sexta-feira, 18 de maio de 2007

O outro alemão

Antes de aparecer na F1, os pilotos tem que passar por algumas categorias e mostrar talento para se chegar à categoria máxima do automobilismo. Heinz-Harald Frentzen fez toda essa escadinha e com todo seu virtuosismo, se tornou a maior esperança alemã no final dos anos 80. Na época, a Alemanha (ainda Ocidental) estava carente de grandes pilotos na F1 e ainda estava traumatizada com a morte de Stefan Bellof, até então sua maior esperança. Frentzen tinha tudo para ser o primeiro piloto de ponta alemão desde Wolfgang von Trips no começo dos anos 60. Inclusive, Frentzen era considerado mais rápido do que um tal de Michael Schumacher, seu rival desde os tempos de kart. Porém, Frentzen fez algumas escolhas em sua carreira que o fez demorar um pouco demais a chegar à F1 e quando chegou lá, e encontrou Schumacher um piloto já consolidado, Frentzen mostrou muita velocidade, porém há quem afirme que ele era muito discreto, que não tinha ousadia e que lhe faltou aquela determinação que produz resultados inesperados. Frentzen venceu corridas e disputou timidamente um título mundial, mas isso foi pouco para tanto talento. No dia em que o papa João Paulo II faria 87 anos, Frentzen se torna hoje um quarentão e agora vamos acompanhar a carreira desse alemão que diziam ser melhor do que Schumacher.

Heinz-Harald Frentzen nasceu no dia 18 de maio de 1967 em Mönchengladbach. Em 1980, o pai dele - Harald Frentzen - queria comprar um carro para a madastra do pequeno Heinz-Harald, mas o Seu Harald mudou de idéia e comprou um kart para o filho de 13 anos. Harald ficou com a função de mecânico e chefe de time e assim pai e filho competiram no Campeonato alemão Junior de Kart de 1980. No fim da segunda temporada em 1981 ele ganhou Campeonato Alemão Júnior de Kart. Foi neste ano que ele conheceu Michael Schumacher e competiu com ele pelo campeonato. Em 1984 ele foi vice-campeão alemão de Kart. Em 1986, com 18 anos HH (escrever Heinz-Harald toda vida ninguém merece né?) subiu para a Formula Ford 2000 com um carro comprado pelo pai e novamente Seu Harald era chefe de equipe e mecânico. Para não ter que levar carão quando chegar em casa, Heinz-Harald Frentzen teve ter muito cuidado com o carro dele nas corridas e foi nessa época que ele também aprendeu a mexer nos acertos dos carros. Além disso, Frentzen trabalhava com o pai na companhia da família, uma agência funerária. A vida do Frentzen não era fácil, mas ele foi vice-campeão da Fórmula Ford Alemã em 1987 sem participar de todas as corridas.

Com essa boa atuação na F-Ford, Frentzen foi contratado pela equipe do ex-piloto de F1 Jochen Mass e sobe para a Fórmula Opel alemã em 1988. E ele não decepcionou! Frentzen foi campeão alemão de F-Opel nesse mesmo ano! Juntamente com o campeonato alemão, Frentzen disputou o europeu de F-Opel e terminou o ano em sexto lugar no campeonato. Já nessa época, Frentzen se tornou muito popular entre a imprensa alemã e já era tratado com uma futura estrela na F1. Bernie Ecclestone queria ter um piloto alemão na Fórmula Um , assim a ONS (Comitê de Automobilismo Nacional alemão) decidiu apoiar Frentzen e Michael Schumacher. O problema era que apenas um motorista poderia chegar à Fórmula Um.

Assim a ONS decidiu dar a possibilidade para um dos dois testar um carro de Fórmula Um para aquele que primeiro conseguisse uma vitória em uma corrida de Fórmula 3 alemã em 1989. Numa corrida em Zeltweg Heinz-Harald Frentzen notou a ambição de Michael Schumacher de conseguir este teste. Ele se enroscou com Schumacher e Frentzen acabou fora da pista e depois desse incidente Schumacher ganhou a corrida, mas Schummy acabou ficando sem o teste na F1. A partir deste momento, as relações dos dois não seriam mais as mesmas e ficaria pior no final do ano. Karl Wendlinger foi o campeão da Fórmula 3 alemã por um ponto e Heinz-Harald Frentzen foi vice empatado com Michael Schumacher. Para aumentar a briga FrentzenxSchumacher, a namorada de Frentzen no começo do ano se chamava Corinna, e hoje ela atende por Sra. Schumacher. Frentzen e Schumacher passaram a se odiar!

Mesmo sabendo dessa briga fora da pista, a Mercedes contratou ainda em 1989 Schumacher, Frentzen e Wendlinger para participarem do Campeonato de Esporte-Protótipo no Grupo C na equipe Sauber. Cada um dos três pegou um piloto experiente (Jochen Mass, Mauro Baldi e Jean-Louis Schlesser) para serem seus instrutores. Isso acabou sendo uma grande escola para os três, pois aprenderam a se comportar num carro de mais de 800 cavalos de potência!

Do triunvirato de novatos, Frentzen era conhecido por ser o mais rápido, quem consumia menos gasolina e desgastava menos pneu do que Schumacher e Wendlinger. Após conseguir um segundo lugar juntamente com Jochen Mass em Donington Park, Frentzen partiu para a Fórmula 3000 em 1990. Foi então que Frentzen cometeu a primeira escolha errada em sua carreira. Seu patrocinador pessoal, a Camel, tinha lhe prometido um lugar na F1 se ele conseguisse bons resultados na F-3000 e por isso ele deixou a equipe Mercedes Junior Team. Frentzen assinou contrato com a equipe de Eddie Jordan e logo de cara o alemão marcou o melhor tempo entre 33 pilotos na F-3000 nos treinos de inverno. Entretanto o carro teve muitos problemas e Heinz-Harald Frentzen raramente viu a bandeira quadriculada. Para completar, no final do ano Eddie Jordan deixou o Campeonato de F-3000 e entrou na Fórmula Um em 1991. Assim Frentzen teve que procurar uma equipe nova e se juntou à equipe Vortex. Porém, a Vortex estava com o chassi menos competitivo da temporada da F-3000, a Lola, e Frentzen completou apenas duas corridas, tendo um quinto lugar como melhor resultado. Mesmo com esse péssimo resultado, a Camel lhe ajudou a conseguir dois testes na F1, na Tyrrell e na Brabham. Porém, ele ainda teria outra decepção. Frentzen, antes considerado o melhor piloto jovem alemão, teve que assistir seu desafeto Schumacher estrear primeiro na F1. Frentzen ficou tão decepcionado que ele abandonou momentâneamente o automobilismo e passou a ajudar seu pai nos negócios da família.

Após cinco meses de inatividade, Frentzen foi chamado para correr as 24 Horas de Le Mans de 1992 com um Lola privado. O carro era lento, seu parceiro era ruim, mas chuveu muito durante a corrida. O resultado era que Frentzen era 5s mais rápido que os fantásticos carros da Peugeot quando a chuva era mais forte. Quando a pista secou, a Peugeot dominou, Frentzen foi décimo-quarto, mas seu nome estava novamente no mercado. Graças a essa atuação, Frentzen foi convidado a correr na F-3000 Japonesa na equipe Nova. No final de 1992 a March convidou Frentzen para ocupar o cockpit de seu carro no Grande Prêmio do Japão, e o alemão teve sorte em recusar tamanha cadeira elétrica! Em 1993, Frentzen ficou mais um ano no Japão onde conheceu um dos seus maiores amigos dentro do automobilismo: Roland Ratzenberger. Frentzen continuou na F-3000 Japonesa e conseguiu sua primeira vitória no oriente, mas o alemão não conseguiu muito destaque no campeonato, mais conheceu outro piloto que se tornou muito amigo: Eddie Irvine.

Na sua estada no Japão, Frentzen testou um carro da Tyrrell com motor Mugen e pneus Bridgestone. Ele andou aproximadamente 20.000 quilômetros durante os testes e pôde ganhar um pouco de experiência. Naquele momento a Fórmula 3000 japonesa era mais semelhante a Fórmula Um em termos de tecnologia do que a F3000 européia e Frentzen aprendeu muito nessa época. No começo de agosto de 1993 Peter Sauber convidou Frentzen para testar o Sauber-Ilmor no circuito de Mugello. Embora Frentzen sofresse um acidente, Peter Sauber sabia que HH ainda era o piloto que ele conheceu no Mundial de Esporte-Protótipos. Frentzen foi mais rápido que Wendlinger e acabou assinando contrato com a Sauber para finalmente estrear na F1 em 1994.

Na primeira corrida no circuito de Interlagos Heinz-Harald Frentzen se qualificou em 5º lugar no Sauber-Mercedes dele. Ele foi o melhor novato na Fórmula Um desde Carlos Reutemann em 1972! Mas infelizmente ele rodou na volta 16 da corrida por um motivo inusitado. A garrafa de água dele jorrou água dentro do capacete e HH não enxergava a pista durante alguns segundos e acabou fora dela. Mas na segunda corrida em Aida, ele usou seu conhecimento da pista e terminou na 5ª posição. Então veio Ímola... Em Mônaco, Frentzen sofreu outro choque. Seu companheiro de equipe Wendlinger sofreu um sério acidente e ficou em coma e a Sauber não correu no principado.

Frentzen terminou a primeira temporada da F1 com sete pontos na décima terceira posição. Depois da corrida de Mônaco, Frentzen foi procurado por Frank Williams para correr para ele no lugar de Senna. Não precisa dizer que Senna era o ídolo de Frentzen e ocupar o lugar dele foi demais para HH. Isso sem contar a gratidão que Frentzen sentia por Peter Sauber, que o ajudou muito na época da Mercedes e por ter o colocado na F1. O que teria sido de Frentzen se ele tivesse aceitado a proposta de Frank? Ninguém sabe. Após perder o amigo Ratzenberger, o ídolo Senna e ver Wendlinger quase morrer, Frentzen teve que se acostumar a política. No final de 1994, a Mercedes se mudou para a McLaren e a Sauber teve que se contentar com o velho motor Ford. A segunda temporada foi um pouco melhor para Frentzen. No começo do ano a Sauber-Ford perdia 4.5s por volta para Williams e Benetton, mas a Sauber trabalhou muito e essa defasagem caiu para 1.5s no final do ano. Frentzen se aproveitou disso e conseguiu 15 pontos e foi nono no campeonato. Em Monza, Frentzen pisou no pódio pela primeira vez. Para 1996, Frentzen contava com o apoio que a Ford dava para a Sauber, porém, com a confirmação da saída da montadora americana da equipe para ajudar Jackie Stewart a construir sua escuderia, Frentzen ficou várias vezes na mão graças ao fraco motor que tinha. Em Mônaco, Frentzen produziu uma cena pastelão quando entrou nos boxes uma volta antes do final da corrida e no final da temporada só tinha sete pontos para contar.

Mesmo com os parcos resultados, Frank Williams ainda não tinha esquecido Frentzen e no final de 1996, ele foi contratado para substituir o então campeão mundial Damon Hill. Era a grande chance de Frentzen. Numa equipe grande, ele poderia mostrar toda sua velocidade e poderia fazer o que ele sempre esperou desde que entrou na F1: disputar um título mundial com Michael Schumacher. Contudo, o que poderia ser um contrato de sonho, se tornou um pesadelo para Frentzen em mais uma atitude equivocada em sua carreira. A temporada 1997 começou mal para Frentzen, quando ele teve problemas para se acostumar com a organização da equipe e com acerto do carro, que estava ao gosto de Hill. Particularmente, Frentzen não se dava muito bem com o sócio da equipe Williams, Patrick Head. Em Ímola, a Williams deixou que Frentzen acertasse seu carro do que jeito dele. Resultado: a primeira vitória de Frentzen na F1. Foi uma vitória com gostinho especial, pois Frentzen derrotou Schumacher na pista e soltou uma frase para lá de curiosa na entrevista pós corrida. "Estou muito emocionado. É como óleo na minha alma." Óleo na minha alma?

Aproveitando a boa fase, Frentzen conseguiu sua primeira pole na carreira (novamente derrotando Schumacher) em Mônaco, mas a corrida foi um desastre, pois a Williams errou na escolha dos pneus. Em Magny-Cours que ele terminou na 2ª posição depois de um duelo emocionante com Michael Schumacher no molhado. Ambos ficaram fora da pista com pneus slicks quando a chuva começou. Após cinco pódios seguidos, Frentzen chegou à última corrida em Jerez com a missão de ajudar Jacques Villeneuve a ser campeão. Na Classificação Villeneuve, Schumacher e Frentzen fizeram exatamente o mesmo tempo, mas na corrida Frentzen fez uma corrida tática e ajudou Villeneuve a conquistar seu único título. Com a desclassificação de Schumacher do campeonato, Frentzen se tornou vice-campeão de F1.

Mesmo com o vice, Frentzen esperava mais para 1998, mas o carro da Williams não melhorou muito comparado ao modelo 1997 e o motor Supertec era muito fraco comparado aos Mercedes e Ferrari. Fora que a McLaren construiu um ótimo carro e a equipe de Ron Dennis dominou a temporada. Frentzen superou Villeneuve na primeira metade do campeonato, mas no outono de 1998, Frank Williams deixou claro que ele não precisaria dos serviços de Heinz-Harald Frentzen para a temporada 1999. Porém, Frentzen se juntou a sua antiga equipe na F3000: a Jordan. Esse não foi um erro na carreira de Frentzen. Mesmo tendo Damon Hill como companheiro de equipe, o inglês já estava quase aposentado e Frentzen teria toda a atenção da equipe amarela, que era a que mais crescia na época. Frentzen havia decepcionado na Williams e precisava mostrar que ainda era o piloto que um dia foi considerado mais rápido do que Schumacher.

Com McLaren e Ferrari dominando o campeonato, Frentzen se preocupou em marcar pontos nas primeiras corridas. A Jordan fez um carro bom e confiável e o motor Mugen Honda não devia nada com relação a Mercedes e Ferrari. O começo do ano foi marcado pelos erros de Hakkinen e a pouca confiabilidade da McLaren. Logo na estréia, as McLarens e Schumacher quebraram e Irvine venceu, com Frentzen logo atrás. Até o Grande Prêmio de Mônaco, Frentzen sempre chegava entre os quatro primeiros colocados, até sofrer o pior acidente na F1. No Grande Prêmio do Canadá, o disco de freio da Jordan de Frentzen explodiu e o alemão bateu muito forte de frente no muro. Frentzen quebrou a rótula direita e teve uma concussão cerebral. Apesar do susto, o melhor ainda estava por vir.

Em Magny-Cours, a chuva foi a protagonista da corrida e Frentzen usou uma estratégia diferente da Jordan para vencer pela segunda vez na carreira. Foi uma belíssima corrida e Frentzen andou muito nesse dia. O velho desafeto Schumacher quebrou a perna em Silverstone e um milagre parecia estar se materializando. Em Monza, Frentzen estava em segundo quando Hakkinen, muito mais rápido do que ele, rodou sozinho e Frentzen capitalizou o erro e venceu pela segunda vez na temporada, entrando na briga pelo título! Em Nürburgring, Frentzen conseguiu a pole, mas um problema elétrico atrapalhou seus anseios e praticamente ficou de fora da disputa pelo título. Até a última corrida no Japão, Frentzen não pôde mais acompanhar nem Ferrari, nem McLaren, mas acabou na terceira posição do campeonato. Tinha sido uma grande temporada para Frentzen com a admiração pública recuperada e uma condução sem qualquer erro durante as corridas. Ele simplesmente era a revelação do ano. Foi a melhor temporada de Frentzen e da Jordan.

De forma análoga, 1999 foi o ápice e também o começo do declínio para Frentzen. Mesmo continuando na Jordan, a equipe tinha trazido Jarno Trulli para o lugar do aposentado Damon Hill. Trulli era jovem e muito rápido. Rápido demais para Frentzen. Com 33 anos, HH já não era mais um garoto e suas perspectivas de chegar a uma equipe grande e ser campeão caía, na medida que o ano 2000 foi péssimo em comparação ao ano anterior. Mesmo conseguindo dois terceiros lugares (no Brasil e nos Estados Unidos), Frentzen foi superado várias vezes por Trulli, raramente chegava ao fim das corridas e ainda foi envolvido num acidente fatal. Um ano depois da bela vitória em Monza, Frentzen se chocou com a Ferrari de Barrichello na Variante Bassa na primeira volta, envolcendo vários pilotos. Uma roda voadora acabou atingindo um bombeiro italiano, o matando horas depois. Frentzen foi considerado o culpado pelo acidente.

Para 2001, a Jordan tinha um carro mais confiável, mas ainda longe do nível de 1999. O engenheiro do carro de Frentzen, Sam Michael, se transferiu para a Williams e isso foi um golpe para a moral de Frentzen, que sofreu um sério acidente em Mônaco que o deixou de fora do Grande Prêmio do Canadá daquele ano, mas como desgraça pouca é bobagem, o pior estava por vir. Em Junho, Eddie Jordan anunciou a renovação do contrato de Frentzen para 2002, mas dois meses depois, o mesmo Eddie Jordan veio a público para dizer que Frentzen estava... despedido! A F1 ficou chocada com a atitude de Jordan, demitindo o piloto que lhe deu mais alegrias por fax, mas se soube depois que Jordan precisava demitir um dos seus pilotos para agradar a Honda e colocar um piloto japonês no ano seguinte, que acabou sendo Takuma Sato. Por que Frentzen foi o escolhido? Dizem que os engenheiros não gostavam muito das reclamações de HH e passaram a boicotá-lo...

Frentzen ficou de fora justamente do Grande Prêmio da Alemanha, causando vários protestos da torcida alemã contra a Jordan. Na corrida seguinte, Alain Prost convidou Frentzen para as corridas seguintes, mas o carro era ruim de doer. Frentzen pouco fez para melhorar a situação da equipe e o único bom momento na equipe francesa foi um quarto lugar na Classificação, debaixo de chuva, em Spa. Frentzen gostaria de continuar trabalhando com Prost em 2002. Gostaria. Pois a equipe fechou suas portas no final do ano. A carreira do alemão caminhava para uma aposentadoria forçada quando ele foi convidado por Tom Walkinshaw para correr na Arrows em 2002. Frentzen sabia das dificuldades que iria enfrentar, mas o carro não era de todo ruim e o alemão conseguia se destacar no pelotão de trás, sendo mais rápido que equipes de fábrica como Toyota e Jaguar. HH conseguiu dois ótimos sextos lugares na Espanha e em Mônaco, sendo que no principado teve que segurar a Ferrari de Rubens Barrichello no final da corrida, que antes de encostar no câmbio da Arrows, estava 3s mais rápido do que ele.

Porém, a crise estava para estourar. A Arrows estava em plenas dificuldades financeiras e não treinou na sexta-feira do GP da Inglaterra por falta de pagamento dos motores Cosworth. Na França, o papelão. Não tendo como pagar a Cosworth para correr no domingo, a Arrows manda Frentzen e Enrique Bernoldi andarem devagar para não se Classificarem. A ida para a Arrows foi outro erro e Frentzen se despediria da equipe na Alemanha, quando a equipe fechou as portas definitivamente. A carreira de Frentzen na F1 parecia terminada, mas HH ainda padrinhos fortes. Sua amizade com Peter Sauber e alguns patrocinadores alemães o valeu uma temporada em 2003 no lugar do então novato Felipe Massa. Mesmo marcando alguns pontos, Frentzen fez uma temporada discreta pela Sauber, mas uma surpresa estava por vir. Com a saída da F1 já confirmada, Frentzen se aproveitou da confusa corrida em Indianápolis e do desempenho dos pneus Bridgestone na chuva para arrancar um pódio em sua penúltima corrida na F1. Ao lado do velho rival Schumacher, Frentzen mandava beijinhos do pódio e encerrava seu ciclo na F1.

Voltando à Alemanha, Frentzen partiu para as corridas de turismo. Ele acertou com a Opel no Campeonato Alemão de Turismo (DTM). Correndo contra a veha parceira, a Mercedes, Frentzen esteve longe de se destacar no melhor campeonato de turismo do mundo e não venceu nenhuma corrida. Depois que a Opel se retirou do DTM no final de 2005, Frentzen foi para a Audi em 2006. Ele terminaria em 3º na primeira corrida da temporada em Hockenheim e novamente na 8ª corrida da temporada em Barcelona. Frentzen terminou a temporada em 7º e deixou a equipe declarando que ele não tinha "nenhum apoio da equipe." Já com 39 anos, Frentzen resolveu pendurar as sapatilhas e foi curtir sua esposa, Tanja, a das duas filhas, Lea a Sarah. Mesmo quarentão, Frentzen deve ser lembrar com muita saudade das disputas que teve com Schumacher na F3 ou então dos tempos em que a Jordan lhe dava todo o apoio e quase realizou o seu sonho: ser campeão Mundial de F1. Mesmo tendo um vice como melhor resultado na F1, Frentzen é até hoje lembrado como um piloto rápido e pode bater no peito: já fui considerado mais rápido do que Schumacher!

Parabéns
Heinz-Harald Frentzen

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