A Indy voltou à suas origens nesse domingo. Ver os carros vermelhos e brancos da Penske, os interamente vermelhos da Chip Ganassi, a família Andretti e Rahal em Long Beach pode ser considerado o início da recuperação davelha Indy, dos tempos anteriores a separação e quando a categoria chegou a rivalizar, mesmo que timidamente, com a F1. A corridas nas ruas californianas tem um charme digno de Monte Carlo com relação a F1, inclusive com a chatice de algumas corridas. Como a de ontem.
O sol de 36°C deu um clima especial para a prova, que contou com a surpreendente volta de Helio Castroneves às pistas com seu Penske de número 3. Na mesma pista em que tinha vencido em 2001, ainda na CART, o brasileiro conseguiu uma ótima oitava colocação no grid após seis meses sem entrar no cockpit de um carro de corridas e poucas horas após receber o veredicto de inocente pela corte de Miami. O pole foi o piloto que o substituiu, o australiano Will Power que foi rebaixado a um terceiro carro negro de número 12. Power, desculpem o trocadilho, mostrou força logo na largada ao fazer a primeira curva tranquilamente, enquanto Franchitti caía para quarto superado por Raphael Matos e Justin Wilson. O escocês da Chip Ganassi recuperou a segunda posição ao longo da prova, mas suas duas ultrapassagens foram as únicas daquele início de prova, em que se via apenas uma fila indiana, do primeiro ao vigésimo primeiro colocado, apenas com o péssimo Ed Carpenter ficando para trás, à frente do braço-duro Stanton Barrett. Somente uma bandeira amarela faria que algo mudasse e ela veio quando Power errou e quando ia sendo ultrapassado pelos seus adversário, o desastrado Ernesto Viso tentou forçar passagem e acabou quebrando a suspensão após bater com Scott Dixon.
Foi então o início das primeiras paradas para uns, e o início de uma mudança drástica de estratégia para outros. Foi assim que Tony Kanaan, apagadíssimo até então, Ryan Briscoe, vencedor da corrida em Saint Peterburg, Marco Andretti, companheiro de Tony e também apagado, e Danica Patrick, reconhecidamente ruim em circuitos mistos, aparecerem lá na frente. E assim a corrida virou um jogo de xadrez, com vários pilotos tentando dar o pulo do gato tentando estratégias novas. No incidente mais curioso da prova, logo após uma relargada fez com que vários carros se amontoassem no conhecido e apertado hairpin antes da reta dos boxes. Em outra intervenção do pace-car, Briscoe teve uma pane mental e atingiu o carro de Scott Dixon sobre bandeira amarela, fazendo com que o atual campeão da Indy ficasse virado ao contrário e perdesse uma volta.
Após mais setenta voltas sobre forte calor, Franchitti usou melhor a estratégia e assumiu a liderança à frente de Power, que o seguia de perto, mas sem pressionar. E assim vinha Kanaan e a Danica logo atrás, colocados ali devido a estratégia da Andretti-Green, pois ambos não tinha desempenho para estar ali. Tony, por que não tem carro. Danica, por que não tem carro e talento. Como as ultrapassagens são praticamente impossíveis na pista californiana, por lá ficaram e Franchitti venceu logo em sua segunda corrida após sua volta de uma frustrante temporada na Nascar. Power, que parecia fadado a correr em algumas corridas no resto do ano, coloca a Penske numa situação difícil ao ficar em segundo na classificação do campeonato, liderado por Franchitti. Castroneves numa tranquila sétima posição, longe dos acidentes, mas longe também da boa forma. Para encerrar, gostaria de agradecer a várias mensagens carinhosas dos demais blogueiros pelo meu aniversário. Vocês estão no meu coração!
Um comentário:
Perdão JC!!!
Não sabia que era seu aniversário.
Foi mal.
Parabéns e tudo de bom !!!!!!
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