Quando me perguntam da genialidade de Michael Schumacher, não fico falando apenas dos ótimos momentos, como o heptacampeonato e outros recordes, mas de pequenas coisa que me fizeram admirar o alemão. Ao vermos a Ferrari ocupando as duas últimas posições na sexta-feira barenita, no impulso podemos falar que fazia muito tempo que a equipe de Maranello não ficava nessa posição, mas há quatro anos os vermelhos sofreram com um carro ruim, após anos de conquistas. Michael Schumacher trabalhou numa situação diferente dos anos anteriores, mas não totalmente estranha. Tirar o máximo de um carro inferior, se glorificar de conquistar alguns pontinhos, tudo isso o alemão fez em 2005 e o resultado foi o incrível terceiro lugar no Mundial, mesmo com aquela vitória fajuta em Indianápolis, quando só havia seis carros largando. Felipe Massa e Kimi Raikkonen são ótimos pilotos, apesar da desmotivação do segundo, mas é também nessas horas que a genialidade dos fora-de-série aparecem.
Claro que estamos apenas no final início do quarto Grande Prêmio, mas já vemos que as coisas estão complicadas para a Ferrari e que o título, algo tão próximo após a perda do ano passado, está ficando cada vez mais parecendo uma miragem no deserto.
Falando nisso, o circuito sem graça do Bahrein nos trouxe mais uma vez Nico Rosberg conquistando o melhor tempo da sexta-feira, mas se depender do desempenhos do alemão nos três finais de semana anteriores, o piloto da Williams deverá conquistar apenas alguns pontinhos. Correndo em "casa", pelo tempo que testou no inverno, a Toyota parece ainda mais forte no deserto e Trulli foi terceiro colocado, sendo superado pela surpresa (!) Fernando Alonso, que colocou sua Renault na segunda posição. Provavelmente estancando seu carro quando chegou ao seu pit, o espanhol mostrou que é veloz quando tem condições, mas é algo que só será possível quando o seu bólido estiver com o reservatório de combustível perto de zero.
Outro que surpreendeu (mais ironia...) foi Lewis Hamilton, ao colocar sua McLaren em quarto, mas como Kovalainen foi apenas 18º e o inglês não andou tão forte no segundo treino, talvez a médias das posições dos dois seja algo mais real. A Red Bull continuou no embalo da chuva chinesa e pôs seus dois pilotos no top-seis, com Vettel superando Webber na base dos milésimos. Assim aconteceu na cambaleante BMW e, em menos intensidade, com a Toro Rosso, com Buemi superando um claudicante Bourdais por três décimos, mesmo com ambos ficando em posições consecutivas. Agora juntar cambaleante e claudicante é Nelsinho Piquet, mais uma vez esmagado por Alonso.
A Brawn foi discretíssima hoje, apesar de uma tática visando domingo seja uma explicação mais plausível para o rendimento tão para trás mostrado por eles. Já a Force India mostrou, desculpa o eufemismo, força com o novo difusor traseiro de dois andares e andou, com Adrian Sutil, entre os dez primeiros, mais Fisichella andou mais à frente do que o normal, mostrando uma evolução da pequena equipe hindu. Arebaba!!!
Amanhã veremos a verdadeira cara da F1 no deserto do Bahrein, mas a face dessa F1 indica uma fase bem difícil da Ferrari. Brawn, Toyota e Red Bul agradecem.
Um comentário:
É... fiasco... mas pelos menos melhoraram, foram ao q3 os dois.
abraço JC.
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