Se a notícia divulgada ontem pelo "News of the world" fosse publicada amanhã, no dia da mentira, tudo não passaria de uma brincadeira de muito mau-gosto do sensacionalista jornal inglês. Porém, um vídeo e uma série de fotos mostram alguém muito parecido com o presidente da FIA Max Mosley junto com cinco prostitutas em uma orgia sadomasoquista. Para piorar, as "moças" aparecem vestidas com uniformes de soldados nazistas e com roupas de prisioneiros de um Campo de Concentração alemão.
O que um cidadão faz ou deixa de fazer em sua intimidade é problema unicamente dele, mas se essa pessoa se chama Max Mosley, o presidente da FIA a mais de quinze anos, e essa intimidade vem à tona, teremos sérios problemas à frente não apenas para Mosley, como para o automobilismo no geral, pois um escândalo dessa magnitude é para deixar Nigel Stepney ruborizado. Além de ser casado, da questão moral e de ocupar um cargo importante na esfera esportiva mundial, outro complicado para Max é o seu passado. Seu pai, Osvald Mosley, foi fundador do Partido Fascista Inglês e era muito amigo de Adolf Hitler, a ponto de que, na eventualidade da Inglaterra ter sido tomada pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial, Mosley seria o representando de Hitler na Inglaterra.
Claro que as primeiras declarações foram de choque e Stirling Moss já insinuou que Mosley, após um suícidio político desse, deveria pedir o boné da FIA e tentar se enclausurar pelo resto da sua vida. A comunidade judia ficou uma fera com Mosley e Bernie Ecclestone praticamente lavou as mãos. Para aumentar as suspeitas, a FIA emitiu um comunicado de "no comments" e no resto da semana muita água irá rolar por essa ponte, que já está sendo chamada de "Mosleygate".
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