segunda-feira, 29 de março de 2010

Figura (AUS): Robert Kubica

A perspectiva de 2010 para Robert Kubica era sombrio. A Renault vinha de duas temporadas terríveis e a venda de grande parte da equipe para um fundo de investimento desconhecido era a senha para um ano ruim. E os testes de pré-temporada confirmaram isso, onde nem Kubica e muito menos o novato Vitaly Petrov foram capazes de conseguir um único bom resultado. Muitos temeram pelo desperdício de talento que era ver Kubica andando num carro ruim. Porém, o polonês conseguir tirar leite de pedra e conseguiu colocar seu carro no Q3 no Bahrein, mas um toque na primeira curva acabou por estragar a corrida do polaco. Em Melbourne, Kubica novamente surpreendeu e pôs seu Renault entre os dez mais rápidos e a expectativa era de pontos. Contudo, se em Sakhir Kubica foi vítima na primeira curva, em Albert Park o piloto da Renault foi o grande beneficiado da conturbada primeira curva e pulou de 9º para 4º na primeira curva. Com uma posição claramente acima do potencial do seu carro, era de se esperar Kubica perdendo posições e até mesmo atrapalhando os pilotos mais rápidos. Que nada! O polonês fez uma corrida perfeita, onde andou próximo de Vettel e Button por alguns momentos, se defendeu de forma perfeita de Rosberg no início e de um insandecido Lewis Hamilton logo depois. Se o piloto da McLaren ultrapassou como quis a poderosa Ferrari de Felipe Massa, o inglês conseguiu o mesmo efeito em Kubica, que ainda tomou a arriscada decisão de não parar, permanecendo com os mesmos pneus (macios) até o final da prova, onde teria que andar com cuidado em um carro desequilibrado. Com isso, a Ferrari rapidamente se aproximou e assim como fez com Hamilton, Kubica não teve trabalho para segurar Massa. O incrível era que o piloto da Renault não fechava porta ou usava de manobras bruscas. Kubica teve uma atuação impressionante com um carro bem inferior aos que superou e o 2º lugar conquistado na Austrália prova que o talento deste polonês não pode (e nem deve) ser desperdiçado!

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