Após passar por vários circuitos ao longo dos anos, o Grande Prêmio da França iria para um novo autódromo que era considerado como modelo para todos que acompanhavam o automobilismo mundial. Com boxes largos, amplas áreas de escape, várias opções de traçado e uma inédita preocupação com a segurança, Paul Ricard era o que de mais moderno se poderia querer num autódromo na F1 naquele início da década de 70. A grande novidade era a volta, em tempo recorde, de Emerson Fittipaldi ao cockpit do Lotus 72D na França. Menos de um mês antes, o brasileiro havia sofrido um sério acidente numa estrada próximo a Dijon e por causa disso, sua esposa perderia um filho do casal mais tarde. Mesmo ainda usando uma faixa elástica no tórax, Fittipaldi correria no sacrifício em Paul Ricard. E não se arrependeria.
Correndo na frente dos principais patrocinadores da sua equipe, Jackie Stewart conseguiu sua nona pole position na carreira, colocando quase 1s sobre as duas Ferraris com as quais compartilharia a primeira fila. Utilizando praticamente o mesmo carro de Stewart, François Cevert não deixava de decepcionar ao ficar apenas em 7º no grid, praticamente 2s mais lento que seu companheiro de equipe na frente dos seus compatriotas. Com problemas de logística que não o deixou correr na última sessão classificatória, Emerson Fittipaldi ficou apenas com a 17º colocação.
Grid:
1) Stewart(Tyrrell) – 1:50.71
2) Regazzoni(Ferrari) – 1:51.53
3) Ickx(Ferrari) – 1:51.88
4) Hill(Brabham) – 1:52.32
5) Rodríguez(BRM) – 1:52.46
6) Siffert(BRM) – 1:52.50
7) Cevert(Tyrrell) – 1:52.69
8) Beltoise(Matra) – 1:52.92
9) Amon(Matra) – 1:52.94
10) Stommelan(Surtees) – 1:53.10
O dia 4 de julho de 1971 amanheceu belo para uma corrida de F1 e um bom público foi a Le Castellet para a primeira prova no novo autódromo de Paul Ricard, talvez esperando que não se repetisse cenas como em 1968, com a morte de Schlesser, em Reims, ou o sórdido acidente de Helmut Mark em 1972, em Clermont-Ferrand. Stewart largou muito bem, seguido de perto pela Ferrari de Regazzoni, mas o belga Ickx não repete o desempenho do seu companheiro de equipe, mas havia um motivo: o motor Ferrari estava tendo problemas, que fariam Ickx abandonar ainda cedo na corrida. Com isso, Rodríguez sobe para terceiro, seguido pelas duas Matras e Cevert. Para alegria dos franceses.
O trio da frente começa a disparar, mas Pedro Rodríguez começava a ser alcançado pela Matra de Beltoise, empurrado pela torcida francesa e iniciava a briga pelo terceiro lugar. Beltoise chega a ultrapassar Rodríguez, mas o mexicano logo recuperaria a posição e Cevert entrava na briga, subindo para quarto, enquanto as Matras perdiam rendimento na medida em que a corrida se desenrolava. Emerson Fittipaldi fazia uma tremenda corrida de recuperação, após o brasileiro pedir que a Lotus trocasse a relação de marchas do seu carro antes da corrida, fazendo com que ganhasse saísse muito forte na reta Mistral, uma reta tão grande, que permitia uma guerra de vácuo só vista em Monza.
Na décima nona volta, um incidente que passaria despercebido decidiria a sorte da corrida. Ronnie Peterson estreava o motor Alfa Romeo em seu March de fábrica, mas o sueco tem problemas de adaptação com a novidade e não estava no pelotão da frente quando o motor italiano explode. O problema foi que o óleo deixado acabaria fazendo Regazzoni rodar e abandonar, enquanto Graham Hill, que fazia uma baita corrida com o seu Brabham e estava em quinto, saiu da pista pelo óleo deixado por Peterson. O veterano inglês foi aos boxes para reparos, mas Hill não seria mais um fator na corrida. Para alegria da Elf, seus carros não demorariam a fazer dobradinha. Pedro Rodríguez assumia a segunda posição com o abandono de Regazzoni, mas o mexicano tem problemas com seu BRM e François Cevert chegava ao segundo posto, mas muito longe de Stewart, que à essa altura já administrava a corrida. Após uma briga forte com os dois Matras, Emerson Fittipaldi subia ao terceiro lugar e se aproximava de Cevert, mas a corrida terminou antes que o brasileiro fosse para cima do francês. Jackie Stewart vencia mais uma vez em 1971 e ninguém duvidava que o escocês conquistaria o bicampeonato, ainda mais com Cevert lhe comboiando quando podia, enquanto Fittipaldi, mesmo com dificuldades em respirar dentro do cockpit, conseguiu um pódio no sacrifício.
Chegada:
1) Stewart
2) Cevert
3) Fittipaldi
4) Siffert
5) Amon
6) Wisell
Correndo na frente dos principais patrocinadores da sua equipe, Jackie Stewart conseguiu sua nona pole position na carreira, colocando quase 1s sobre as duas Ferraris com as quais compartilharia a primeira fila. Utilizando praticamente o mesmo carro de Stewart, François Cevert não deixava de decepcionar ao ficar apenas em 7º no grid, praticamente 2s mais lento que seu companheiro de equipe na frente dos seus compatriotas. Com problemas de logística que não o deixou correr na última sessão classificatória, Emerson Fittipaldi ficou apenas com a 17º colocação.
Grid:
1) Stewart(Tyrrell) – 1:50.71
2) Regazzoni(Ferrari) – 1:51.53
3) Ickx(Ferrari) – 1:51.88
4) Hill(Brabham) – 1:52.32
5) Rodríguez(BRM) – 1:52.46
6) Siffert(BRM) – 1:52.50
7) Cevert(Tyrrell) – 1:52.69
8) Beltoise(Matra) – 1:52.92
9) Amon(Matra) – 1:52.94
10) Stommelan(Surtees) – 1:53.10
O dia 4 de julho de 1971 amanheceu belo para uma corrida de F1 e um bom público foi a Le Castellet para a primeira prova no novo autódromo de Paul Ricard, talvez esperando que não se repetisse cenas como em 1968, com a morte de Schlesser, em Reims, ou o sórdido acidente de Helmut Mark em 1972, em Clermont-Ferrand. Stewart largou muito bem, seguido de perto pela Ferrari de Regazzoni, mas o belga Ickx não repete o desempenho do seu companheiro de equipe, mas havia um motivo: o motor Ferrari estava tendo problemas, que fariam Ickx abandonar ainda cedo na corrida. Com isso, Rodríguez sobe para terceiro, seguido pelas duas Matras e Cevert. Para alegria dos franceses.
O trio da frente começa a disparar, mas Pedro Rodríguez começava a ser alcançado pela Matra de Beltoise, empurrado pela torcida francesa e iniciava a briga pelo terceiro lugar. Beltoise chega a ultrapassar Rodríguez, mas o mexicano logo recuperaria a posição e Cevert entrava na briga, subindo para quarto, enquanto as Matras perdiam rendimento na medida em que a corrida se desenrolava. Emerson Fittipaldi fazia uma tremenda corrida de recuperação, após o brasileiro pedir que a Lotus trocasse a relação de marchas do seu carro antes da corrida, fazendo com que ganhasse saísse muito forte na reta Mistral, uma reta tão grande, que permitia uma guerra de vácuo só vista em Monza.
Na décima nona volta, um incidente que passaria despercebido decidiria a sorte da corrida. Ronnie Peterson estreava o motor Alfa Romeo em seu March de fábrica, mas o sueco tem problemas de adaptação com a novidade e não estava no pelotão da frente quando o motor italiano explode. O problema foi que o óleo deixado acabaria fazendo Regazzoni rodar e abandonar, enquanto Graham Hill, que fazia uma baita corrida com o seu Brabham e estava em quinto, saiu da pista pelo óleo deixado por Peterson. O veterano inglês foi aos boxes para reparos, mas Hill não seria mais um fator na corrida. Para alegria da Elf, seus carros não demorariam a fazer dobradinha. Pedro Rodríguez assumia a segunda posição com o abandono de Regazzoni, mas o mexicano tem problemas com seu BRM e François Cevert chegava ao segundo posto, mas muito longe de Stewart, que à essa altura já administrava a corrida. Após uma briga forte com os dois Matras, Emerson Fittipaldi subia ao terceiro lugar e se aproximava de Cevert, mas a corrida terminou antes que o brasileiro fosse para cima do francês. Jackie Stewart vencia mais uma vez em 1971 e ninguém duvidava que o escocês conquistaria o bicampeonato, ainda mais com Cevert lhe comboiando quando podia, enquanto Fittipaldi, mesmo com dificuldades em respirar dentro do cockpit, conseguiu um pódio no sacrifício.
Chegada:
1) Stewart
2) Cevert
3) Fittipaldi
4) Siffert
5) Amon
6) Wisell
Um comentário:
Meu bom, eu fui a essa corrida. Eu tinha 12 anos e meu pai era Consul Geral do Brasil em Marselha. Tivemos a chance de conversar com o Emerson que estava todo enfaixado, mas mesmo assim nos deu uma grande alegria. Em 1972 voltamos a ve-lo ao vio em Clermont Ferrand quando ele chegou em segundo. Ahh...bons tempos aqueles!! Abração!!
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