quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O pequeno Princípe

Rápido. Calculista. Agressivo. Ambicioso. Esses e outros adjetivos definem muito bem Didier Pironi. Este francês militou por muito pouco tempo na F1, mas esse espaço foi inesquecível para todos que tiveram a oportunidade de acompanhar esse louro com rosto angelical fazer o diabo nas pistas da F1 à bordo, muitas vezes, de carros muito aquém do seu talento. Contudo, a ambição de Pironi (vi em uma entrevista John Watson chamar Pironi de "maquiavélico") em se tornar o primeiro francês campeão mundial de F1 fez com que Pironi ganhasse a inimizade de muita gente na F1 e também perder a amizade de um dos poucos amigos que tinha no circo e o seu destino acabou sendo bem ingrato.

Didier Pironi nasceu no dia 26 de março de 1952 em Villescrene, filho de um engenheiro que trabalhava para uma empresa pública. Desde jovem Didier se interessa por esportes e suas primeiras competições são nas piscinas francesas, onde se torna campeão de natação. A velocidade sempre esteve na vida de Pironi, com seu primo José Dolhem participando de corridas e chegando à F1 em 1974. Dolhem só participaria de uma corrida, no Grande Prêmio dos Estados Unidos daquele ano, corrida esta em que foi companheiro de equipe de Helmuth Koinigg, morto naquela dia. Não demorou para que o pequeno Didier se interessasse pelas corridas, deixando as piscinas de lado, se tornando o piloto francês mais jovem a ter permissão para correr na época. Pironi começou sua carreira nas pistas andando em motocicletas juntamente com os amigos Claude Vigreux e Jean-Claude Guenard, mas os pais de Pironi vetaram a moto e Didier partiu para os carros. Ele entrou na escola de pilotagem Winfield em Paul Ricard em 1972.

Pironi já havia entrado para a faculdade de engenharia para seguir a carreira do pai, mas o amor pela velocidade falou mais alto e ele trocou as salas de aula pelas pistas francesas. Nessa mesma época a petrolífera Elf patrocinava um campeonato que no futuro se revelaria um verdadeira celeiro de grandes pilotos franceses: Volante Elf. O prêmio da empresa para o piloto vencedor era o patrocínio necessário para disputar a F-Renault no ano seguinte. Pironi não perder a oportunidade e se tornou o "Volante Elf" de 1972, partindo para a F-Renault no ano seguinte. Didier se tornaria campeão francês de F-Renault em 1974 e campeão francês e europeu de F-Super Renault em 1976. A evolução na carreira de Pironi é meteórica e em 1977, com suporte da Renault e da ELF, ele sobe para o fortíssimo campeonato europeu de F2. Mesmo estreano, Pironi vence uma corrida no Estoril e termina o campeonato em terceiro lugar, atrás do campeão e companheiro de equipe René Arnoux e Eddie Cheever. Porém, o que mais chamou a atenção dos dirigentes da F1 com relação a Didier foi uma corrida de F3 em Mônaco. Mesmo sem conhecer o carro, Pironi vence com facilidade a corrida mais famosa do circuito de F3 da época e seu nome estava na lista de pretendentes a entrar na F1.

Graças a ajuda da Elf Pironi pode estrear na F1 em 1978 com a Tyrrell. O velho Ken Tyrrell mantinha uma parceria de longa data com a Elf e naquele ano teria além de Pironi, Patrick Depailler em suas fileiras. O carro da Tyrrell era bom e a prova disso foi a vitória de Depailler no Grande Prêmio de Mônaco, enquanto Pironi dava claros sinais de que seria um campeão em potencial, ao pontuar em quatro das seis primeiras corridas do ano. Didier conseguiu sete pontos, o que foi suficiente para ficar com o 15º lugar do campeonato. Porém, a maior glória de Pironi em 1978 não foi na F1. A Renault investia os tubos na época para vencer as 24 Horas de Le Mans e para tornar a vitória ainda mais francesa, contratava os melhores pilotos franceses da época para derrotar Jacky Ickx e a equipe Porsche. Na edição de 1978, a bordo do Alpine Renault A442B, e fazendo companhia com Jean-Pierre Jassaud, Pironi venceu as 24 Horas de Le Mans, a primeira vitória da Renault Turbo numa competição importante.

Já mais adaptdo à F1, Pironi entra em 1979 com esperanças de dias melhores, mas o Tyrrell 009 ficou abaixo das espectativas e o francês não pode melhorar muito seus resultados do ano anteior. Correndo ao lado do também francês Jean-Pierre Jarier, Pironi não brigou pela vitória em nenhum corrida, mas conquistou seu primeiro pódio no Grande Prêmio da Bélgica em Zolder. Isso só foi possível porque Gilles Villeneuve ficou sem combustível na última volta. Essa seria a primeira vez que o nome Villeneuve entraria na história de Pironi. A Ligier flertava com Pironi desde 1978, mas como Tyrrell não o liberou na época, Didier esperou até 1980 para poder estrear na equipe francesa, substituindo seu antigo companheiro de equipe Patrick Depailler, que tinha sofrido um acidente de asa-delta em 1979 e tinha sido substituído por Jacky Ickx para o resto da temporada.

A Ligier era uma equipe com muito mais potencial do que a Tyrrell e Pironi poderia sonhar com vôos mais altos. Logo Pironi começa a andar no ritmo do seu já experiente companheiro de equipe Jacques Laffite e a primeira vitória não demora a aparecer. Após marcar pontos em três das quatro primeiras corridas do ano e andar no pelotão da frente em todas, Pironi vence sua primeira corrida em Zolder, uma pista já especial para o francês. Mesmo largando em segundo, Pironi superou o pole Alan Jones antes da primeira curva e disparou na frente, colocando 47s de vantagem sobre o australiano na linha de chegada. Na corrida seguinte em Mônaco, Pironi aproveita o embalo e marca a pole. Ele é muito pressionado por Alan Jones nas primeiras voltas, mas quando o australiano quebra Pironi parecia que venceria novamente, mas ele erra sozinha na Praça do Cassino e abandona.

No Grande Prêmio da Inglaterra de 1980 a Ligier estava novamente muito forte com Pironi e Laffite dominando a corrida até que o pneu de Pironi se esvazia no começo da corrida. O francês cai para último e começa uma inesquecível corrida de recuperação, marcando a melhor volta da corrida e chegando ao quinto lugar em 24 voltas, mas um novo problema de pneu acabaria com a notável corrida de Pironi. Porém isso marcaria a vida de Pironi. Enzo Ferrari precisava de um piloto para substituir Jody Scheckter, que se aposentaria no final de 1980. Vendo a corrida de Pironi em Brands Hatch, Enzo não pensa em duas vezes e contrata Pironi para ser companheiro de equipe de Gilles Villeneuve a partir de 1981. Era a despedida de Pironi das equipes francesas.

Villeneuve poderia ser um gênio lunático nas pistas, mas era uma pessoal extremamente agradável fora delas. Falando a mesma língua, Villeneuve e Pironi logo se tornam amigos. Porém, Pironi é derrotado de forma clamorosa por Villeneuve na temporada 1981. Enquanto Villeneuve levava o péssimo Ferrari 126CK a duas improváveis vitórias em Monte Carlo e Jarama, o máximo que Pironi tinha feito era um quarto lugar em Mônaco e a melhor volta da corrida em Las Vegas, quando já tinha tido problemas e corria nas últimas posições. Se Pironi quisesse ser o primeiro piloto francês a ser campeão de F1, ele teria que derrotar um piloto formidável e teria que ser logo. A sua antiga equipe Renault já estava no seu quarto ano completo em 1982 e tanto Arnoux como Prost tinham condições de serem campeões.

O Ferrari 126C2 projetado por Harvey Posthwaite era um ótimo carro e 1982 prometia ser o ano da Ferrari. Logo na primeira corrida do ano, Pironi mostra seu lado político ao ser o representante dos pilotos nas reuniões com a FISA na famosa greve dos pilotos na África do Sul em Kyalami. Dentro das pistas, Pironi continuava sendo superado por Villeneuve e nas três primeiras corridas do ano Didier não tinha feito nada demais. Então, a F1 chega à Ímola para disputar o Grande Prêmio de San Marino.

A F1 vivia um momento político único no começo dos anos 80 e Nelson Piquet tinha perdido sua vitória no Grande Prêmio do Brasil por causa de um dispositivo inventado por Gordon Murray e copiado pelo segundo colocado Keke Rosberg da Williams. As equipes inglesas ficam revoltadas com o anúncio da desclassificação e boicotam o Grande Prêmio de San Marino. A greve dos "garagistas" reduziu o grid a míseros 14 carros, deixando apenas a dupla da Renault, Alain Prost e René Arnoux, como adversários para a Ferrari. Os tifosi pressentiram a festa e encheram as arquibancadas, pintando o autódromo de vermelho. Antes da corrida os pilotos de Ferrari e Renault, cientes de que eram os únicos com chances de vencer, se reúnem e decidem manter uma briga limpa até o final. A Renault dominara a primeira fila, como normalmente fazia, com Arnoux na frente. Logo na largada os quatro primeiros disparam na frente. Prost quebra logo no comecinho, enquanto Arnoux, Villeneuve e Pironi disputam a ponta da corrida com várias trocas de posição, mas quando a Renault de Arnoux aparece com o motor pegando fogo antes da Tamburello, Villeneuve assume a liderança com Pironi logo atrás.

Tudo parecia na mais perfeita normalidade para Villeneuve e a corrida se torna muio chata. Até que a Ferrari, preocupada com o consumo de combustível e a pouca confiabilidade dos seus carros, manda um recado para seus pilotos. Faltando poucas voltas para o fim da corrida, a placa "SLOW" no muro dos boxes aparece para que os dois pilotos ferraristas maneirasse o ritmo. Foi aí que começou a confusão. Como já havia acontecido várias vezes no passado, a mensagem significava que os dois deveriam manter suas posições até o final e fazer uma dobradinha na frente dos tifosi. Já conhecedor dessas placas, Villeneuve tira o pé. Pironi ultrapassa o canadense na cara de pau! Inocentemente Villeneuve pensou que Pironi queria apenas dar um showzinho para a torcida italiana. Que a essa altura ficou alucinada. Villeneuve dá o troco na ante-penúltima volta e pensou que as posições permaneceriam as mesmas, mas Pironi ultrapassa o agora ex-amigo na freada da curva Tosa na última volta. Villeneuve tentou de todos os jeitos dar o troco, mas Pironi fechou a porta e venceu.

Vale aqui um detalhe. Quando Barrichello deixou Schumacher passar em 2002, as ordens de equipe foram crucificadas. Então por que defende-las com Villeneuve? O motivo era muito simples. Em 1979, quando Villeneuve brigava com seu companheiro de equipe Jody Scheckter pelo campeonato, Enzo Ferrari em pessoa foi falar com Villeneuve no grid do Grande Prêmio da Itália que decidia o campeonato e falou para Gilles: “Esse título é de Jody, o próximo será seu”. Gilles cumpriu o prometido e praticamente deixou o seu amigo Scheckter ser campeão. Três anos depois, com o melhor carro, Gilles esperava que a promessa fosse cumprida. Pironi não pensou assim...

A cara de Villeneuve ao chegar ao pódio daria medo em qualquer lutador de Jiu-Jitsu em dia de competição. Pironi comemorava com entusiasmo sua segunda vitória na carreira, enquanto Villeneuve descia do pódio completamente transtornado. Mesmo tendo feito várias loucuras nas pistas, Villeneuve nunca tinha brigado com nenhum piloto. Os dias seguintes à corrida foram de guerra aberta entre Pironi e Villeneuve. Em entrevista à revista Motorsport, Gilles chamou Didier de “traidor” e avisou que “daqui para frente será cada um por si!” Numa entrevista à Nigel Roebruck, Villeneuve disse que Pironi seria um alvo a abater. Pironi fingiu não ligar para aquelas palavras, dando a entender que o canadense era apenas um mal perdedor. “Pediram para que diminuíssemos o ritmo, ninguém falou que era proibido ultrapassar”, justificou-se Pironi, sem convencer. E a Ferrari com isso? Primeiramente ficou ao lado de Villeneuve e emitiu um comunicado criticando Pironi. Mas com o tempo, alguns dirigentes da Ferrari começaram a repensar o que aconteceu em Ímola e ficaram ao lado de Pironi. Afinal, o francês apenas foi combativo demais. Isso aumentou ainda mais o rancor de Villeneuve.

E foi nesse clima "agradável" que a F1 foi para o Grande Prêmio da Bélgica de 1982. Querem uma prova disso? Olha o que disse Villeneuve quando chegou à Bélgica. “De agora em diante vai ser guerra. Guerra total!” Zolder era a pista onde Pironi conseguira ótimos resultados em sua carreira. Nos treinos de sábado, Pironi estava à frente de Villeneuve e o canadense estava bastante incomodado com isso. Por mais que o canadense fosse a pista, não conseguia superar Pironi. E olha que Pironi estava apenas em sexto! Nos últimos minutos da Classificação Villeneuve foi para o velho "vai ou racha!". Villeneuve estava tão alucinado nesse dia que não deu ouvidos as chamadas da Ferrari para encostar. Gilles vinha tão desembestado que detonava seus pneus e não melhorava seu tempo. Numa última tentativa de derrotar seu inimigo, quando se preparava para abrir uma volta, Gilles dá de cara com a lenta March de Jochen Mass. O resto da história já sabemos...

Pironi estava saindo dos boxes quando aconteceu o acidente de Villeneuve. Didier foi até o local do acidente e abandonou sua Ferrari. Foi até onde Villeneuve era atendido, olhou e deu a volta. Villeneuve, antigo amigo e principal rival na briga pelo título daquele ano, estaria morto ainda no final daquele dia de maio. A Ferrari não participaria daquele Grande Prêmio e Pironi seria o primeiro piloto da equipe. As pessoas da F1 e toda a opinião pública apontaram o dedo para Pironi, o acusando de ter "ajudado" Villeneuve a morrer. O que Pironi havia feito em Ímola tinha sido crucial para a morte de Villeeuve. A pessoa singela de Villeneuve era querida por todos, enquanto Pironi passou a ser odiado por muitos...

Pouco mais de um mês depois, Pironi recomeçava sua caça ao título e sua pole em Montreal era a prova de que era mesmo o principal candidato ao título daquele ano. Porém, Pironi deixa o carro morrer na largada. As primeiras filas passam sem problemas pela Ferrari parada de Pironi, mas Riccardo Paletti acerta em cheio a traseira do francês. Pironi sai do seu carro rapidamente e é o primeiro a se aproximar de Paletti. Ele põe as mãos na cabeça quando percebe que Paletti estava muito mal e entra em desespero quando o carro de Paletti começa a pegar fogo. Pironi ajuda os bombeiros na extinção do fogo, mas o italiano estaria morto poucas horas depois. Pironi estava perto da morte pela segunda vez em um mês.

Porém, isso não esfria a ambição de Pironi em ser campeão e o francês faz a melhor corrida de sua carreira em Zandvoort, onde venceu com ampla dominação. Depois da corrida, Pironi mexeu com os brios de todos: “essa vai para meu amigo Villeneuve.” A imprensa acusou Pirono de hipócrita e de estar querendo fazer jogo de cena. Após a corrida na Holanda Pironi conseguiu mais dois pódios e começava a disparar na liderança do campeonato. A Ferrari finalmente tinha um chassi equilibrado e o motor Ferrari turbo era tão bom quantos os Renault turbo, então maior rival da equipe italiana. A próximo corrida seria em Hockenheim, uma pista cheia de enormes retas.

Pironi marca a pole provisória na sexta com tempo seco. No sábado, uma chuva monumental cai sobre Hockenheim e Pironi garantira mais uma pole. Com a possibilidade de chuva para o domingo, Pironi vai a pista testar os pneus para chuva e começa uma séria de voltas rápidas. Na reta que antecede a parte do Estádio, Pironi vê uma grande nuvem de spray. Era a Williams de Derek Daly, que tinha motor Cosworth e por isso era muito mais lento que a Ferrari de Pironi. O francês vai para a esquerda e dá de cara com a Renault de Prost, que vinha mais lenta ainda. O choque foi violentíssimo. Num acidente muito parecido com o de Villeneuve, o carro de Pironi foi catapultado a alta velocidade e saiu quicando na pista até bater num guard-rail à direita. A frente da Ferrari fora toda arrancada. Nelson Piquet foi o primeiro a chegar em Pironi e ficou paralizada quando tirou o capacete de Pironi: o rosto do francês estava coberto de sangue.

Mas o pior é que mesmo com a pancada, Pironi permaneceu acordado e sentindo todas as dores. Suas pernas estavam deformadas e perna direita teve que ser operada ainda na pista por Sid Watkins. Depois de mais de meia hora Pironi foi levado para o Hospital da Universidade de Heidelberg e graças aos esforços médicos, ele não perdeu as pernas. Porém, o sonho de Pironi se tornar o primeiro francês a ser campeão de F1 estava acabado. O piloto que conseguiu esse feito três anos depois, Alain Prost, ficou tão traumatizado com o acidente que nunca mais se tornou o antigo rápido piloto na chuva que era antes de entrar na F1. “Toda vez que corro em pistas molhadas, olho no espelho retrovisor e vejo a Ferrari de Didier voando”, revelou Prost anos depois, justificando sua péssima performance nessas condições. Principalmente comparadas a Ayrton Senna.

Os meses seguintes de Pironi foram de cirurgias e demoradas sessões de fisioterapia. Foram 47 cirurgias no total! Mesmo com todo esse sofrimento, Pironi ainda queria “voltar à F-1 e recuperar o título que deveria ter sido meu em 1982.” Em 1986, a AGS ofereceu a Pironi a chance de acelerar novamente um F1. Com cinco quilos acima do peso, Pironi andou relativamente bem com o carro em Paul Ricard, que na verdade era um Renault de 1984 adaptado. Logo após esse teste com a AGS, Pironi foi chamado pela sua antiga equipe, a Ligier, para fazer um teste. E que teste! Andando em Dijon-Prenois, Pironi foi comparado com seu velho amigo René Arnoux e de forma surpreendente foi apenas 1s mais lento que o piloto titular do carro. Didier falou que estava conversando com várias equipes para conseguir um lugar para 1987, mas ele acabou não conseguindo.

Desiludido com a F1, a paixão pela velocidade de Pironi permaneceu a mesma e se transferiu para a motonáutica. Com a ajuda da velha parceira Elf, Pironi construiu o Colibri. O Colibri era o primeiro barco construído totalmente em fibra de carbono, tinha dois motores Lamborghini V12 de 780cv e era um dos favoritos ao título mundial de 1987. Pironi era o comandante e para lhe auxiliar, ele chamou o velho amigo Claude Guenard para ser seu co-piloto e o ex-navegador de Ari Vatanen numa das vitórias do finlandês no Raly Paris-Dakar, Bernard Giroux. Pironi vence uma corrida na Noruega e tudo estava indo bem até que o trio parte para a etapa inglesa do Mundial, na Ilha de Wright no dia 23 de Agosto de 1987. Pironi disputava a liderança com outro barco quando foi surpreendido pela onda causada pelo petroleiro "Esso Avon". Pironi vinha a 90 nós de velocidade e atingiu a onda a toda velocidade. Pironi, Giroux e Guenard morreram na hora. Didier tinha 35 anos. Oito meses após sua morte seu primo e incentivador José Dolhem morreu num acidente aéreo. A esposa de Pironi, Johann (mesmo nome da esposa de Villeneuve...) permaneceu ao lado do marido mesmo com a crise do casamento na altura do primeiro acidente e ficou junto com ele até a morte do marido. Ela estava grávida de gêmeos quando Pironi morreu e colocou os nomes que o marido queria: Didier Jr. e Gilles.

Um comentário:

PHSF disse...

Texto fantástico, sensacional sobre Didier Pironi.
Uma pequena correção: José Dolhem era meio-irmão de Pironi e não primo.
Parabéns!!!