Foi sofrido. Foi demorado. Foi complicado. Mas finalmente a F1 teve a confirmação oficial que terá vinte carros no grid em Melbourne no final do mês. Quem salvou a antiga Honda foi o tal do "management buyout", negócio em que os próprios funcionários de uma empresa falida toma o controle da mesma com a ajuda providencial dos antigos donos. Pois Ross Brawn se pôs à frente da negociação e terá o seu sobrenome como uma equipe de F1 após anos fazendo sucesso como estrategista e engenheiro-chefe de Ferrari.
Claro que a vinda da Brawn GP foi ajudada pela atual situação da F1 e da própria economia mundial. Bernie sabia que ninguém teria cacife para bancar a compra e o desenvolvimento de uma equipe de F1, apesar da estrutura toda montada em Brackley, e facilitou o que pôde para que a negociação entre Brawn e Honda se concretizasse. Com dezoito carros, a F1 passaria a impressão de que estaria em crise, algo que deve ter uma ponta de verdade, mas que Bernie tentará esconder de todas as formas.
Com um carro inteiramente verde (sem nenhuma ironia com o marketing da Honda nos últimos dois anos...), a Brawn deverá fechar o grid ou, no máximo, brigar com Force India e Toro Rosso para que não fique com essa "honra". A Mercedes será a fornecedora de motores e isso já é um bom indício, já que o motor alemão tem a fama de ser o mais potente da F1 atualmente, apesar de outras partes importantes do carro ainda não estarem devidamente testados e dificilmente o serão. Com uma situação até mesmo inusitada, não restou muito a Ross Brawn do que chamar seus velhos conhecidos Jenson Button e Rubens Barrichello. O inglês não foi surpresa e era fava contadas. Já Rubinho, foi, para mim, surpreendente e mostra como ele tem cartaz na F1, apesar de extremamente criticado aqui no Brasil. Será um ano difícil para ambos, com os seus anos de glórias ficando cada vez mais distante.
Como no início desse post, foi sofrido, foi difícil e foi complicado, mas a novela da Honda finalmente terminou e como todo folhetin, nem todos os participantes tiveram um final feliz. De quase certo, Bruno Senna se vê hoje desempregado, tentando uma vaga no DTM via Mercedes no ano que vem. Mas quem acabou mais feliz nesse final foi a F1. Afinal, teremos vinte carros correndo nas ruas de Melbourne no próximo dia 29.
Um comentário:
Foi justo.
Mas essas cores da equipe de Brawn...ficaram bem feinhas.
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