domingo, 6 de maio de 2007

Sem comparação

Está na hora da organização da Stock parar com isso! Colocar suas corridas no mesmo dia do DTM é corvardia... para a Stock! Quem tem a oportunidade de acompanhar as duas corridas numa mesma manhã chega a ficar constrangido, tamanha é a superioridade da categoria alemã. Enquanto no apertado circuito de Oschersleben havia carros modernos, construídos por suas próprias fábricas com tecnologia de ponta, grandes pilotos do passado e do presente se pegando na pista com muito respeito e sem acidentes e um público fiel e gigante, em Curitiba vi uma categoria com carros defasados e com pouca tecnologia, pilotos decadentes e/ou sem oportunidades no exterior, um público pago para ir ao autódromo se divertir e principalmente muitos acidentes. Ah! A corrida da DTM foi mais emocionante com bem menos carros, enquanto a corrida da Stock foi um porre de dá em bêbado e no único momento para se acordar, como sempre, foi um acidente.

Foi com muito prazer que pude ver Mika Hakkinen na pista de novo, com direito a pole e tudo mais, mas o finlandês deu azar e numa disputa na penúltima volta, teve o pneu furado e acabou em último. A vitória ficou com Gary Paffet, para muitos, uma grande esperança inglesa desperdiçada. Paffet, piloto de testes da McLaren, venceu com um Mercedes do ano passado, seguido pelo escocês Paul di Resta, também com um Mercedes 2006. A Audi apareceu em terceiro com Mike Rockenfeller, graças ao toque que esse deu em Hakkinen na disputa pela terceira posição. Acho que os defeitos do DTM são as duas paradas de boxe, que deixa a corrida muito confusa e de ter apenas duas montadoras investindo, mas ainda assim, há espaço para equipes particulares, como a de Paffet e Di Resta, se destacarem no campeonato. Outra coisa que me chamou atenção foi a rapidez nas penalizações. Mattias Ekström queimou a largada descaradamente e na terceira volta já estava pagando o drivre-trough. Alex Prémat, aquele da GP2, jogou a retardatária Vanina Ickx para fora da pista e a penalização não demorou a ocorrer. Isso inibe os pilotos a baterem de propósito nos outros, mas não inibe as ultrapassagens, que ocorreram mesmo num circuitinho sem vergonha como o de Oschersleben. No campeonato, assim como na F1, há um empate triplo entre Martin Tomciky, Di Resta e Ekström, com Paffet logo atras. Não se esquecendo que não há porcaria de Play-offs no final do ano...

Já a Stock... A corrida foi tão sem graça que deu tempo até para aparecer um tal de Dr. Stock no meio da transmissão, mas simplesmente não acontecia nada na pista. Pilotos como Hoover Orsi e Júlio Campos foram punidos rapidamente e acertadamente, mas isso parece ter diminuído o fogo dos pilotos na pista, que parecem só saberem ultrapassar batendo. Os cinco primeiros da segunda volta permaneceram os mesmos em 95% da prova: Rodrigo Sperafico, Thiago Camilo, Cacá Bueno, Ricardo Zonta e Allan Khodair. Esses cinco andaram juntos, com poucas mudanças até que Ricardo Zonta resolveu errar feio e bater no Cacá, acabando com a corrida dos dois. Isso fez que entrasse um safety-car na penúltima volta e Sperafico vencesse pela primeira vez na categoria, quebrando o tabu dos pilotos paranaenses. Camilo, que andou muito bem em São Paulo, foi menos desastrado desta vez e ficou em segundo, seguido por Khodair, que a essa altura já tinha se despregado do primeiro grupo e conseguiu seu primeiro pódio na Stock.

Só espero que a partir de agora, a Stock não coloque suas corridas no mesmo dia do DTM, porque é o mesmo que comparar Jesus com Genésio...

2 comentários:

ED disse...

Quem ta fazendo a transmissao da DTM joao?

João Carlos Viana disse...

Na Bandsports, a transmissão não é boa, mas é melhor do que nada