sábado, 10 de julho de 2010

Estatisticamente provado


As estatísticas de 2010 mostram um claro domínio da Red Bull, com apenas uma derrota para a McLaren em nove oportunidades. Como a equipe comandada por Martin Whitmarsh não está na melhor de suas fases justamente em casa, a pole da Red Bull era favas contadas. Era apenas o caso de saber quem largaria na frente. Webber e Vettel foram os mais rápidos em todas as sessões, mas o alemão utilizou a sua reserva de talento para conseguir uma pole-position explêndida, a segunda consecutiva.

Num circuito rápido, apesar das reformas, não foi surpresa ver a Red Bull utilizar sua melhor eficiência aerodinâmica para arrasar suas adversárias. Alonso e Hamilton andaram mais do que seus carros, mas o indiscutível talento de ambos o colocaram a mais de oito décimos de diferença para os dois carros azuis. A questão era apenas entre Vettel e Webber e o alemão se sobressaiu novamente, mostrando uma volta por cima de Vettel, que ficou em baixa no momento em que Webber conseguiu uma impressionante passagem de três poles seguidas. A subida da Ferrari não foi capaz de fazer Alonso brigar levemente pela pole e sua cara após o treino exemplifica bem como um título que parecia seu no início do ano está escapando pelos seus dedos. Silverstone nunca foi uma pista muito boa para Massa e os sete décimos que levou de Alonso foi um exemplo claro de quanto o espanhol está bem mais rápido.

A incrível decadência da McLaren nesta corrida, em casa, chega a surpreender, pois o time prateado tinha várias atualizações em mente e pensava que poderia virar o jogo frente a Red Bull. Ocorreu exatamente o contrário. Somente o talento de Hamilton foi capaz de colocá-lo em 4º, mas Button dez posições atrás mostra bem o quanto a equipe caiu. Ver Kubica colocando muito tempo em Petrov não chega a ser novidade, mas os veteranos Barrichello e De la Rosa chegando com facilidade ao Q3 e botando muito tempo em seus jovens companheiros de equipe é que surpreende. Na Mercedes, ocorre exatamente o contrário, com o jovem (Rosberg) sendo bem mais rápido que o veterano (Schumacher). No pelotão de trás, nenhuma novidade e Sakon Yamamoto levando mais de 1s de Karun Chandhok não surpreendeu em nada. Mais um motivo de que a imtempestiva decisão de Colin Kolles em retirar Bruno Senna da Hispania em Silverstone (quiçá, o ano todo) foi bastante discutível.

Se na Classificação foi tudo bem para a Red Bull, resta ver como será a corrida. Com o entrevero na Turquia, a briga entre Vettel e Webber passa a ser imprevisível e a repetição da má largada do australiano em Valencia pode ser a redenção definitiva para Vettel, com o alemão passando a líder natural da Red Bull. Somente uma catástrofe semelhante a Turquia para tirar a vitória da Red Bull amanhã.

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