os dentes e não deu chance a ninguém, conquistando a nona pole de sua carreira e num circuito em que a posição do grid diz muito, dá para dizer que Hamilton deu um passo importantíssimo rumo a segunda vitória consecutiva no Grande Prêmio da Hungria. E para melhorar a vida do inglês, Heikki Kovalainen, de contrato assegurado para 2009 com a McLaren, completará a primeira fila amanhã. Isso significará uma preocupação a menos para Hamilton, pois dificilmente Kova irá ameaçar o predomínio do queridinho da McLaren na primeira curva. Resta agora para Kovalainen tentar se manter em segundo e ajudar o máximo possível Hamilton na corrida de amanhã. Algo que o finlandês não conseguiu até agora.

Felipe Massa começa a dar indícios que será o piloto da Ferrari para 2008 na tentativa de impedir o título de Hamilton. O brasileiro foi o melhor do resto (algo incomum em se tratando de Ferrari) e colocou três décimos em cima de um cada vez mais desmotivado Kimi Raikkonen. Pela velocidade de Massa e o desânimo de Kimi nesse atual momento, não demorará para a Ferrari escolher o brasileiro como o Number One. Com a BMW num momento de claro declínio, o quarto lugar de Kubica deve estar mais relacionado com a quantidade de combustível e o talento inerente do polonês do que a competitividade do carro. Numa clara demonstração disso, Nick Heidfeld ficou logo na Q1 e mesmo que tenha sido atrapalhado por Sebastien Bourdais em sua melhor volta, o alemão estava brigando para ficar entre quinze primeiros na Q2.

Ainda é cedo para afirmar, mas a pancada na Alemanha parece ter chacoalhado a cabeça de Timo Glock e o alemão andou muito na Classificação desta manhã. Não foi a quinta posição de hoje, à frente de Kimi Raikkonen, que mais impressionou a todos. Mas foi a segunda posição na Q2, quando os carros andam mais leves e, por isso, mais rápidos. Na Hungria, a Toyota é a terceira equipe na relação de forças e por isso foi decepcionante a nona posição de Trulli, que normalmente se classifica muito bem, sempre à frente de Glock. O pódio de Nelsinho deu forças para o novato brasileiro e ele se classificou para a Q3, logo atrás atrás de Alonso. A Renault cresceu, mas o crescimento de Nelsinho se deve muito mais ao psicológico do que ao técnico.

As equipes da Red Bull não se encontraram na travada pista da Hungria e apenas Mark Webber, ainda assim a duras penas, se classificou para a Q3. Os outros três representantes da marca austríaca ficaram praticamente juntos, mas Bourdais pode sofrer punição por ter atrapalhado Heidfeld na Q1. A Williams continua seu longo declínio e por muito pouco os dois carros não ficaram na Q1, mas Rosberg sequer entrou na pista na Q2, preferindo ficar em décimo quinto. A Honda é que permanece na mesma, apesar de Button ter superado Barrichello até com facilidade. Até quando irá a paciência dos japoneses em verem seus carros andando no pelotão de trás?

Nas últimas provas o imponderável vem acontecendo nas corridas da F1 e uma zebra sempre pode acontecer. Em condições normais de temperatura e pressão, Hamilton é o favorito destacado para amanhã e a McLaren tem ótimas chances de conseguir uma dobradinha. Mas as condições não estão nada normais em 2008 para a F1!

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