segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Rei do Anhembi

Que Will Power é o melhor piloto da Indy em circuitos mistos, não há muitas dúvidas sobre isso. Porém, o australiano da Penske começa a ser caracterizar por suas várias vitórias com alguns factóides e em São Paulo, Power manteve os 100% de aproveitamento com sua terceira vitória em três corridas nas ruas paulistanas. 

A prova no Anhembi não foi das mais empolgantes e largando na pole, Power das poucas trocas de posição para conquistar um fácil triunfo, onde só não liderou de ponta a ponta por causa das estratégias, importantíssimas com o novo carro e que foi a única forma de mudar posições na prova de ontem, onde até as bandeiras amarelas só foi bem fraquinha, mas como bandeira amarela chama bandeira amarela, quando Ryan Briscoe (ou Bryan Riscoe) bateu sozinho no muro, houve várias interrupções e mudanças de estratégias. Só Power permaneceu na frente e venceu com autoridade, se consolidando na liderança. O vice, Hélio Castroneves fez uma corridassa, ao pular da vigésima posição do grid para o quarto lugar no final. Um show de ultrapassagens? Não, um show na estratégia, que fez Dario Franchitti se recuperar de uma rodada numa relargada e ainda permanecer na ponta. Ryan Hunter-Reay (ou Ray-Hunter?) fez uma prova discreta e ficou em segundo, com Takuma Sato, que como Castroneves, saiu das últimas posições e chegou no pódio. Falando em estratégia, a antiga equipe de Sato, a KV, se embanana toda em estratégias, que fez Sato perder a corrida ano passado e estragou as provas de Tony Kanaan e Rubens Barrichello, pelo menos o último chegando em décimo e se mantendo no top-10 na Classificação.

A prova de ontem teve como um dos destaques a péssimas transmissão da Bandeirantes, com takes completamente mal-feitos, câmeras mal posicionadas e repetições fora de hora. Conta-se que houve narradores na América do Norte pedindo desculpas pela pobreza da transmissão. Menos mal para os 130 países que receberam (pessimamente) imagens da Indy, eles não receberam a narração do Luciano do Valle. O experiente narrador caiu totalmente de pára-quedas na transmissão e o resultado é um show de erros de pronúncia (quem não se esquecer do Mike 'Conaway'), desvaneios e coisas afins. Para mim, a única novidade foi ter assistido as voltas finais na tórrida arquibancada do PV, o que me permitiu ver o engavetamento nas voltas finais no S do Samba, mas infelizmente perdi o mico do final de semana, quando Power, Hunter-Reay e Sato não conseguiram estourar o champanhe. Quando vi depois, morri de rir. O que importa é que o houve na pista e não houve muita emoção, mas Will Power pôde fazer história e se aproximar do seu sonhado primeiro título.

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