terça-feira, 24 de julho de 2012

Enquanto isso no domingo...

Sempre tive a curiosidade de ver uma corrida sem bandeiras amarelas na Indy. Claro que isso já aconteceu, mas ainda não tinha assisto um prova por inteiro. Neste domingo, em Edmonton, tirei o cabaço com relação a isso. O que não deixa de ser surpreendente, por se tratar de um circuito de rua, onde o muro sempre está mais perto. Além dos alambrados, que fizeram com que Helio Castroneves se inspirasse e pulasse num alambrado após a bandeirada na sua surrada comemoração de spider-man após uma bela corrida no Canadá, mesmo local onde fora punido de forma polêmica em 2010 e quase saiu no tapa com todo mundo, após ter sua vitória cassada.

A experiência, claro que não planejada, de ter uma corrida sempre em bandeira verde foi interessante, pois a corrida não deixou de ser movimentada em nenhum momento e Helio Castroneves foi muito inteligente quando guardava seus 'push-to-pass' e ganhava posições dos pilotos à sua frente nas tática de boxe. Quando assumiu a ponta, Helinho teve que se preocupar com o sempre perigoso (para o bem e para o mal) Takuma Sato nas últimas voltas, mas com direito a usar o botãozinho mágico várias vezes, Castroneves só teve que administrar a aproximação do japonês e vencer pela primeira vez no ano. Outro grande destaque foi Will Power. Tendo que trocar o motor e com isso perder dez posições no grid, Power largou em 17º e numa corrida segura, mas sempre andando muito forte (ele chegou a encostar no muro), o australiano da Penske subiu ao terceiro posto no final, conseguindo um pódio bem improvável. O líder Ryan Hunter-Reay esteve longe de confirmar sua ótima fase após três vitórias consecutivas e foi bastante discreto, o mesmo acontecendo com a equipe Ganassi, mesmo com Franchitti largando na pole.

Para quem assistiu a corrida ao vivo, teve o imenso desprazer de aturar a transmissão da Bandsports. Claro que ver ao vivo pela TV a Cabo é melhor do que nada, mas o problema foi que colocaram um narrador muito ruim. Torcendo desesperadamente pelos brasileiros, o narrador, cujo nome não lembro, foi extremamente piegas e tirou toda a emoção da corrida, fora que seu parco conhecimento sobre a Indy o fez dizer abobrinhas, como Ryan Hunter-Reay (de 32 anos...) ser um garoto de futuro e que ganhará muitos títulos ainda...

A vitória de Castroneves o elevou ao segundo lugar do campeonato, inclusive superando seu companheiro de equipe Will Power, que mesmo chegando em terceiro, provou ser o melhor piloto em circuitos mistos da Indy na atualidade. Hunter-Reay terá que segurar os dois pilotos da Penske bastante motivados, sendo que a Andretti não estava numa boa posição no campeonato há anos. Pode faltar experiência tanto à equipe, como ao piloto. Coisa que não falta a Penske e Helio Castroneves.

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