Nem nos seus sonhos mais selvagens, Pastor Maldonado esperava vencer antes de completar uma temporada e meia na F1 com uma Williams claudicante, lutando desesperadamente para ao menos sonhar com seus tempos de glória, que a cada dia fica mais distante. Porém, Maldonado se aproveitou de um final de semana em que tudo deu certo a ele e para seu time, que já mostrado que havia construído um bom carro em 2012, ano em que poderá ser marcado pelo incrível equilíbrio. Maldonado não vinha fazendo muito de diferente do que havia feito antes no ano, mas já no terceiro treino livre, o venezuelano mostrou que a Williams estava forte, mas brigar pela pole era muito desvaneio. Ir para o Q3 era mais plausível. Porém, Maldonado conseguiu o melhor tempo no Q2 e na última parte do treino, brigou com Hamilton até o final, sendo superado pelo inglês. Então, Maldonado percebeu que aquele final de semana seria especial. Hamilton foi punido por a McLaren não ter acertado nas contas do combustível e Pastor largaria na ponta pela primeira vez na carreira da F1. Contudo, ao seu lado, teria o piloto da casa, o bicampeão Fernando Alonso, à bordo de uma Ferrari. Parecia muito para Maldonado e mesmo perdendo a ponta para o asturiano na largada, Maldonado esteve irreconhecível pelo lado bom. Antes conhecido por ser um piloto atabalhoado, o venezuelano soube usar a estratégia como sua aliada e sendo cerebral ao extremo, retomou a ponta e conseguiu segurar o ímpeto de Alonso para assegurar sua primeira vitória na F1, além da Venezuela. Claro que o ditador-populista Hugo Chávez se aproveitou, mas não vamos politizar o momento de Maldonado e da Williams, que comemorava os 70 anos de Frank Williams. Pastor Maldonado passou de nível aos olhos dos críticos da F1, onde saiu de um simples piloto-pagantes desastrado a um piloto vencedor de corridas e cerebral, quando necessário. Porém, antes de falar do futuro de Pastor, ele provou sua astúcia quando, durante o incêndio nos boxes da Williams, colocou seu primo de 12 anos nos ombros e o tirou do perigo. Um verdadeiro herói do dia.
Um comentário:
A única coisa que não concordo é o discurso politico dele.
Me soou ingenuo e desnecessário.
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