domingo, 1 de junho de 2014

Emoções diferentes, resultado igual

Ao contrário do péssimo narrador que o Sportv escala no Mundial de Motovelocidade, eu não me aborrecia com o domínio de Marc Márquez na MotoGP. O que vem fazendo o espanhol da Repsol Honda é histórico e ver a história acontecendo na frente dos nossos olhos não acontece todo dia, nem todo ano. Claro que Márquez fazia das corridas um feudo todo seu e a emoção das provas diminuía, mas hoje em Mugello foi um pouco diferente.

Marc Márquez praticamente só teve problema em uma única pista na sua temporada de estreia no ano passado: Mugello. Mesmo mantendo o 100% em poles em 2014, Márquez admitia que sentia um certo receio com a veloz pista italiana, onde sofreu dois acidentes em 2013. Além do mais, Lorenzo queria enterrar de uma vez por todas a sua má fase e largaria na primeira fila, tendo entre ele e Márquez a surpreendente Ducati de Andrea Iannone. Ao contrário de Márquez, Lorenzo vinha de três vitórias seguidas em Mugello e adorava a pista, mas não mais do que Valentino Rossi. Comemorando 300 GPs na carreira, Rossi queria fazer dessa corrida uma festa, mesmo largando apenas em décimo, após um problema na classificação. E assim, se armava uma corrida histórica em Mugello.

Foi marcante o desespero de Lorenzo para ficar na ponta no começo da prova. Na largada, quase jogou Daniel Pedrosa no muro dos boxes e fez uma ultrapassagem audaciosa sobre Iannone para ficar em primeiro. Márquez continuava sua sina de não largar tão bem e estava em terceiro, tendo um pouco de trabalho para ultrapassar o italiano da Ducati, mas quando o fez, Lorenzo não estava tão longe. Mais atrás, Rossi fazia uma largada de sonho e rapidamente estava em quarto, ultrapassando Iannone logo em seguida para se estabelecer em terceiro e ver de camarote a intensa e, algumas vezes, selvagem disputa pela ponta entre Lorenzo e Márquez. Com duas motos diferente e dois estilos de pilotagem diferentes, Lorenzo e Márquez protagonizaram uma disputa histórica, onde a diferença entre eles nunca era superior a um décimo de segundo por volta. Márquez mantinha sua pilotagem agressiva e quase colada ao chão, enquanto Lorenzo fazia de tudo para se manter na frente. Nas últimas seis voltas, a disputa esquentou de vez com Lorenzo e Márquez trocando de posição de forma agressiva. Era uma batalha de titãs!

Márquez usava bem a potência da Honda na longa reta dos boxes e mesmo ficando por fora algumas vezes para a freada da primeira curva, conseguia se manter na ponta, mas Lorenzo tirava no braço a diferença no miolo ou até antes, na freada da curva um, e conseguia roubar a ponta do piloto da Honda. Na abertura da última volta, Márquez repetiu a estratégia e assumiu a ponta na força do motor Honda e não deu chance a Lorenzo na curva um. Andando no limite, Lorenzo cometeu pequeninos erros, mas a última volta foi de extrema tensão, esperando por um ataque de Lorenzo que não veio e Márquez conseguiu sua sexta vitória consecutiva, mantendo o 100% de aproveitamento e exorcizando os fantasmas de Mugello. Lorenzo chegou no parque fechado com os braços abertos, mostrando que não tinha muito mais a fazer para derrotar Márquez, que foi para os braços de sua equipe. Contudo, a festa maior foi para Rossi, que voltava ao pódio em Mugello pela primeira vez desde 2009. Com 35 anos, quatorze a mais do que Márquez, Rossi mostrou que ainda pode ser competitivo frente a essa nova geração e a festa feita pela torcida italiana emocionou a todos.

Com um terço da temporada completa, a pergunta não mais 'se', mas 'quando' Marc Márquez conquistará seu segundo título mundial. E outra pergunta está sendo formulada: Será capaz Márquez vencer todas as dezoito provas do mundial? Lorenzo e Rossi provaram que apesar da força de Márquez, isso não será tão fácil assim!

Um comentário:

Vinicius disse...

O Nejaim é completamente péssimo,não sabe nada do que acontece.

Não dá mais pro Nejaim narrar corridas de MotoGP,o cara é completamente perdido nas transmissões,não sabe de nada,se embanana todinho entre muitas outras furadas e mancadas.