Poucas decisões importantes foram tão sem graça como a definição da sede da Copa do Mundo de 2014. Já faz algum tempo que todos sabiam que seria aqui no Brasil, mas como tudo em nosso futebol e do nosso governo precisa de uma festa, a confirmação do Brasil como sede da Copa de 2014 foi tratado como algo surpreendente e digna de soltar rojões. Principalmente pelos nossos governantes, que fizeram um verdadeira trem da alegria com destino a Zurique com o dinheiro de ninguém sabe quem.
Acho que o Brasil tem totais condições de fazer uma Copa decente daqui a sete anos, apesar dos incontáveis problemas socias que nós enfrentamos em nosso dia a dia. Não é possível que um país com cinco títulos mundiais e que revela grandes jogadores ano a ano não seja capaz de mobilizar e organizar um país em pouco mais de dois meses e promover um grande evento como a Copa. Fora que muito investimento em infra-estrutura será feito nos próximos sete anos e as cidades envolvidas ganharão uma nova cara daqui a alguns anos, podendo, inclusive, melhorar alguns dos nossos problemas sócio-econômicos. Porém, o nosso medo é uma repetição do que aconteceu no Pan do Rio nesse ano.
A festa foi tão grande e bonita no Rio de Janeiro no mês de Agosto que nos esquecemos dos graves erros de planejamento para o Pan e do dinheiro público saindo pelo ladrão a ondas de bilhões de reais. Para quem gosta de corrida, a destruição do Autódromo de Jacarepaguá para a construção de uma arena poliesportiva foi uma perda incalculável e nunca será esquecida. Outro problema é o uso político da Copa. Tenho todo direito de não gostar do Lula e do seu governo, digamos, exótico. Por isso, não vejo motivos dele estar presente em Zurique e não Pelé, expoente máximo do nosso futebol. Por que o presidente apenas não deu um breve recado durante a apresentação da candidatura à FIFA e um merecido parabéns por vídeo-conferência após a escolha? Por que ele adora aparecer e com isso vai dizer aos desavisados (que por sinal são muitos) "Tão vendo? Fui eu que 'truxe' a Copa para o Brasil!" Para não dizer que pego no pé do nosso excelentíssimo presidente, o pluripartidarismo do trem da alegria foi impressionante. O arroz de festa Aécio Neves não poderia faltar e até o inimigo político do Lula, José Serra do PSDB, estava presente à farra.
Picuinhas políticas a parte, o lado ingênuo disso é a possibilidade de vermos com os próprios olhos uma Copa do Mundo sendo realizado em nosso país e me incluo um pouco nisso. Se Deus quiser, terei 32 anos em 2014 e espero ter condições de assistir um jogo aqui em Fortaleza ou numa capital vizinha. Minha cidade, por sinal, deve receber sim alguns jogos, até porque Ricardo Texeira e Tasso Jereissati são amigos dos tempos de colégio no Rio de Janeiro. Mas Fortaleza já recebeu alguns eventos internacionais e o estádio Castelão é digno (com algumas reformas, lógico) de receber um jogo de Copa.
Enfim, fiquei alegre com a confirmação (sem graça) de que o Brasil receberá a Copa do Mundo daqui e sete anos. Mais alegre do que desconfiado, pois não tenham dúvidas de que em 2015 teremos muito do que reclamar sobre dinheiro público jogado fora.
Acho que o Brasil tem totais condições de fazer uma Copa decente daqui a sete anos, apesar dos incontáveis problemas socias que nós enfrentamos em nosso dia a dia. Não é possível que um país com cinco títulos mundiais e que revela grandes jogadores ano a ano não seja capaz de mobilizar e organizar um país em pouco mais de dois meses e promover um grande evento como a Copa. Fora que muito investimento em infra-estrutura será feito nos próximos sete anos e as cidades envolvidas ganharão uma nova cara daqui a alguns anos, podendo, inclusive, melhorar alguns dos nossos problemas sócio-econômicos. Porém, o nosso medo é uma repetição do que aconteceu no Pan do Rio nesse ano.
A festa foi tão grande e bonita no Rio de Janeiro no mês de Agosto que nos esquecemos dos graves erros de planejamento para o Pan e do dinheiro público saindo pelo ladrão a ondas de bilhões de reais. Para quem gosta de corrida, a destruição do Autódromo de Jacarepaguá para a construção de uma arena poliesportiva foi uma perda incalculável e nunca será esquecida. Outro problema é o uso político da Copa. Tenho todo direito de não gostar do Lula e do seu governo, digamos, exótico. Por isso, não vejo motivos dele estar presente em Zurique e não Pelé, expoente máximo do nosso futebol. Por que o presidente apenas não deu um breve recado durante a apresentação da candidatura à FIFA e um merecido parabéns por vídeo-conferência após a escolha? Por que ele adora aparecer e com isso vai dizer aos desavisados (que por sinal são muitos) "Tão vendo? Fui eu que 'truxe' a Copa para o Brasil!" Para não dizer que pego no pé do nosso excelentíssimo presidente, o pluripartidarismo do trem da alegria foi impressionante. O arroz de festa Aécio Neves não poderia faltar e até o inimigo político do Lula, José Serra do PSDB, estava presente à farra.
Picuinhas políticas a parte, o lado ingênuo disso é a possibilidade de vermos com os próprios olhos uma Copa do Mundo sendo realizado em nosso país e me incluo um pouco nisso. Se Deus quiser, terei 32 anos em 2014 e espero ter condições de assistir um jogo aqui em Fortaleza ou numa capital vizinha. Minha cidade, por sinal, deve receber sim alguns jogos, até porque Ricardo Texeira e Tasso Jereissati são amigos dos tempos de colégio no Rio de Janeiro. Mas Fortaleza já recebeu alguns eventos internacionais e o estádio Castelão é digno (com algumas reformas, lógico) de receber um jogo de Copa.
Enfim, fiquei alegre com a confirmação (sem graça) de que o Brasil receberá a Copa do Mundo daqui e sete anos. Mais alegre do que desconfiado, pois não tenham dúvidas de que em 2015 teremos muito do que reclamar sobre dinheiro público jogado fora.
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